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terça-feira, 23 de abril de 2013

A exposição de Nathalie Teixeira

Um convite do pelouro da cultura do Município de Santa Marta de Penaguião: 

Exposição “Ser Mulher”

A galeria do auditório municipal de Santa Marta de Penaguião recebe mais uma exposição que certamente não deixará ninguém indiferente.

A exposição de Nathalie Teixeira, uma jovem penaguiense de 20 anos e residente em Fornelos, contará com a apresentação de 25 obras de arte que representam, no geral, a figura feminina em diferentes idades.

A jovem que desde cedo se apaixonou pelas artes aplicou nas diversas telas várias técnicas que vão desde a aguarela, tinta-da-china, passando pelo lápis de cor, caneta, carvão e lápis grafite.

Com o objetivo principal de valorizar o ser feminino, transmitindo a sua beleza, charme, sensualidade, sedução, doçura, força interior, coragem e sabedoria, a jovem artista conseguiu através de tons vibrantes exprimir minuciosamente a sua paixão pela pintura.

A exposição, inaugurada no dia 20 de abril, pelas 21 horas e estará patente até dia 20 de maio.

Visite. Não se irá arrepender.

Clique na imagem para ampliar. Convite sugerido pelo Dr. José Alfredo Almeida (JASA). Edição de imagens e texto de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Abril de 2013. É permitido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue desde que mencionados a origem/autores/créditos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ó da Régua

O CORETO DO JARDIM ALEXANDRE HERCULANO
Ó da Régua

de musica se envolvia
brilhava com os instrumentos
bandas grandes
em Concertos domingueiros

um Coreto
um Coreto todo em ferro
de varandins trabalhados
agora enferrujados
porque de abandono se apresenta
este espaço altaneiro

abandonado 
a voz emudecida que um dia foi ouvida 

através das crianças enroladas nos ferros 
em brincadeiras e danças
nas horas de maior silêncio
quando as mães descansavam sentadas a olhar para os filhos
pensando neles maestros ou músicos ou engenheiros

(e quem preservaria o Coreto?) 

que ali as unia nas tardes quentes
onde os músicos afinavam sons agudos    sons graves 
ajudados ali perto pelos melros 

hoje
resta o coitado 
do Coreto
para ser olhado
desprezado
enferrujado 
à espera que alguém venha
lhe dê um banho de areia
enquanto a ferrugem 
não lhe leve toda a liga

Ó da Régua
que é da música?








Inez Andrade Paes, In 'CONTOS DE FADAS NÃO DE REIS', ..."que este é a pensar na defesa deste Coreto"...


INEZ ANDRADE PAES (Filha da saudosa poetisa do mar azul de Pemba, GLÓRIA DE SANT'ANNA) nasceu em Pemba Moçambique e vive em Portugal desde 1975. Trabalha e forma atelier de esmaltes -1978. Reside em Lausanne, Suiça-1980-84. Dedica-se à floricultura e inicia trabalho de pintura em madeira-1984-88. Inicia trabalho de pintura em algodão e seda-1985-89. Estágio de aerógrafo em Malmö, Suécia-1989. É-lhe atribuído subsídio de apoio do IEFP-1994. Pintura guarda-roupa Escola de Samba “Costa de Prata”, Ovar – 1997. Estágio de abordagem à pintura a óleo em Londres, G.B. – 1998. Inicia trabalho de horticultura, poda, enxertos de árvores e plantas-1999, 2001. Ilustração do livro infantil, O PELICANO VELHO – 2002. Composição gráfica do livro, AO RITMO DA MEMÓRIA – 2002.  Composição gráfica do livro, ALGURES NO TEMPO – 2005. Autoria e composição gráfica do livro, O MAR QUE TOCA EM TI -2006. Fotografia -2005, 2007. Composição gráfica do livro, E NAS MÃOS ALGUMAS FLORES -2007. Composição gráfica do livro TRINADO PARA A NOITE QUE AVANÇA – 2009. Autoria e composição gráfica do livro, PAREDES ABERTAS AO CÉU – 2011

Clique nas imagens para ampliar. Poema inédito de Inez Andrade Paes publicado neste domingo, 7 de Outubro no seu blogue 'Contos de Fadas não de Reis', solidário ao 'abandonado' CORETO DA RÉGUA. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Outubro de 2012. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos. 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Retalhos da net: Cartas de Ver - O PESO DA REGRA

Sobre a Igreja da Misericórdia do Peso da Régua, um monumento nacional desconhecido:
Clique  nas imagens para ampliar. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Maio de 2012. Transcrição de publicação do "O Público.pt". Permitida a copia, reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue só com a citação da origem/autores/créditos.  
In CEARQ - PAULO VARELA GOMES - pgomes@darq.uc.pt - Licenciado em história pela Universidade Clássica de Lisboa (1978), mestre em história da arte pela Universidade Nova de Lisboa (1988), doutorado em história da arquitectura pela Universidade de Coimbra (1999). Docente do DARQ desde 1991, professor convidado do Dep. Autónomo de Arquitectura da Universidade do Minho desde 2001, docente convidado de outras universidades portuguesas e estrangeiras. A principal área de investigação e publicação tem sido a história da arquitectura e da cultura arquitectónica portuguesa dos séculos XVII e XVIII.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Jornais da Régua

Chegou a ser efervescente, no século XIX, a publicação de folhas periódicas reguenses. Já me passou pela vista um exemplar da Régua em Camisa, vários números da  e, se bem me  lembro, algum número do antigo Douro, fundado em 1863. O novo só muito mais tarde, em 1900, reapareceu.
Valerá a pena a qualquer estudioso, dotado de paciência, estudar meticulosamente o que foi, na Régua, a imprensa periódica no século XIX. Terá, para esse efeito, de recorrer às bibliotecas públicas, a algum particular e ao Instituto do Vinho do Porto. Esta casa, tão importante, deve ter adquirido, in illo tempore, uma boa porção de jornais velhos publicados na Régua.
Diga-se, antes que esqueça, que todos esses jornais, publicados nesta vila e veementes defensores do Douro, provam que a capital do país vinhateiro foi sempre a nossa terra. Valem como pergaminhos comprovativos. Régua, capital do Douro… Assim se disse e há-de dizer sempre.
Mas, vamos lá ao tema desta crónica. Tema particular, será a recordação de jornais que eu conheci, aqui na Régua, no tempo em que me criei.
Foram três bi-semanários, que se chamaram, a contar do mais velho, O Independente Reguense, O Douro e O Dissidente.
O Independente vinha do século passado, o Douro reaparecera em 1900 e o Dissidente, o mais novinho, era então, pode-se dizer, recém-nascido.
Independente e Dissidente entravam em minha casa duas vezes por semana. E eu, rapazinho da escola primária, recebia-os e lia-os com avidez. Neles saboreava as poesias de Camilo Guedes, algum artigo de Pinto Pereira e as eruditas notas de Gabriel Gouveia sobre Camilo, que denominava imortal humorista.
Folhas saídas de prelos arcaicos, movidos a pulso, entravam-me em casa húmidas como se tivessem acabado de tomar banho. E eu, deixem-me assim dizer, respeitava-lhes o pudor. Mal as encarava para as deletrear.
Cada um dos jornais era entregue, em minha casa, pelo rapaz da redacção – rapazinho descalço que eu respeitava e admirava por ver nele alguém que conhecia o segredo de fazer jornais.
Sabedores desse segredo eram homens feitos como o Chico Cego, do Dissidente, e o Luís Ribeiro, do Independente.
Vi algumas vezes, à janela do jornal O Douro o tipógrafo Queirós, homem de rosto magro e cabeleira rica, levantada como trunfa.
Dizia-se que bebia vinho pela medida grande. Dizia-se até que o contacto com os tipos era mais puxavante que azeitonas e bacalhau cru. Mas, nem todos os tipógrafos se deixariam tentar. Luís Ribeiro, do Independente, era morigerado. Já o Chico cego, enquanto compunha, ia molhando a palavra para melhor insultar o aprendiz.
Tudo se perde, em terras de província, quando deixa de se usar. De certo se perderam as colecções dos três bi-semanários. Se não houver quem as procure à luz da candeia, rezem-lhes por alma os antigos leitores das três folhinhas.
Mas, aqueles prelos gementes? Não será possível que o Museu do Douro, agora em formação, venha a possuir, em bom estado, um exemplar desses objectos?
Merece memória quem lidou com eles a favor da Régua e do douro. Mas, os prelos, obedientes ao pulso duriense, também a merecem. Primitivos como eram, não imprimiam mal. Davam de si folhas húmidas muito asseadas.
Como não há museu municipal, cumpre ao Museu do Douro, agora em formação, adquirir velhos jornais da Régua e um exemplar do prelo que os deu à luz. Valeu?

Nota: Esta crónica foi publicada no Boletim “O Alto Douro Cultural”, nº1, de Junho/1883, Ano I,  que  era o  órgão da Associação Cultural do Alto Douro.


Clique na imagem acima para ampliar. Sugestão de J. A. Almeida e edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Abril de 2012. Desconhecemos o autor do texto. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. Todos os direitos reservados. É permitido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue desde que mencionados a origem/autores/créditos.  

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Júlio Pomar inspira-se em paisagem duriense durante o Douro Film Harvest


Júlio Pomar é convidado para a próxima edição do Douro Film Harvest, que decorre de 5 a 11 de Setembro. O pintor vai criar um quadro, inspirando-se num cenário único e inesquecível: a paisagem duriense, uma verdadeira paleta de cores em plena época de colheitas. Júlio Pomar é um dos maiores nomes da arte europeia. Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio e passou pelas Escolas de Belas Artes de Lisboa e Porto, sem ter, no entanto, frequentado aulas de pintura. Ao longo da sua carreira expôs em galerias por todo o mundo, fez desenho, gravura, escultura, ilustração, tapeçaria, azulejo, cerâmica e assemblage. (In Douro Film Harvest que decorre de 5 a 11 de Setembro, em Alijó, Pinhão, Favaios, Vidago e Penedono)

O pintor é convidado para a próxima edição do Douro Film Harvest, que decorre de 5 a 11 de Setembro, em Alijó, Pinhão, Favaios, Vidago e Penedono. Júlio Pomar vai criar um quadro, tendo como inspiração um cenário único: a paisagem duriense, tela de cores em plena época de colheitas que este ano celebra uma década de elevação a Património da Humanidade pela Unesco. Verdadeira plataforma cultural e enoturística, além de uma selecção especial de filmes, o DFH sugere exposições e espectáculos, com Sophie Madeleine, Ricardo Imperatore e os boTECOeletro a actuarem no Douro.
Sendo um dos nomes maiores da arte europeia, Júlio Pomar estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio e passou pelas Escolas de Belas Artes de Lisboa e Porto, sem ter, no entanto, frequentado aulas de pintura. Ao longo da sua carreira expôs em galerias por todo o mundo, fez desenho, gravura, escultura, ilustração, tapeçaria, azulejo, cerâmica e assemblage. Hoje dedica-se sobretudo à pintura e à escrita e, em 2004, criou a Fundação Júlio Pomar.

Ricardo Imperatore, boTECOeletro e Sophie Madeleine no Douro - Nesta edição dedicada ao Brasil, com o realizador Cacá Diegues e o actor José Wilker como convidados, a música não poderia faltar. Por isso, a praia do Pinhão vai tornar-se palco para a musicalidade contemporânea de Ricardo Imperatore, dos boTECOeletro, com inspiração tradicional. O espectáculo é gratuito e aberto ao público, e tem duas sessões marcadas: no dia 7 de Setembro, às 22h00, e no dia 9 de Setembro, às 22h30.Ricardo Imperatore actua também com os boTECOeletro na festa oficial do Douro Film Harvest®, a Harvest by Night, no Vintage House Hotel, no Pinhão, na noite de 10 de Setembro. O projecto boTECOeletro resulta da pesquisa feita durante dois anos por Ricardo Imperatore, que reuniu sonoridades da música tradicional brasileira, samples, percussão e instrumentos acústicos. Lançado em 2004, o primeiro disco venceu o Prémio Tim de Música 2005 na categoria de Melhor Álbum Electrónico do ano. O tema CoconutzMass registou um enorme sucesso, sendo incluído na banda sonora do jogo FIFA Soccer 2006. A Harvest by Night conta ainda com a voz distinta da cantora e compositora Sophie Madeleine, ao som do ukelele, instrumento de cordas tradicional do Havai. O disco de estreia, Love.Life.Ukulele, foi apresentado em Itália, Alemanha, Estados Unidos da América e Reino Unido, o que lhe valeu, para além de uma legião de fãs, recordes de vendas em 27 países. Em Julho lançou um segundo álbum, The Rhytm you started, que explora novos ritmos e batidas, rompendo com os arranjos mais tradicionais do primeiro trabalho. DFH apoia a candidatura do Fado a Património da Humanidade Como apoiante da candidatura do Fado a Património da Humanidade, o Douro Film Harvest® integra no programa deste ano a exposição “Fados”, que pode ser vista no auditório de Alijó, com entrada gratuita, a partir do primeiro dia do certame, 5 de Setembro. Desde a génese até à internacionalização nos grandes palcos do mundo, a mostra “Fado” percorre partituras, cartazes, jornais, fotografias – de teatro de revista, gravações discográficas, emissões radiofónicas, cinema e televisão.Organizado pela Turismo do Douro, o DFH é presidido por Manuel Vaz, tem direcção do produtor e realizador Ivan Dias, o apoio do Turismo de Portugal e co-financiamento do programa Operacional da Região Norte (ON2).
22-08-2011 - In 'Notícias de Vila Real'