Surpreende, nesta fotografia de meados de 1980, a singular beleza de um agradável espaço de lazer e de evasão da cidade, a zona ribeirinha do rio Douro, nas imediações do cais fluvial, que algum tempo mais tarde viria a ser todo modificado com grandes e excelentes obras arquitectónicas de beneficiação e de ampliação, para permitir a chegada de barcos em cruzeiros turísticos, realizadas pelo ex -Instituto de Navegabilidade do Douro, dirigido pelo saudoso Eng. Mário Fernandes, escolhido como o “teatro das operações” para a realização dos exercícios de instrução do Corpo Activo dos bombeiros voluntários da Régua.
Como nesta fotografia chama a atenção do nosso olhar a perfeição das linhas espectaculares do imponente Chevrolet, modelo Viking 60, um grande carro de fogo que foi baptizado com o nome de “S. Faustino”, mas é mais conhecido por todos como o “Nevoeiro”, assim designado pela razão de a bomba ao lançar a água fazer uma espécie de nuvem.
Adquirido à General Motors de Portugal, Lda, em Novembro de 1960, pela avultada quantia de 397 contos. Era considerado, como então se dizia, “um carro que não encontra hoje similar no país”. De origem americana, esse pronto-socorro, com um motor de 4637 cm³ de 8 cilindros, transporta no seu interior dez bombeiros e está equipado com depósito de água de 1.800 litros, material de incêndios e uma potente bomba Darley.
Este pronto-socorro é um símbolo para todos bombeiros. E, para muitos de nós, o “Nevoeiro” pertence às memórias da nossa infância, a esse imaginário de um tempo feliz, quando o contemplávamos ao vê-lo passar a alta velocidade, com a sirene a tocar e as luzes a assinalar urgência.
Devido à sua invejável antiguidade, a completar os 50 anos de vida, pode dizer que já não está já no activo como carro de socorro de combate aos fogos urbanos, (será que alguém nos pode ajudar na reparação da chapa e uma nova pintura?) mas, caso seja necessário, pode entrar em serviço a qualquer momento, como nos seus bons velhos tempos.
Mas, nos tempos actuais, aos bombeiros voluntários exigem-se melhores conhecimentos técnicos, mais formação, cursos de matérias específicas, exigindo-se para a sua eficaz operacionalidade treinos regulares com exercícios de instrução. Só assim, as estruturas operacionais serão cada vez mais qualificadas, competentes, responsáveis e orientadas por objectivos de qualidade.
Os bombeiros devem ser “voluntários por opção, mas profissionais na acção”. A aposta na formação dos bombeiros é ponto fundamental para a sua valorização como expressa o Eng. Álvaro Ribeiro, Comandante dos Bombeiros Voluntários da Cruz Branca, de Vila Real que, num artigo (ligeiramente adaptado), que aqui reproduzimos com a devida vénia:
“Ao longo dos tempos os Corpos de Bombeiros procuram dar respostas às necessidades das populações. Primeiro, com exclusiva participação no combate aos incêndios urbanos e industriais, socorros a náufragos, depois na área da saúde na vertente de transporte de doentes e na emergência pré-hospitalar e, no inicio da década de 80, como responsáveis directos pelo combates aos fogos florestais.
A mobilização dos efectivos operacionais era feitas pelas badaladas dos sinos das igrejas, posteriormente passou-se aos silvos das sirenes e hoje já se utiliza os meios de SMS e outros.
A velha figura do quarteleiro deu lugar a operadores de central de comunicações e aos motoristas que garantem o serviço de saúde e/ou incêndios.
A tecnologia entra facilmente na área da protecção e socorro. São por isso necessários conhecimentos profundos e treinos para manusear equipamentos, alguns com elevada sofisticação.
A sociedade exige um serviço profissional, independentemente de quem o faz, se é sapador ou voluntário.
Para dar resposta a uma sociedade que vive com a informação a todos os instantes, é preciso dispôs de tempo para a formação, treino regular e participar nas actividades operacionais e de representação.”
Como nesta fotografia chama a atenção do nosso olhar a perfeição das linhas espectaculares do imponente Chevrolet, modelo Viking 60, um grande carro de fogo que foi baptizado com o nome de “S. Faustino”, mas é mais conhecido por todos como o “Nevoeiro”, assim designado pela razão de a bomba ao lançar a água fazer uma espécie de nuvem.
Adquirido à General Motors de Portugal, Lda, em Novembro de 1960, pela avultada quantia de 397 contos. Era considerado, como então se dizia, “um carro que não encontra hoje similar no país”. De origem americana, esse pronto-socorro, com um motor de 4637 cm³ de 8 cilindros, transporta no seu interior dez bombeiros e está equipado com depósito de água de 1.800 litros, material de incêndios e uma potente bomba Darley.
Este pronto-socorro é um símbolo para todos bombeiros. E, para muitos de nós, o “Nevoeiro” pertence às memórias da nossa infância, a esse imaginário de um tempo feliz, quando o contemplávamos ao vê-lo passar a alta velocidade, com a sirene a tocar e as luzes a assinalar urgência.
Devido à sua invejável antiguidade, a completar os 50 anos de vida, pode dizer que já não está já no activo como carro de socorro de combate aos fogos urbanos, (será que alguém nos pode ajudar na reparação da chapa e uma nova pintura?) mas, caso seja necessário, pode entrar em serviço a qualquer momento, como nos seus bons velhos tempos.
Mas, nos tempos actuais, aos bombeiros voluntários exigem-se melhores conhecimentos técnicos, mais formação, cursos de matérias específicas, exigindo-se para a sua eficaz operacionalidade treinos regulares com exercícios de instrução. Só assim, as estruturas operacionais serão cada vez mais qualificadas, competentes, responsáveis e orientadas por objectivos de qualidade.
Os bombeiros devem ser “voluntários por opção, mas profissionais na acção”. A aposta na formação dos bombeiros é ponto fundamental para a sua valorização como expressa o Eng. Álvaro Ribeiro, Comandante dos Bombeiros Voluntários da Cruz Branca, de Vila Real que, num artigo (ligeiramente adaptado), que aqui reproduzimos com a devida vénia:
“Ao longo dos tempos os Corpos de Bombeiros procuram dar respostas às necessidades das populações. Primeiro, com exclusiva participação no combate aos incêndios urbanos e industriais, socorros a náufragos, depois na área da saúde na vertente de transporte de doentes e na emergência pré-hospitalar e, no inicio da década de 80, como responsáveis directos pelo combates aos fogos florestais.
A mobilização dos efectivos operacionais era feitas pelas badaladas dos sinos das igrejas, posteriormente passou-se aos silvos das sirenes e hoje já se utiliza os meios de SMS e outros.
A velha figura do quarteleiro deu lugar a operadores de central de comunicações e aos motoristas que garantem o serviço de saúde e/ou incêndios.
A tecnologia entra facilmente na área da protecção e socorro. São por isso necessários conhecimentos profundos e treinos para manusear equipamentos, alguns com elevada sofisticação.
A sociedade exige um serviço profissional, independentemente de quem o faz, se é sapador ou voluntário.
Para dar resposta a uma sociedade que vive com a informação a todos os instantes, é preciso dispôs de tempo para a formação, treino regular e participar nas actividades operacionais e de representação.”
Por isso, o trabalho dos bombeiros voluntários é reconhecido pela população portuguesa. Numa sondagem recente, divulgada pelo jornal “Público” (09/02/13), os bombeiros foram eleitos no primeiro lugar como “a classe profissional em que os portugueses mais confiam”, obtendo um lugar acima dos médicos e dos enfermeiros.
- Peso da Régua, Abril de 2009, José Alfredo Almeida.
Outros textos publicados neste blogue sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:
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- O Padre Manuel Lacerda, capelão do Bombeiros do Peso da Régua - Aqui!
- A Ordem Militar de Cristo - Uma grande condecoração para os Bombeiros de Peso da Régua - Aqui!
- OsBombeiros no Largo da Estação - Aqui!
- A Tragédia de Riobom - Aqui!
- Manuel Maria de Magalhães: O Primeiro Comandante... - Aqui!
- A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
- A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
- O Baptismo do Marçal - Aqui!
- Um discurso do Dr. Camilo de Araújo Correia - Aqui!
- Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
- Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
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1 comentário:
Deixe-me so fazer uma pequena correçao: a intruçao da foto foi realizada apos 1992, mas nao sei precisar a data correta.
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