segunda-feira, 1 de junho de 2009

UM PASSEIO AO DOURO

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UM PASSEIO???? NESTE MOMENTO DE CRISE???????????
QUEM FOI???? A TURMINHA DA TERTÚLIA?

CLARO, OHMESSA
METEUSE-LHES NA CABEÇA
DE IR VISITAR O EÇA.

LOGO A MESTRA DISSE AMEN
E O PROGRAMA ELABOROU
VEIO A NOSSA JOANINHA
QUE AS MANGAS ARREGAÇOU.

DE COMBOIO RUMO AO PORTO
LÁ SEGUIRAM A GRANEL
AS MALAS IAM PESADAS
SÓ POR CAUSA DO FARNEL

DE COMBOIO E AUTOCARRO
SEMPRE LADEANDO O DOURO
ENTRE PAISAGENS DE SONHO
LÁ ENCONTRARAM O TESOURO.

MAS QUE BELEZA
QUE ENCANTO
QUE PAISAGENS DESLUMBRANTES
QUE IDILICO LUGAR VIVEU
O PARAISO NA TERRA
OLIMPO DESCIDO À SERRA
ATENA POR COMPANHIA
ATÉ DE PÉ ESCREVIA
NÃO ADMIRA, PORTANTO
TODA A OBRA QUE ESCREVEU

DA PALHOTA INICIAL
AFINAL
POUCO RECHEIO RESTOU
A MESA, ESSA ESTÁ LÁ
MAS QUANTO ÀS FAVAS, AMIGOS
NEM O CHEIRO NOS DEIXOU

ALGO DE NOVO SOUBEMOS
QUE A NOSSA MESTRA OMITIRA
E A PRÓPRIA NET OCULTAVA
É QUE AO SERÃO
POR NÃO TER TELEVISÃO
O NOSSO JOSÉ MARIA
ATÉ CANASTA JOGAVA

VOLTAMOS TÃO SATISFEITOS
QUE QUEREMOS REPETIR
MAS A NOSSA 'AMELITA'
CONNOSCO TERÁ QUE VIR

A TODOS MUITO OBRIGADA
PELA SÃ CAMRADAGEM
E TERMINO DESEJANDO
DESDE JÁ BOA VIAGEM

- 2009/05/ 22, uma Tertuliana.

  • Para quem se recorda do romance "A Cidade e as Serras" vai aqui um poema feito, como reportagem da visita de estudo à "Fundação Eça de Queiróz" por esta vossa Amiga, referenciando o mesmo romance... Acreditem que o Danúbio ou o Reno, apesar de mais famosos, não superam o nosso maravilhoso Douro! - M.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Comandante Lourenço de Almeida Pinto Medeiros: FIDALGO E CAVALEIRO DOS BOMBEIROS DA RÉGUA

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Datada de 13 de Fevereiro de 1955, esta imagem documenta um momento feliz na vida do comandante Lourenço de Almeida Pinto Medeiros (1949-1959): o dia em que foi agraciado pelo governo com a comenda de cavaleiro da Ordem da Benemerência.

A cerimónia de entrega desta grande condecoração a tão insigne personalidade – que galardoa o mérito civil em geral, manifestado no exercício de funções públicas e por actos de natureza beneficente – realizou-se no salão nobre da Câmara Municipal do Peso da Régua, numa sessão solene, sob a presidência de Manuel Alves Soares, presidente da edilidade, e que foi assinalada pela presença de bombeiros, directores e muito dos seus melhores amigos.

Com alegria estampada no seu rosto, a imagem regista o instante seguinte a esse acto, o regresso ao quartel do Comandante, já com o colar ao peito, acompanhado pelos directores da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua (AHBVPR), dr. Júlio Vilela, -distinto advogado e saudoso presidente da instituição - Noel de Magalhães e Teófilo Clemente, para além de outras personalidades locais que muito estimavam o homenageado.

Esta célebre consagração ao comandante completa uma parte da história da Associação que faz do seu passado uma ponte indispensável para entender o presente e melhor projectar o seu futuro, seguindo os princípios dos fundadores que se resumem num objectivo constante para todos: torná-la cada vez maior e mais eficiente nas missões de socorro.

O exemplo deste notável comandante revela a nobreza do seu carácter, o qual legou o melhor do seu esforço, da sua abnegação e sacrifício ao Corpo de Bombeiros da Régua, durante 63 anos da sua vida. Dizendo melhor: dedicou toda a sua vida aos bombeiros da Régua, onde por sua vontade desejava morrer, ao lado dos seus homens, num humilde quarto do quartel.

No seu livro “Pátria Pequena”, o escritor João de Araújo Correia na crónica intitulada “Delicadeza”, de Dezembro de 1959, esboça-lhe este invulgar retrato:

“Faleceu a 12 do corrente, nos subúrbios desta vila, um homem delicado. Melhor dizendo, faleceu a 12 do corrente, nos subúrbios desta vila, um homem que exerceu, durante mais de oitenta anos, a delicada arte de ser delicado.

Parece que o exercício dessa função espiritual o conservou moço até ao limiar da cova. Tinha oitenta anos como se tivesse apenas cinquenta, mas, direitos e elegantes como guias de salgueiro.

Toda a gente sabe ou advinha que o nosso morto é o Lourenço de Almeida Pinto Medeiros, o Lourenchinho, como lhe chamávamos todos, consoante o uso no Norte. O inho, entre nós, não é mau signo de equívoca personalidade, é tributo que se paga em moeda de afectivo respeito, a um homem que o mereça.

O Lourenchinho, reguense nato, inteligência circunscrita a ideias intramuros, coração transbordante de paixões locais, Bombeiros e Festas do Socorro, foi excepção na Régua devido à sua ingénita delicadeza.
Por esse motivo, além de outros, faz imensa falta a este burgo comercial, tão atarefado, que não considerou que cortesia é sinal de civilização.

Terra que não saiba cumprimentar, que não perdoe pequenas fraquezas a naturais e estranhos, que não dissolva mesquinhos ressentimentos, não vença a iníqua antipatia que lhe inspiram os melhores filhos, é terra de esboço colonial de provável povoação.

É tempo de a Régua se orgulhar de cidadãos polidos como o Lourenchinho. Ele e poucos mais, que felizmente por aí ficaram, uns ricamente vestidos, outros pobremente vestidos, provam que a Régua não é árida de cortesia como a pintam os seus hóspedes mais sensíveis.

O Lourenchinho, foi fidalgo de natureza, que é maneira menos falível de ser fidalgo”
.

O escritor duriense, como mais ninguém o fez, deixou-nos este elogio de uma personalidade forte e singular, que se notabilizou pelos seus valores éticos e morais.

A sua entrega e dedicação em prol dos outros durante a sua existência são comoventes. Não admira que este homem, a quem haviam chamado de fidalgo de natureza, tenha sido consagrado como um cavaleiro da benemerência. Esse reconhecimento, só por si, faz que o seu exemplo de vida constitua uma excepcional referência para todos os bombeiros.

Seguindo de perto aquelas palavras escritas em sua homenagem devemos acrescentar: o comandante Lourenchinho não só honra a história dos bombeiros da Régua como, acima de tudo, permanece vivo na memória colectiva das sucessivas gerações.

Como recorda o ilustre escritor ainda nessa sua crónica: “É tempo de a Régua se orgulhar de cidadãos polidos como o Lourenchinho”. E, a melhor maneira de mostrar orgulho por ele, quando vão passar cinquenta anos depois da sua morte, seria de atribuir o nome do “Senhor Lourenchinho, o Senhor Comandante dos Bombeiros da Régua” – como era conhecido no seu tempo – a uma nova rua da cidade.
Honrando o comandante, homenageamos o cidadão, filho da terra, delicado e generoso que, em mais de meio século da sua vida, se dedicou a servir a Régua, como “fidalgo” e “cavaleiro” dos bombeiros.
- Peso da Régua, Maio de 2009, José Alfredo Almeida.
- Outros textos publicados neste blogue sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:
  • A força do voluntariado nos Bombeiros - Aqui!
  • A visita do Presidente da Républica Américo Tomás - Aqui!
  • Uma formatura dos Bombeiros de 1965 - Aqui!
  • O grande incêndio dos Paços do Concelho da Régua - Aqui!
  • 1º. de Maio de 1911 - Aqui!
  • Homens que caminham para a História dos bombeiros - Aqui!
  • Desfile dos veículos dos bombeiros portugueses - Aqui!
  • Uma instrução dos bombeiros no cais fluvial da Régua - Aqui!
  • O Padre Manuel Lacerda, Capelão dos Bombeiros do Peso da Régua - Aqui!
  • A Ordem Militar de Cristo - Uma grande condecoração para os Bombeiros de Peso da Régua - Aqui!
  • Os Bombeiros no Largo da Estação - Aqui!
  • A Tragédia de Riobom - Aqui!
  • Manuel Maria de Magalhães: O Primeiro Comandante... - Aqui!
  • A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
  • O Baptismo do Marçal - Aqui!
  • Um discurso do Dr. Camilo de Araújo Correia - Aqui!
  • Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
  • Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
  • Os Bombeiros da Régua em Coimbra, 1940-50 - Aqui!
  • Os Bombeiros da Velha Guarda do Peso da Régua - Aqui!

- Link's:

  • Portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua (no Sapo) - Aqui!
  • Novo portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • Exposição Virtual dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A Peso da Régua de nossas raízes - Aqui!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A força do voluntariado nos bombeiros

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A força do voluntariado nos bombeiros da Régua

Início da década de 1960 com uma imagem de um extraordinário grupo de bombeiros da Régua, em farda de trabalho, capacete e machado, numa formatura à entrada do Quartel Delfim Ferreira.

Aqui está retratada mais uma das sucessivas gerações de generosos de bombeiros que, com o seu espírito de dedicação e abnegação, contribuíram em inúmeras missões de socorro, para segurança das nossas vidas e bens.

Estes briosos bombeiros são os principais responsáveis pela afirmação da força e do dinamismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, que se fundou e cresceu com a força do movimento do voluntariado.

O valor e a importância de uma instituição que tem 128 anos de história define-se essencialmente pelos homens que a representaram - e a continuam a representar - e souberam dar o melhor contributo para o seu engrandecimento.

Ao contrário do que muitos afirmam, nunca estará esgotada a missão de uma associação humanitária, como é o caso da nossa, que em 1880 nasceu da vontade do povo e para servir o povo. Para além do seu fim principal, que é manter um Corpo de Bombeiros, a associação humanitária mantêm-se laços de ligação à população que a criou, permitindo que o seu espaço seja também para o convívio e lazer de todos e de participação em actividades culturais, recreativas e musicais. Desde a fundação, a associação tem aberta ao público uma biblioteca onde se podem encontrar livros para muito gostos.

Uma organização social e humanitária só pode permanecer viva e actuante se, no seu seio, tiver cidadãos de elevada dimensão moral e ética, empenhados na defesa de valores fundamentais para a realização humana.

Podemos recordar, através desta imagem, com nostalgia e saudade, formados à entrada da porta principal do quartel, excelentes bombeiros como o Francisco Ferreira, Diamantino Peixe, José Pinto, Manuel Figueiredo, Joaquim Espírito Santo, o saudoso Trovão, todos já falecidos, e entre nós, o Agostinho Narciso, generosamente conhecido por Zé Grande.

Um dia, com mais algum tempo, havemos de contar uma história divertida que se terá passado na vida do bombeiro Zé Grande – há quem diga que ela é verídica - que tudo fez para tirar uma “carta de condução” para conduzir uma grua da construção civil, na extinta firma A Construtora do Douro, onde em jovem trabalhou como servente. A quem a ouvimos, afirma que ele tudo fez, até da papelada foi tratar na escola de condução reguense. Outros e bons tempos, em que a brincar, as pessoas sabiam sorrir as dificuldades da sua vida…e da dos outros!

Em tempo de grandes crises económicas e dificuldades sociais de vária ordem, o exemplo de dedicação e de solidariedade destes homens – inesquecíveis bombeiros voluntários - deve ser uma referência para os jovens. A eles, a comunidade pede a sua participação cívica na causa do voluntariado nos bombeiros, como principais pilares na salvaguarda da segurança colectiva.

Devemos ter a consciência que vivemos num mundo vulnerável, cada vez com maiores riscos e situações de catástrofes, que deixam mais e mais pessoas em perigo de vida e desprotegidas, à espera da ajuda de um bombeiro voluntário.

Neste contexto, visando reforçar e valorizar a causa do voluntariado nos bombeiros, recordarmos que o Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses divulgou na opinião pública, durante o ano de 2008, esta importante mensagem:

“O voluntariado nos bombeiros é um meio de integração e inclusão social que contribui para a construção de uma sociedade coesa e solidária. Através do voluntariado nos Bombeiros, os indivíduos adquirem e desenvolvem competências, no contexto de uma formação cada vez mais exigente e diversificada, sendo, por isso, um instrumento de aprendizagem ao longo da vida.

Por outro lado, representa uma forma de as pessoas de todas as religiões, convicções políticas e origem socioeconómica poderem contribuir para a defesa de vidas e bens, o mesmo é dizer, exercem uma cidadania activa e responsável, alicerçada nos valores de solidariedade, da partilha, do trabalho em equipa, da eficácia no cumprimento de uma missão”
.

Para que sejam cumpridos estes princípios estamos convencidos que os jovens reguenses aceitarão este desafio de assumirem a causa do voluntariado como “soldados da paz”, seguindo os ideais de altruísmo do 1º Comandante do Corpo de Bombeiros do Peso da Régua, Manuel Maria de Magalhães.- Peso da Régua, Maio de 2009, José Alfredo Almeida.

- Outros textos publicados neste blogue sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:

  • A visita do Presidente da Républica Américo Tomás - Aqui!
  • Uma formatura dos Bombeiros de 1965 - Aqui!
  • O grande incêndio dos Paços do Concelho da Régua - Aqui!
  • 1º. de Maio de 1911 - Aqui!
  • Homens que caminham para a História dos bombeiros - Aqui!
  • Desfile dos veículos dos bombeiros portugueses - Aqui!
  • Uma instrução dos bombeiros no cais fluvial da Régua - Aqui!
  • O Padre Manuel Lacerda, Capelão dos Bombeiros do Peso da Régua - Aqui!
  • A Ordem Militar de Cristo - Uma grande condecoração para os Bombeiros de Peso da Régua - Aqui!
  • Os Bombeiros no Largo da Estação - Aqui!
  • A Tragédia de Riobom - Aqui!
  • Manuel Maria de Magalhães: O Primeiro Comandante... - Aqui!
  • A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
  • O Baptismo do Marçal - Aqui!
  • Um discurso do Dr. Camilo de Araújo Correia - Aqui!
  • Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
  • Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
  • Os Bombeiros da Régua em Coimbra, 1940-50 - Aqui!
  • Os Bombeiros da Velha Guarda do Peso da Régua - Aqui!

- Link's:

  • Portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua (no Sapo) - Aqui!
  • Novo portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • Exposição Virtual dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A Peso da Régua de nossas raízes - Aqui!

O futuro chega à Régua!...

Requalificação Urbana da cidade de Peso da Régua - Clique na imagem e faça uma pequena viagem ao futuro… a um futuro garantidamente melhor!

"Pretende-se realizar em Peso da Régua uma intervenção urbanística exemplar, sendo o Auditório, o Centro Escolar do Peso da Régua, as Piscinas Municipais e a valorização global dos espaços públicos e de circulação viária os objectos dessa intervenção."