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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Um adeus sentido a MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES

Nota - O dia correcto de nascimento de M. Nogueira Borges é o de 05 de Outubro de 1943. A data na foto (12 de Outubro) é apenas a que consta na conservatória. Contava sempre que tal se devia ao facto de no ano de 1943 ser por vezes normal o registo ter a data do mesmo e não a real - Ricardo Nogueira em 2JUL2012

De MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES:
Acreditem-me ou não, o que escrevi SINTO-O. Sabes, a vida é feita por NÓS, "OS SIMPLES", OS QUE ANDAM AQUI COM UMA LUZ NO CORAÇÃO.  SÓ TEMOS QUE FAZER UMA "COISA": AGRADECER A QUEM NOS DEU ESSA FELICIDADE!
Escrito por Manuel Coutinho Nogueira Borges em 7 de Fevereiro de 2012
A notícia chegou assim:

Amigos,
Anuncio-vos com muito pesar que Manuel Coutinho Nogueira Borges faleceu ontem por enfarte do miocárdio. O que parecia ser uma pequena indisposição foi infelizmente um ataque fatal. O seu corpo repousa hoje, deposto em câmara ardente, na Capela de Sto Ovídio (Bairro dos Cedros) e segue daí amanhã pelas 15 horas para a Igreja de Mafamude, onde será celebrada a missa de corpo presente. Divulgue por favor.
From: José Alfredo Almeida
Sent: Thursday, June 28, 2012 6:24 AM
To: Jaimel
Subject: Morreu... Nogueira Borges

Ola Jaime.
Bom dia..
Soube agora mesmo e nem sei como começar... mas é uma má e triste noticia para si e para mim...
Ontem morreu o Nogueira Borges...
Não sei que dizer, estou abalado com a perda do amigo, do homem bom que Deus nos colocou no caminho.
Nao sei que lhe dizer... a tristeza cai nestes montes e rio que ele também amou.
Abraço,
JASA
Jaime Gabao 28JUN2012 15H05 Não me esqueço do último abraço que lhe dei há poucas semanas, no Porto, quando me despedi dele à porta do SAMS, onde ia marcar um exame ao coração. Parece que adivinhava. Agarrou-se a mim com lágrimas nos olhos como se fosse a última vez... Que SAUDADE já tenho de ti, "velho" companheiro de tantos anos, MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES.
Manuel Coutinho Nogueira Borges, escritor e poeta do Douro em Portugal nasceu no lugar de S. Gonçalo, freguesia de S. João de Lobrigos, concelho de Santa Marta de Penaguião, em 12.10.1943. Frequentou o curso de Direito de Coimbra, cumpriu o serviço militar obrigatório em Moçambique, como oficial miliciano e enveredou pela profissão de bancário. Colaborou em diversos jornais, nomeadamente: Diário (de Lourenço Marques); Diário de Moçambique (Beira), Voz do Zambeze (Quelimane), Diário de Lisboa, República, Gazeta de Coimbra, Noticias do Douro, Miradouro, Arrais e outros. Em 1971 estreou-se com um livro de contos a que chamou "Não Matem A Esperança". (In 'Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses', coordenado por Barroso da Fonte. Manuel Coutinho Nogueira Borges está no Google.

ÚLTIMA VONTADE
Quando eu morrer,
Que seja em Agosto
Com toda a gente de férias.
Quero morrer sem desgosto,
Sem dor e sem aborrecer,
Envolto na brancura de um lençol,
Só um padre, a família e os amigos,
Sem mais ninguém saber.
Quero morrer sem choros, sem gritos
E sem anúncio no jornal.
Morrer não é o fim,
E quem me diz a mim
Que a minha vida, afinal,
Não se renovará num caminho
De amor e carinho,
De risos verdadeiros,
Todos os dias renovados
Como se fossem os primeiros?
Quando eu morrer,
Lavem-me com a lágrima do adeus
Que quem morre sempre deita,
Não com pena de morrer,
Mas triste pelos que ficam,
Mais tristes e abandonados,
Sem saberem o que os espera:
Se a disputa de uma herança
Ou o fim de uma esperança.
Quando eu morrer,
Metam-me num jazigo
Com uma ampla janela
Para ver, através dela,
O sol de cada domingo.
Ponham-me flores e uma vela,
Uma cruz e um poema
Que aqui deixo escrito:
Nasceu sem saber porquê,
Viveu sem que o entendessem.
Morreu sabendo para quê:
Para que na ausência o lembrassem.
Basta para dizer tudo,
O que foi o meu mundo
Em criança e em adulto.
Atravessei mares e continentes,
Chorei nas noites de abandono,
Amei raças diferentes
E não sei se matei por engano.
Quando eu morrer,
Não quero ir para a terra;
Em vez de morrer uma vez,
Morreria, então, duas vezes.
Concordem que não o merecerei
E, se o fizerem, garanto-vos,
Nunca o esquecerei.
Afinal, quem vive com os remorsos
De uma última vontade não cumprida,
Naquele instante de amargura e despedida
Em que o sangue se esvai,
No grito intolerável que a vida dá,
Até se esbater cansado num ai
Que até parece que, depois dele, nada mais há?
Quando eu morrer,
As andorinhas farão ninhos
No beiral da casa onde nasci,
Cantando de mansinho
Para que não me interrompam o fim.
Apanhem uma que seja dócil e bela,
Prendam-na às minhas mãos
E deixem-me ir assim com ela,
Caixão aberto e o sol a brilhar,
As pessoas espantadas a olhar
Para um funeral nunca visto.
Batam palmas devagarinho,
Não se importem de parecer mal,
Não falem durante o caminho,
E vejam se vou a voar.
Quando eu morrer,
Se calhar, não terei tempo de dizer
O que sempre calei em vida:
Que amei tanto os outros
E alguns não me mereceram,
Que chorei por loucos
E por quem não devia,
Que encolhi silêncios
Pelos que nunca me lembraram
E alguns até se afastaram.
Quando eu morrer
Vai ser penoso ir-me embora,
Deitado, estrada fora,
Sem me mexer,
Sem poder beijar os frutos da minha felicidade,
Virtudes e defeitos do meu ser,
Os seus rostos mais lindos do que o sol a nascer
E sorrir-lhes, então, até à eternidade.

- De M. Nogueira Borges extraído com autorização do autor de sua obra "O Lagar da Memória". O livro "O Lagar da Memória" foi apresentado  dia 12 de Março último na Casa-Museu Teixeira Lopes, em Vila Nova de Gaia . Informações para compra aqui. Também pode ler M. Nogueira Borges no blogue "ForEver PEMBA". A imagem ilustrativa acima é formada/editada por diversas fotos recolhidas da internet livre. Clique nas imagens para ampliar.
Clique  nas imagens para ampliar. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Junho de 2012 e em homenagem ao saudoso Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES. Este artigo pertence ao blogue Escritos do DouroTodos os direitos reservados. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

NOGUEIRA BORGES partiu há um ano ! E a saudade continua...

De MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES:
Acreditem-me ou não, o que escrevi SINTO-O. Sabes, a vida é feita por NÓS, "OS SIMPLES", OS QUE ANDAM AQUI COM UMA LUZ NO CORAÇÃO.  SÓ TEMOS QUE FAZER UMA "COISA": AGRADECER A QUEM NOS DEU ESSA FELICIDADE!
Escrito por Manuel Coutinho Nogueira Borges em 7 de Fevereiro de 2012
(Nota - O dia correcto de nascimento de M. Nogueira Borges é o de 05 de Outubro de 1943. A data na foto (12 de Outubro) é apenas a que consta na conservatória. Contava sempre que tal se devia ao facto de no ano de 1943 ser por vezes normal o registo ter a data do mesmo e não a real - Ricardo Nogueira em 2JUL2012)
A notícia chegou assim:

Amigos,
Anuncio-vos com muito pesar que Manuel Coutinho Nogueira Borges faleceu ontem por enfarte do miocárdio. O que parecia ser uma pequena indisposição foi infelizmente um ataque fatal. O seu corpo repousa hoje, deposto em câmara ardente, na Capela de Sto Ovídio (Bairro dos Cedros) e segue daí amanhã pelas 15 horas para a Igreja de Mafamude, onde será celebrada a missa de corpo presente. Divulgue por favor.
From: José Alfredo Almeida
Sent: Thursday, June 28, 2012 6:24 AM
To: Jaimel
Subject: Morreu... Nogueira Borges

Ola Jaime.
Bom dia..
Soube agora mesmo e nem sei como começar... mas é uma má e triste noticia para si e para mim...
Ontem morreu o Nogueira Borges...
Não sei que dizer, estou abalado com a perda do amigo, do homem bom que Deus nos colocou no caminho.
Nao sei que lhe dizer... a tristeza cai nestes montes e rio que ele também amou.
Abraço,
JASA
Jaime Gabao 28JUN2012 15H05 Não me esqueço do último abraço que lhe dei há poucas semanas, no Porto, quando me despedi dele à porta do SAMS, onde ia marcar um exame ao coração. Parece que adivinhava. Agarrou-se a mim com lágrimas nos olhos como se fosse a última vez... Que SAUDADE já tenho de ti, "velho" companheiro de tantos anos, MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES.
Manuel Coutinho Nogueira Borges, escritor e poeta do Douro em Portugal nasceu no lugar de S. Gonçalo, freguesia de S. João de Lobrigos, concelho de Santa Marta de Penaguião, em 12.10.1943. Frequentou o curso de Direito de Coimbra, cumpriu o serviço militar obrigatório em Moçambique, como oficial miliciano e enveredou pela profissão de bancário. Colaborou em diversos jornais, nomeadamente: Diário (de Lourenço Marques); Diário de Moçambique (Beira), Voz do Zambeze (Quelimane), Diário de Lisboa, República, Gazeta de Coimbra, Noticias do Douro, Miradouro, Arrais e outros. Em 1971 estreou-se com um livro de contos a que chamou "Não Matem A Esperança". (In 'Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses', coordenado por Barroso da Fonte. Manuel Coutinho Nogueira Borges está no Google.

ÚLTIMA VONTADE
Quando eu morrer,
Que seja em Agosto
Com toda a gente de férias.
Quero morrer sem desgosto,
Sem dor e sem aborrecer,
Envolto na brancura de um lençol,
Só um padre, a família e os amigos,
Sem mais ninguém saber.
Quero morrer sem choros, sem gritos
E sem anúncio no jornal.
Morrer não é o fim,
E quem me diz a mim
Que a minha vida, afinal,
Não se renovará num caminho
De amor e carinho,
De risos verdadeiros,
Todos os dias renovados
Como se fossem os primeiros?
Quando eu morrer,
Lavem-me com a lágrima do adeus
Que quem morre sempre deita,
Não com pena de morrer,
Mas triste pelos que ficam,
Mais tristes e abandonados,
Sem saberem o que os espera:
Se a disputa de uma herança
Ou o fim de uma esperança.
Quando eu morrer,
Metam-me num jazigo
Com uma ampla janela
Para ver, através dela,
O sol de cada domingo.
Ponham-me flores e uma vela,
Uma cruz e um poema
Que aqui deixo escrito:
Nasceu sem saber porquê,
Viveu sem que o entendessem.
Morreu sabendo para quê:
Para que na ausência o lembrassem.
Basta para dizer tudo,
O que foi o meu mundo
Em criança e em adulto.
Atravessei mares e continentes,
Chorei nas noites de abandono,
Amei raças diferentes
E não sei se matei por engano.
Quando eu morrer,
Não quero ir para a terra;
Em vez de morrer uma vez,
Morreria, então, duas vezes.
Concordem que não o merecerei
E, se o fizerem, garanto-vos,
Nunca o esquecerei.
Afinal, quem vive com os remorsos
De uma última vontade não cumprida,
Naquele instante de amargura e despedida
Em que o sangue se esvai,
No grito intolerável que a vida dá,
Até se esbater cansado num ai
Que até parece que, depois dele, nada mais há?
Quando eu morrer,
As andorinhas farão ninhos
No beiral da casa onde nasci,
Cantando de mansinho
Para que não me interrompam o fim.
Apanhem uma que seja dócil e bela,
Prendam-na às minhas mãos
E deixem-me ir assim com ela,
Caixão aberto e o sol a brilhar,
As pessoas espantadas a olhar
Para um funeral nunca visto.
Batam palmas devagarinho,
Não se importem de parecer mal,
Não falem durante o caminho,
E vejam se vou a voar.
Quando eu morrer,
Se calhar, não terei tempo de dizer
O que sempre calei em vida:
Que amei tanto os outros
E alguns não me mereceram,
Que chorei por loucos
E por quem não devia,
Que encolhi silêncios
Pelos que nunca me lembraram
E alguns até se afastaram.
Quando eu morrer
Vai ser penoso ir-me embora,
Deitado, estrada fora,
Sem me mexer,
Sem poder beijar os frutos da minha felicidade,
Virtudes e defeitos do meu ser,
Os seus rostos mais lindos do que o sol a nascer
E sorrir-lhes, então, até à eternidade.

- De M. Nogueira Borges extraído com autorização do autor de sua obra "O Lagar da Memória". O livro "O Lagar da Memória" foi apresentado  dia 12 de Março último na Casa-Museu Teixeira Lopes, em Vila Nova de Gaia . Informações para compra aqui. Também pode ler M. Nogueira Borges no blogue "ForEver PEMBA". A imagem ilustrativa acima é formada/editada por diversas fotos recolhidas da internet livre. Clique nas imagens para ampliar.
Clique  nas imagens para ampliar. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Junho de 2012 e em homenagem ao saudoso Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES. Atualização em 27 de Junho de 2013.  Este artigo pertence ao blogue Escritos do DouroTodos os direitos reservados. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES - translado para Cambres

Comunicado: O corpo de MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES será transferido do Cemitério de Mafamude (Concelho de Vila Nova de Gaia) para o de Cambres (Concelho de Lamego) dia 26 de Julho, quinta-feira.


A quem desejar estar presente:
  • Partida de Mafamude pelas 14h30
  • Chegada a Cambres pelas 16h00
  • Trajecto de Mafamude (Concelho de Vila Nova de Gaia) para Cambres (Concelho de Lamego) via Google Mapas
De MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES:
Acreditem-me ou não, o que escrevi SINTO-O. Sabes, a vida é feita por NÓS, "OS SIMPLES", OS QUE ANDAM AQUI COM UMA LUZ NO CORAÇÃO.  SÓ TEMOS QUE FAZER UMA "COISA": AGRADECER A QUEM NOS DEU ESSA FELICIDADE!
Escrito por Manuel Coutinho Nogueira Borges em 7 de Fevereiro de 2012
Clique  nas imagens para ampliar. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Junho de 2012 e em homenagem de saudade ao Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

OLHAR

Os meus olhos são um rio ressequido,
Em cada Verão de mangas curtas,
Que se enche em cada Inverno de tristeza.

Os meus olhos são um grito,
Aflito,
Que entoa em cada casebre
Carcomido
De Pobreza.

Os meus olhos são um rio de muitos barcos
Que navegam como revoltas e enganos,
Rectas e curvas feitas gráficos
De dias,
De meses
E de anos.

Os meus olhos são um rio de margens
Desenhadas pelas sombras das saudades,
Feitas memórias de viagens,
Umas realizadas,
Outras sonhadas.

Os meus olhos são um rio de desilusão,
Sofrida,
Dorida,
Mas sempre com uma esperança
- Quimera perdida -
Igual à de uma criança
Que ainda desconhece a mentira.

Os meus olhos são um rio de cansaços,
Repleto de fastio e alguns embaraços.
Sós como os choupos do esquecimento,
Sós como os vinhedos em Dezembro.

Os meus olhos são um rio de pensamentos
Diferentes,
Contraditórios,
Violentos,
Mas suaves como na Primavera os rebentos.

Os meus olhos são um rio alteroso,
Conhecedor do seu nascer,
Certo do seu morrer,
Pejado de rochedos
E de medos;
Batido pelo sol ( de quando em vez ),
Um sol de bafo e de carinho,
Tão leve como a minha Mãe fez
Quando me abriu as portas do mundo
E disse: «Meu Menino...»
Com uma voz bem lá do fundo,
Um sorriso de amor e de calma
E um alívio na alma.

- De M. Nogueira Borges* 
*Pode ler M. Nogueira Borges neste blogue e no blogue "ForEver PEMBA". Manuel Coutinho Nogueira Borges é escritor e poeta do Douro-Portugal. Nasceu no lugar de S. Gonçalo, freguesia de S. João de Lobrigos, concelho de Santa Marta de Penaguião, em 5.10.1943. Faleceu em 27 de Junho de 2012 na cidade de Vila Nova de Gaia. Está sepultado em Cambres - Lamego. Frequentou o curso de Direito de Coimbra, cumpriu o serviço militar obrigatório em Moçambique, como oficial miliciano e enveredou pela profissão de bancário. Tem colaboração dispersa por diversos jornais, nomeadamente: Diário (de Lourenço Marques - Página de Cabo Delgado), Notícias (de Lourenço Marques), Diário de Moçambique (Beira), Voz do Zambeze (Quelimane), Diário de Lisboa, República, Gazeta de Coimbra, Noticias do Douro, Miradouro, Arrais e outros. Em 1971 estreou-se com um livro de contos a que chamou "Não Matem A Esperança". (In 'Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses', coordenado por Barroso da Fonte. Manuel Coutinho Nogueira Borges está no Google.
Extraído com autorização do autor de sua obra "O Lagar da Memória". O livro "O Lagar da Memória" foi apresentado  dia 12 de Março de 2011 na Casa-Museu Teixeira Lopes, em Vila Nova de Gaia . Informações para compra aqui. Também pode ler M. Nogueira Borges no blogue "ForEver PEMBA". A imagem ilustrativa acima é recolhida da internet livre. Clique na imagem para ampliar. Atualização de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Dezembro de 2012 e em homenagem ao saudoso Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES. Só é permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Em conversa com Nogueira Borges - A última crónica...

A última crónica escrita por Manuel Coutinho Nogueira Borges também publicada no semanário "Arrais" em Peso da Régua:



- M. Nogueira Borges, 23 de Maio de 2012
Clique  nas imagens para ampliar. Imagem de M. Nogueira Borges de autoria de J. L. Gabão. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Julho de 2012 e em homenagem ao saudoso Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES. O texto de M. Nogueira Borges é cortesia de José Alfredo Almeida. Só é permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Em conversa com Nogueira Borges - Frases...

Clique na imagem para ampliar

- M. Nogueira Borges, 31 de Agosto de 2011
Clique  na imagem acima para ampliar. Imagem de M. Nogueira Borges de autoria de J. L. Gabão. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Julho de 2012 e em homenagem ao saudoso Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES. O texto de M. Nogueira Borges é retirado de parte de missiva dirigida a JASA. Só é permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Em conversa com Nogueira Borges - JOÃO DE ARAÚJO CORREIA O MÉDICO, O ESCRITOR E O HOMEM

Em tempo do III Fórum João de Araújo Correia que se realiza a 20 de Outubro no Museu do Douro:

Por: M. Nogueira Borges*

João de Araújo Correia é o exemplo acabado do HOMEM DURIENSE na universalidade da sua encarnação telúrica, tão rijo e tão digno como os antepassados e os hodiernos que escreveram e escrevem com sangue, suor e lágrimas a saga heróica duma Raça por estes montes e vales onde florescem os vinhedos da nossa esperança. Nada lhe foi fácil, nada lhe veio ter às mãos sem trabalho e muito sacrifício. Fez-se Médico, Escritor e Homem à custa de muita luta, honra e dimensão moral.

Foi Médico depois de sofrer uma dolorosa interrupção a que a doença o obrigou. Calcorriou caminhos desconhecidos para atender aflitos do espírito e do corpo, criou nome e admiração dentro e fora das fronteiras do País Vinhateiro, viu em muitos lares “a face da fome e da doença desvalidas de pão e de farmácia” (1). Soube, como ninguém, que “a morte, em meios imbecis, é o que foi a vida: um quadro baço, quieto, sem frémito de asa, sem gota de água, sem nada” (2). Não andou de guarda-sol em cima de ginete cansado, em descrição dionisiana, antes um clínico que tinha de saber de tudo para acudir a qualquer dor em qualquer lugar, numa observação pronta que tanto usava a fala pausada e conselheira como o silêncio sem azedume e tolerante. Um doente era-lhe sempre um ser humano cuja sensibilidade se respeita, e aí, sim, foi para todos um João Semana de coração aberto que aliou a frieza da ciência ao afago da alma e à ternura do trato. Consultar João de Araújo Correia não era ir buscar receita com montes de medicamentos mas ouvi-lo, contemplar a serenidade daquele rosto, a benevolência daqueles olhos no ali, naquele corpo, havia uma alma grande, mais do que um profissional, uma personalidade culta que sabia do que falava e o que fazia e não esquecia o resto.
Como Escritor atingiu a plenitude no género cultivado. Um conto seu é uma aprendizagem da anatomia espiritual nos mais insondáveis pormenores da conflitualidade ou da paciência humanas. Um estudo sem fastio da nossa gramática, do modo correcto e puro de escrever português sem cedências à vulgaridade. A sua escrita é da textura do solo onde nasceu: fértil e trabalhosa, numa busca persistente da perfeição, preocupada com as ressonâncias da sintaxe, num belo exemplo de descrever as situações entusiasmando e educando os seus leitores. É que ler João de Araújo Correia não é, apenas, o acompanhamento da narração, mas também o ficar a saber como se escreve.

O nosso Escritor é um clássico onde se congregam anamneses românticas e sublimidades realistas numa constante preocupação ontológica.

Como cronista e conferencista cativou leitores de Diários prestigiados e plateias admiradas de salões alcatifados ou de soalho tosco. Todos aprenderam a experimentar a vida de quem dela falava com a sabedoria de a ter observado, tranquilo e perspicaz, na solidão do seu miradouro ou no convívio de algumas tertúlias esparsas e muito nos catres da miséria ou nos berços doirados onde a doença indistantemente o reclamava. As suas conferências são lições de literatura e de mundo. Usa as citações dos seus confrades sem presunções culturais e fala-nos deles com a naturalidade de quem conhece as suas vidas. A sua elevação linguística é tão bela e quente, simultaneamente calma e firme, que surpreende como é possível, numa frase, transmitir-se a ironia dum olhar ou a temática dum cronista supremo que pegando no mais singelo pretexto consegue a totalidade do desenvolvimento, carreando minúcias e aduzindo razões que ao comum dos mortais não lembravam.

João de Araújo Correia foi um HOMEM que não escapou ao desígnio histórico. Lidou com a morte desde que se conheceu, a ponto de “conversar com ela de mão em mão” (3) por reflexo no seu próprio sofrimento e no alheio. Não foi rico de bens materiais antes um rico homem que se guindou pelo seu pulso e adquiriu uma enorme fortuna que todos devíamos procurar: uma postura ética e moral acima das conjunturas dos tempos e dos procedimentos sociais. Deixou uma inesgotável herança: um exemplo irrepreensível de honra e de dignidade que nem todos somos capazes até de plagiar.

Ajudou quem merecia e não merecia, mas sempre quem e quando precisava. Sabia que há um tempo para tudo: para o carinho e para o ralho, para a negativa e para o assentimento, para o estímulo e para a supressão. Não cultivou a demagogia nem a excentricidade, não bajulou poderosos nem fingiu perante os humildes. Soube ser solidário para com os sulcos do seu suor.

Nesta hora, de Festas em honra de Nossa Senhora do Socorro, aqui fica a minha contribuição para o seu livro-programa que a respectica Comissão generosamente me solicitou e a que, probo e agradecido, correspondo.
Tamanha prerrogativa tinha que ser paga com seriedade e sinceridade.

Como João de Araújo Correia dizia: “O ESPELHO DE UM HOMEM FOI (É) SEMPRE O SEU CORAÇÃO.”

(1)   (2) (3) – in palavras fora da boca. - *Manuel Coutinho Nogueira Borges, escritor e poeta do Douro-Portugal, nasceu no lugar de S. Gonçalo, freguesia de S. João de Lobrigos, concelho de Santa Marta de Penaguião, em 12.10.1943 e faleceu em 27 de Junho de 2012 na cidade de Vila Nova de Gaia. Frequentou o curso de Direito de Coimbra, cumpriu o serviço militar obrigatório em Moçambique, como oficial mil.º e enveredou pela profissão de bancário. Tem colaboração dispersa por diversos jornais, nomeadamente: Notícias (de Lourenço Marques); Diário de Moçambique (Beira), Voz do Zambeze (Quelimane), Diário de Lisboa, República, Gazeta de Coimbra, Noticias do Douro, Miradouro, Arrais e outros. Em 1971 estreou-se com um livro de contos a que chamou "Não Matem A Esperança". (In 'Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses', coordenado por Barroso da Fonte. 
Clique  nas imagens para ampliar. Imagem de M. Nogueira Borges de autoria de J. L. Gabão. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Outubro de 2012 em homenagem ao saudoso Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES e assinalando o III Fórum sobre o escritor e médico João de Araújo Correia. O texto de M. Nogueira Borges é cortesia do Dr. José Alfredo Almeida. Duas imagens fotográficas sobre monumento a João de Araújo Correia na cidade de Peso da Régua de autoria do Dr. José Alfredo Almeida. Só é permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Sal, o Peixe e o Vinho

*M. Nogueira Borges

Chegavam, de manhã cedo, a apregoar, “Sardinha fresca!... É de Ovar!...”

- De Ovar?... – perguntava-me intrigado.

- Então a sardinha não chega do Porto?... – continuava eu na minha estranheza.

Vinham em barricas, sem cabeça e sem vísceras, dispostas simetricamente, acamadinhas entre sal. Comiam-se, assadas nas brasas da lareira ou fritas na sertã, com batatas cozidas e nacos de broa, regadas com azeite poupado que, antigamente, as pessoas não besuntavam os queixos e uma almotolia tinha que dar para muitas e muitas refeições. Havia, até, quem as comesse cruas acompanhadas com uma cebola cortadinha aos bocados e enfeitadas com sal. Quando ia à Régua, lá estavam elas, bem à mostra, ali para a beira-rio, na Rua das Vareiras (há quem lhe chame Custódio José Vieira), a serem regateados com o dinheiro escondido num nó do lenço.

Lembrei-me desta memória ao ler, recentemente, um opúsculo do nosso escritor Camilo de Araújo Correia, intitulado NA ROTA DO SAL, escrito para a primeira sessão oficial do processo de geminação das cidades do Peso da Régua e de Ovar, ocorrida nos Paços do Concelho desta cidade, em 25 de Julho de 1991.

Nestas histórias de geminações são sempre mais abundantes as tradições orais do que a documentação de arquivo (dispersa e muitas vezes omissa) a justificarem, ancestralmente, a irmandade hodierna.

Camilo de Araújo Correia perguntou, procurou, e fez contas: “Há cerca de duzentos anos que a Régua e Ovar andam de mãos dadas pois se admite como cerca a fixação das primeiras colónias vareiras na Régua, logo a seguir à construção dos armazéns da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, em 1790”.

A partir de então o futuro parece ter nascido com o plantio da vinha e o disciplinar do comércio vinícola. À nossa terra, afluíram gentes de muitos lugares, em demanda da melhoria económica, como se um eldorado de prosperidade resplandecesse na margem direita do Rio defendia pelos contrafortes do Peso com as suas casas senhoriais. Vieram muitos, mas, principalmente, vareiros e galegos que saibraram montes abandonados aquando da filoxera, plantaram americano, abriram lojas e tabernas, e transformaram a Régua num grande BALCÃO onde se fizeram e desfizeram fortunas pesando os comestíveis e medindo o tinto.

Os vareiros abandonaram as terras da beira-mar, trazendo, rio acima ou pelas estradas do Porto, o peixe e o sal que não tínhamos. Chegaram para governar a vida e não lhes recusaremos a façanha da aventura. Eram solidários, não se invejando nas vestimentas ou nos sorrisos de satisfação pelos negócios bem conseguimos. A montes e vales (mais a montes do que a vales), as quintas e casebres, as aldeias próximas ou remotas, levaram o sal ou a sardinha, à cabeça ou aos ombros, em carros de bois ruminando distâncias ou em jumentos resvalando nos pedregulhos. Alimentaram pobres e ricos quando a carne era luxo e as jornas mal davam para a sonhar. Misturaram o sangue com os autóctones e com os de além-Minho, criaram filhos e netos nesta fogueira de Verão quando acaba a Primavera e neste Inverno de gelo quando os vinhedos amarelecem e por cá andam nos nomes e nas caras com quem nos cruzamos no dia-a-dia.

Nesta hora de Festa, de amor e devoção à nossa Padroeira, é acto religioso lembrarmo-nos de quem nos ajudou a (re) criar o chão, a fermentar o sangue e a moldar as consciências.

Sem pretender adornar ou moralizar a saga duriense, lembremos, aos de hoje, os de ontem, e recordemos que o IMORTAL Escritor do Douro  - João de Araújo Correia - foi o único que soube retratar e elevar à verdadeira dimensão do seu esforço a gesta heróica deste povo: os de cá e os de fora que aqui se criaram e morreram libertando as almas por estes MONTES PINTADOS.

Quem desejar a abundância dos pormenores históricos que lhe leia O SEM MÉTODO e PALAVRAS FORA DA BOCA. Lá estão os vareiros e os galegos (lá estamos nós todos) na genuinidade rácica e na miscigenação sem adulterações.

- M. Nogueira Borges, Abril 1993, in Boletim da Festas de Nossa Senhora do Socorro.


 *Manuel Coutinho Nogueira Borges  é escritor e poeta do Douro-Portugal. Nasceu no lugar de S. Gonçalo, freguesia de S. João de Lobrigos, concelho de Santa Marta de Penaguião, em 12.10.1943. Faleceu em 27 de Junho de 2012 na cidade de Vila Nova de Gaia. Frequentou o curso de Direito de Coimbra, cumpriu o serviço militar obrigatório em Moçambique, como oficial mil.º e enveredou pela profissão de bancário. Tem colaboração dispersa por diversos jornais, nomeadamente: Notícias (de Lourenço Marques); Diário de Moçambique (Beira), Voz do Zambeze (Quelimane), Diário de Lisboa, República, Gazeta de Coimbra, Noticias do Douro, Miradouro, Arrais e outros. Em 1971 estreou-se com um livro de contos a que chamou "Não Matem A Esperança". (In 'Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses', coordenado por Barroso da Fonte. Manuel Coutinho Nogueira Borges está no Google.
  • Manuel Coutinho Nogueira Borges neste blogue.
Clique nas imagens para ampliar. Texto cedidos pelo Dr. José Alfredo Almeida (JASA). Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Setembro de 2012 e em homenagem ao saudoso Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Uma crónica intemporal - Era em Agosto…

*M. Nogueira Borges
Era em Agosto com as águas deslizando para as hortas, os vinhedos repletos de verde e de doçura, os homens de coletes a tiracolo e sacholas pelos ombros, as mulheres mastigando broa e encolhendo ciúmes, as crianças a jogarem às escondidinhas no adro da capela e nas curvas dos quelhos, os cães e os gatos a barafustarem nos terreiros do casario perseguindo galinhas e garnizés, o bêbedo de sempre arrancado à taberna pelo filho desgostoso ou pela mulher já habituada.

A tarde acabava assim, com o sol a morrer devagarinho por detrás das montanhas, uma fresca macia alegrando as almas, os velhinhos do Asilo a derreterem minutos para a ceia e o médico a abandonar a Casa do Povo.

A menina senta-se ao piano e os seus dedos brancos deslizavam suavemente pelo teclado.

As Rosas da Despida desfolhavam-se em emoções e os sons espalhavam-se pelos corredores e escapuliam-se, serenamente, pelas janelas abertas, flutuando no silêncio da noite como fantasias de crianças. Ecoavam além, nos contrafortes dos montes ou no fundo do vale a quem os antigos chamavam poço do vinho.
Era Agosto e as festas do Socorro anunciavam-se. As ornamentações engalanavam as ruas, os carrinhos e os carrocéis enchiam a Alameda e as iluminações não deixavam sombras para namorar. Quando as lâmpadas desenhavam o campanário da Igreja do Peso muitos olhos se desviavam lá para cima a ver se os Remédios já cintilavam.

Era um tempo em que a perseverança não se excepcionava e a terra cavada com suor dum esforço ancestral tinha uma história feita de lendas e as gentes sonhos sem fim onde se recriavam a habitualidade, se espevitavam futuros, se diversificavam motivações e se engrandeciam espaços.

As Festas do Socorro eram um compasso de espera na roda do tempo e do trabalho, estreias de fatos e vestidos, arranjos de cabelo nos salões da Vila que a Régua ainda não era cidade de nome.

Era a romaria dos desenraizados do litoral em retorno aos almoços de cabrito assado e arroz de forno nas mesas familiares. As estradas enchiam-se de carros e de excursões, os comboios fumegavam na Estação, um mar de gente inundava a princesa do Douro e todos eram conhecidos.

Havia crianças ao carrachol e idosos amparados a bengalas, cantadores de chulas, tocadores de realejos, bombos, ferrinhos e concertinas. Dançava-se no meio das ruas e em todos os cantos onde o pó escondia feições.

Os rapazes sopravam em cornetas de barro, mercavam-se panos, mantas e potes para a vindima, voavam ilusões sobre o murmúrio humano, as gargalhadas estrondeavam, avinhadas, nos tascos e cafés, à mistura com o tilintar dos copos, e as tristezas estavam trancadas nas casas vazias das aldeias em redor.
Era em Agosto e, quando a Senhora do Socorro se passava, no andor florido, por entre alas de bombeiros e anjinhos, a multidão esquecia a profanidade e ajoelhava-se em silêncio de Fé encomendando promessas, gemendo aflições e cantando alegrias. A Senhora a todos sorria numa magnanimidade de ternura e perdão que marejava os olhares dum povo cheio de memórias de sacrifício glosadas por poetas e prosadores.

Era Agosto e as uvas amadureciam à espera dos cestos…
- In  Boletim das Festas de Nossa Senhora do Socorro.


*Manuel Coutinho Nogueira Borges é escritor e poeta do Douro-Portugal. Nasceu no lugar de S. Gonçalo, freguesia de S. João de Lobrigos, concelho de Santa Marta de Penaguião, em 12.10.1943. Faleceu em 27 de Junho de 2012 na cidade de Vila Nova de Gaia. Frequentou o curso de Direito de Coimbra, cumpriu o serviço militar obrigatório em Moçambique, como oficial mil.º e enveredou pela profissão de bancário. Tem colaboração dispersa por diversos jornais, nomeadamente: Notícias (de Lourenço Marques); Diário de Moçambique (Beira), Voz do Zambeze (Quelimane), Diário de Lisboa, República, Gazeta de Coimbra, Noticias do Douro, Miradouro, Arrais e outros. Em 1971 estreou-se com um livro de contos a que chamou "Não Matem A Esperança". (In 'Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses', coordenado por Barroso da Fonte. Manuel Coutinho Nogueira Borges está no Google.
  • Manuel Coutinho Nogueira Borges neste blogue.
Clique nas imagens para ampliar. Texto e imagens cedidas pelo Dr. José Alfredo Almeida. Fotos de Miguel Guedes. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Agosto de 2012 e em homenagem ao saudoso Amigo MANUEL COUTINHO NOGUEIRA BORGES. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos.