quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Era uma vez um COMBOIO HISTÓRICO ?


Douro: CP põe em causa continuidade do Comboio Histórico
14:36 Quarta feira, 19 de outubro de 2011

Peso da Régua, 19 out (Lusa) -- A CP ameaça com o fim do Comboio Histórico no Douro caso não encontre parceiros para ajudar a financiar este serviço que, este ano, custou 150.000 euros, disse hoje à Agência Lusa fonte da empresa.
Durante o verão, a velha locomotiva a vapor percorreu os 46 quilómetros que separam o Peso da Régua do Tua (concelho de Carrazeda de Ansiães), numa viagem que tem como paisagem predominante o rio Douro, as vinhas que são Património Mundial da UNESCO e que atrai centenas de turistas a este território.
Ana Portela, diretora de Relações Institucionais e Comunicação da CP, referiu que é a empresa que suporta a totalidade do custo desta operação, incluindo o investimento na preparação do material circulante para cada campanha. A locomotiva a vapor, dadas as suas características, tem que ser objeto de uma intervenção de fundo todos os anos.
Fonte - "Expresso"

Comboio Histórico do Douro pode chegar ao fim

Por: Redacção / IPL  |  19- 10- 2011  15: 22
A CP, Comboios de Portugal, ameaça pôr fim ao Comboio Histórico no Douro caso não encontre parceiros para financiar o serviço que em 2011 custou 150 mil euros, avança a Lusa.

A directora de Relações Institucionais e Comunicação da CP, Ana Portela, indicou que é a empresa que suporta a totalidade do custo da actividade do comboio, incluindo o investimento na preparação do material circulante para cada campanha. A locomotiva a vapor tem de ser objecto de uma intervenção de fundo todos os anos e a sua continuidade está agora em causa. 

«Caso não exista possibilidade de o viabilizar, quer através de parcerias com instituições ligadas ao Turismo do Douro, quer através de entidades privadas, a CP não poderá continuar a suportar os prejuízos que dele decorrem», confessou Ana Portela. 

Durante o Verão, o Comboio Histórico percorreu os 46 quilómetros que separam o Peso da Régua do Tua (concelho de Carrazeda de Ansiães), numa viagem que tem como paisagem predominante o rio Douro, as vinhas que são Património Mundial da UNESCO e que atrai centenas de turistas a este território.

De acordo com Ana Portela, o resultado da exploração do comboio é negativo embora tenha apresentado uma significativa melhoria em 2011, cerca de 60 mil euros negativos, em comparação a 2010, 110 mil euros negativos.

Os novos números devem-se a um «enorme esforço que a empresa tem desenvolvido no sentido de procurar reduzir os custos associados, sem prejudicar a qualidade e atractividade do produto», referiu.

«Não é possível, nem racional, do ponto de vista da gestão, num cenário de redução de oferta a nível nacional de serviços de transporte às populações, suportar este nível de prejuízos num produto que não pode ser considerado como essencial à actividade da empresa, que é a de dar resposta às necessidades de mobilidade dos cidadãos, apesar de todo o seu valor patrimonial e histórico», frisou.

Em 2011, viajaram no comboio 2.270 pessoas, o que representa uma média de 206 passageiros por viagem (a capacidade total é de 250). Em 2010, viajaram 1.639 clientes.

O presidente da Câmara da Régua, Nuno Gonçalves, já lamentou o facto de se estar «a pôr em causa a continuidade» do Comboio Histórico, um serviço que diz que é «diferenciado» e que dá uma «importante capacidade de atractividade e de competitividade» à região.

«Era importante que alguém pudesse ver aqui uma actividade com retorno. O meu desejo é que alguém possa ver aí uma forma de intensificar a actividade que o comboio turístico tinha na região», confessou.
Fonte - TVI

sábado, 15 de outubro de 2011

PATRIMÓNIO CULTURAL: UM RECURSO ESTRATÉGICO


Cada vez mais se ouve falar em património cultural. Ele está, definitivamente, regulado nas leis e tem sido uma preocupação constante de muitos países.
O que é o património cultural? Dentre as várias definições possíveis, escolhi a do francês Pierre-Laurent Frier: “é o conjunto de marcas ou vestígios da actividade humana que uma comunidade considera essenciais para a sua identidade e memória colectivas e que deseja defender a fim de as transmitir às gerações vindouras”.
O património cultural é tão importante que tem consagração na Lei Constitucional, sendo uma das tarefas fundamentais do Estado a sua protecção e valorização (Cfr. Constituição da República Portuguesa, art. 9º, alínea e)).
Acresce que, a nossa Lei ordinária, concebe o património cultural como o conjunto de bens materiais e imateriais, testemunhos de civilização ou de cultura, a merecer salvaguarda especial. E destaca a língua portuguesa como um elemento essencial do património cultural português. 
O património cultural não só exterioriza os valores da memória e da identidade, mas também é um factor de desenvolvimento. De salientar é que já João de Araújo Correia (JAC), há 50 anos, entendia que esse património era um recurso económico. E porquê? Pelas receitas provenientes da sua oferta turística. Numa sua crónica intitulada “Corografia Literária” afirmou: “Muito se cultivam, lá fora, os sítios literários. Lugar onde nasceu ou viveu um escritor é sagrado. Atrai peregrinos como santuário. E, com essas peregrinações, lucram as terras. O espiritual dá de comer e beber ao temporal. Justo é que se acarinhem os sítios em que pôs pé um escritor.” (Correia: Ecos do País, 1ª Edição. Régua: Imprensa do Douro, pp.123-126). De facto, um sítio ou lugar literário deve ser acarinhado pelas populações. E deve sê-lo se quiserem o progresso das suas cidades, vilas e aldeias. O raciocínio é simples. Por virtude do turismo (cultural) o sítio literário é fonte de rendimentos. Devíamos seguir – continua JAC – o espírito da França; apesar de se conhecer o espírito francês, só muito “ronceiramente” é compreendido em Portugal. Em seguida, dá vários exemplos do binómio terra/casa – escritor. A cidade de Tours (França) deixou-se penetrar pela alma de Balzac. O ar de Tours tornou-se balzaquiano. Friúme (Ribeira de Pena) atrai viajantes que procuram a “alma adolescente de Camilo. O escritor passou ali dois anos e ali casou, rapazinho, com uma camponesa. O que o viajante pretende é ver o casinhoto em que noivou”. Santarém anda associada a Herculano que, como lavrador, estanciou, cerca de dez anos, na Quinta de Vale de Lobos. Ovar conserva, para romagem pública, a Casa do Largo dos Campos onde nasceram “As Pupilas do Senhor Reitor” de Júlio Dinis. Afigura-se-me que o exemplo destas e doutras terras pode frutificar na Régua. Na sequência do meu texto publicado, neste prestigiado Semanário, a 29/7/2011, quero nomear a Rua do Dr. Maximiano Lemos como a mais capaz de dar tais frutos. A sua importância – como então lembrei – provém das figuras notáveis que ali nasceram e viveram. Sei que há ruínas a erguer, infra-estruturas a recompor e negociações a realizar. Só lamento que, por ora, a crise económica tolha, de pés e mãos, proprietários, investidores e entidades públicas. Apesar disso, quero expressar o meu voto que essa Rua histórica do Peso da Régua venha a tornar-se num apreciável destino turístico.
- Peso da Régua, 9 de Outubro de 2011 - J. Martins de Freitas, Dr. 

Clique  nas imagem acima para ampliar. Texto do Dr. J. Martins de Freitas publicado com autorização do autor neste blogue e no semanário regional 'Notícias do Douro'. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Outubro de 2011.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Hospital D. LUIZ I - Um hospital moribundo ?


Hospital D. LUIZ I - Um hospital moribundo ?
HOMENS de palavra - Precisam-se !!!


ÚLTIMA HORA | 11-10-2011
Hospital da Régua encerra mesmo
O ministério da Saúde informou os deputados do PS, eleitos por Vila Real, que o Hospital da Régua irá mesmo encerrar. O seu fecho está previsto no plano de reestruturação do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), na sequência da abertura do hospital de Lamego.

Em resposta a um pedido de esclarecimentos dos deputados Rui Santos e Pedro Silva Pereira, o ministério da Saúde adianta que a “avaliação desta situação está a ser objecto de estudo no âmbito do processo de reorganização da rede hospitalar” que se prevê ficar concluído até ao final deste ano.

O mesmo ministério informou que o encerramento do Hospital D. Luís I, no Peso da Régua foi elaborado em articulação com a Administração Regional do Norte (ARS Norte).

Fonte - http://www.noticiasdevilareal.com/noticias/index.php?action=getDetalhe&id=11529
11 de Outubro de 2011
Hospital D. Luiz I não encerra
Ministério da Saúde reassume
Em resposta aos Deputados do PS - Círculo de Vila Real, o Ministério da Saúde informou que o Plano de Reestruturação do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, elaborado em articulação com a Administração Regional de Saúde do Norte, previa o encerramento do Hospital D. Luiz I. Este Plano de Reestruturação não vincula o actual Governo, o qual tem em curso um  "processo de reorganização da rede hospitalar", mantendo, por isso, a situação do Hospital D. Luiz I em análise.
Esta indefinição conduziu a nova tomada de posição por parte do Executivo Municipal reguense que, com carácter de urgência, reuniu segunda-feira, 3 de Outubro, com o Secretário de Estado da Saúde. O Ministério da Saúde reassumiu a garantia de que o Hospital não irá encerrar.
Recorde-se que essa garantia havia sido assumida a 14 de Setembro, pelo Secretário de Estado da Saúde, Manuel Ferreira Teixeira e posteriormente reiterada pelo Ministro da Saúde, Paulo Macedo, em sequência da defesa interposta pelo Município do Peso da Régua da manutenção em funcionamento do Hospital D. Luiz I, sob risco do encerramento representar um grave prejuízo para os cerca de 50 mil utentes desta unidade hospitalar.
O processo de reorganização da rede hospitalar deverá estar concluído até Dezembro de 2011, com garantia de empenhamento por parte do Ministério da Saúde em encontrar uma solução capaz de responder às necessidades da população reguense.
Este comunicado cumpre o dever de informar os utentes do Hospital D. Luiz I, relativamente ao compromisso assumido pelo Governo português e, simultaneamente, assegurar-lhes que  o  Executivo Municipal reguense continuará a trabalhar no sentido de ter asseguradas no Concelho  as melhores condições possíveis em matéria de cuidados de saúde.
Posto isto, o Município do Peso da Régua aguardará com serenidade, sem qualquer outro comentário adicional, a definição do papel final do Hospital D. Luiz I no contexto do Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro.

Fonte - Câmara Municipal de Peso da Régua