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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Em exposição no Matadouro Municipal: O CORETO DA RÉGUA!

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui)

É irónico. Mas é real e triste em simultâneo, pois o Coreto do Jardim Alexandre Herculano de saudosa memória e de tantas histórias e inesquecíveis momentos musicais escritos no tempo e no passado da bela cidade de Peso da Régua, apodrece abandonado lá pelo velho matadouro municipal de Godim.

Alertado pelo "movimento", que sinto justo, de alguns conterrâneos inconformados com o triste e lacónico fim dado ao nosso Coreto, aqui deixo palavras recebidas que me permito transcrever e também um apelo ao Senhor presidente do Munícipio da Régua para que reveja com atenção e carinho o assunto. Afinal, o hoje não existiria sem passado... E este Coreto do Jardim Alexandre Herculano merece respeito e ser preservado (o que não deve ser assim tão caro) porque faz parte do passado e das queridas lembranças que orgulham e emocionam muitos de nós, "vareiros" que estimamos a nossa cidade da Régua e acreditamos veementemente em seu futuro.

  • O CORETO: No Jardim Alexandre Herculano (de saudosa memória), frente à Câmara Municipal há muitos anos existiu um belo coreto, onde diversas bandas de música ali se exibiam, nas Festas do Socorro, perante a atenção de inúmeros apreciadores, claro que, com o desaparecimento do jardim, o mesmo sucedeu ao coreto, constando, depois, que se encontrava a “descansar”, no Matadouro Municipal, às intempéries, prevendo-se que a sua “saúde” não seja das melhores.
    Acontece que, com a nova Câmara, esta, em nosso entender, deve retirar o coreto, e colocá-lo em lugar visível, talvez na Alameda dos Capitães, para que possamos, nas próximas Festas do Socorro, ouvir as bandas musicais. - Fernando Guedes/Noticias do Douro.

  • O CORETO NA RÉGUA: Durante muito anos, existiu no então jardim Alexandre Herculano, em frente à Câmara Municipal de Peso da Régua, - até que alguém teve a infeliz ideia de o fazer “desaparecer” - um artístico Coreto, que serviu, durante anos a fio, as Festas do Socorro, os entusiastas pela música, para que se deleitassem a ouvir as bandas que ali actuavam. Em Novembro de 2005 tivemos oportunidade de chamar à atenção da então eleita Câmara Municipal, que dentro de dias iria tomar posse, para este “desaparecimento” mas não surtiu, até hoje, qualquer efeito e, assim, com as Festas de Nossa Senhora do Socorro “à porta”, vimos (novamente) relembrar o assunto, pois o Coreto merece, para que tenha um lugar visível como sempre teve, para satisfação de todos. Claro que, durante todo este tempo em que está a “morar noutras bandas”, deve necessitar de uma grande reparação, dadas as intempéries que por ele têm passado. Que alguém se recorde dos serviços que o Coreto prestou e tome as devidas providências para contentamento de todos quantos dele ainda se recordam! Esperamos que, com este novo reparo, o Coreto não fique novamente no esquecimento e apareça a entidade que tenha consideração com o que aqui escrevemos. - Fernando Guedes/Notícias do Douro.

  • Blogue "O Coreto Alexandre Herculano" que dinamiza a AAC-Associação dos Amigos do Coreto - Aqui!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Coreto da Régua e o meu primeiro amor

(Clique na imagem para ampliar)

Um velho postal dos correios... que serviu a alguém, por certo a uma turista acidental na então vila da Régua, num quente dia de verão de Agosto, para dar noticias à família ou a uma amiga do coração e lhes mostrar uma pérola preciosa do lugar onde tinha passado, neste nosso bonito coreto que se encontrava escondido no meio de árvores de um espectacular jardim.

Um postal que nos trouxe recordações dos quinze anos, quando nessa altura escutavamos as marchas das bandas de música, nos dias que antecediam as grandiosos festas de N. Senhora do Socorro.

O velho coreto.... perdeu-se na nossa memória. Como se perdeu ali nos bancos de madeira verde daquele jardim, o nosso primeiro amor de adolescentes, a ternura das emoções, as promessas eternas e a emoção dos beijos que ali roubamos à rapariga dos nossos sonhos, debaixo da sombra dos grande plátanos e com o cheiro das hortênsias e a frescura da água que caía na taça.

Como este nosso velho amor, que nem o nome lembro, o coreto fez parte de um momento das nossas vivas...

Que raio de saudades tenho desse tempo em que o coreto era parte da nossa cidade. E do meu amor...!

Tenho a certeza absoluta que, um dia, os encontrarei num novo jardim... Alexandre Herculano!

- Peso da Régua, Setembro de 2009 :: Por J. A. Almeida para "Escritos do Douro".

(Clique na imagem para ampliar)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ó da Régua

O CORETO DO JARDIM ALEXANDRE HERCULANO
Ó da Régua

de musica se envolvia
brilhava com os instrumentos
bandas grandes
em Concertos domingueiros

um Coreto
um Coreto todo em ferro
de varandins trabalhados
agora enferrujados
porque de abandono se apresenta
este espaço altaneiro

abandonado 
a voz emudecida que um dia foi ouvida 

através das crianças enroladas nos ferros 
em brincadeiras e danças
nas horas de maior silêncio
quando as mães descansavam sentadas a olhar para os filhos
pensando neles maestros ou músicos ou engenheiros

(e quem preservaria o Coreto?) 

que ali as unia nas tardes quentes
onde os músicos afinavam sons agudos    sons graves 
ajudados ali perto pelos melros 

hoje
resta o coitado 
do Coreto
para ser olhado
desprezado
enferrujado 
à espera que alguém venha
lhe dê um banho de areia
enquanto a ferrugem 
não lhe leve toda a liga

Ó da Régua
que é da música?








Inez Andrade Paes, In 'CONTOS DE FADAS NÃO DE REIS', ..."que este é a pensar na defesa deste Coreto"...


INEZ ANDRADE PAES (Filha da saudosa poetisa do mar azul de Pemba, GLÓRIA DE SANT'ANNA) nasceu em Pemba Moçambique e vive em Portugal desde 1975. Trabalha e forma atelier de esmaltes -1978. Reside em Lausanne, Suiça-1980-84. Dedica-se à floricultura e inicia trabalho de pintura em madeira-1984-88. Inicia trabalho de pintura em algodão e seda-1985-89. Estágio de aerógrafo em Malmö, Suécia-1989. É-lhe atribuído subsídio de apoio do IEFP-1994. Pintura guarda-roupa Escola de Samba “Costa de Prata”, Ovar – 1997. Estágio de abordagem à pintura a óleo em Londres, G.B. – 1998. Inicia trabalho de horticultura, poda, enxertos de árvores e plantas-1999, 2001. Ilustração do livro infantil, O PELICANO VELHO – 2002. Composição gráfica do livro, AO RITMO DA MEMÓRIA – 2002.  Composição gráfica do livro, ALGURES NO TEMPO – 2005. Autoria e composição gráfica do livro, O MAR QUE TOCA EM TI -2006. Fotografia -2005, 2007. Composição gráfica do livro, E NAS MÃOS ALGUMAS FLORES -2007. Composição gráfica do livro TRINADO PARA A NOITE QUE AVANÇA – 2009. Autoria e composição gráfica do livro, PAREDES ABERTAS AO CÉU – 2011

Clique nas imagens para ampliar. Poema inédito de Inez Andrade Paes publicado neste domingo, 7 de Outubro no seu blogue 'Contos de Fadas não de Reis', solidário ao 'abandonado' CORETO DA RÉGUA. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Outubro de 2012. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

UM CORETO QUE É DA RÉGUA !

Desapareceu, o CORETO, do "matadouro municipal" em Godim ... E em boa hora, pois, segundo nos contam, reaparecerá em breve, novinho em folha, lá pelo "Peso", junto à Igreja Matriz. 

Não nos cabe mais, nesta hora em que apreciamos o Douro e a Régua em seus tons quentes, perfumados e fortes de primavera quase verão, criticar a localização, o silêncio, a demora em o rejuvenescer..., mas sim aplaudir felizes o ressurgimento deste histórico monumento, na sua magnífica simplicidade de gosto tão popular, tão português, que nos conta histórias de paixões e festas passadas que poderão ser revividas. 

Palavra que ficamos felizes. E acredito que a "Régua em Peso" também ficará ! - J. L. Gabão, Junho de 2013.
Portal da Câmara Municipal do Peso da Régua - 05 de junho de 2013
- Área envolvente à Igreja Matriz requalificada. Coreto devolvido à população reguense. 

"Está em curso a requalificação da área envolvente à Igreja Matriz do Peso da Régua. A intervenção traduz-se na requalificação dos canais rodoviários e dos espaços de circulação pedonal que o circundam, integrados na Rua do Calvário, Largo D. Manuel Vieira de Matos e Largo do Souto. A ação tem por objetivos introduzir uma distinção clara entre os espaços para peões e automóveis, reforçando os que são de estadia e os de acesso ao adro da igreja, disciplinando e potenciando o estacionamento automóvel e redefinindo os sentidos de tráfego, de forma a anular os atuais constrangimentos.

Esta obra corresponde a um investimento de cerca de 200 mil euros. O prazo de execução previsto é de 3 meses.

Um elemento urbano de forte memória coletiva da cidade do Peso da Régua - o coreto (desmantelado aquando da requalificação urbana que eliminou o Jardim Alexandre Herculano) – será recuperado e instalado no largo, reforçando assim este local como espaço de estadia e de acontecimentos diversos. 

Todos os pavimentos serão redefinidos com a introdução de duas variantes de cubo de granito e com a repavimentação da rua à ilharga do largo que manterá o betuminoso.

A iluminação pública será remodelada com a introdução de novos pontos-de-luz e a recolha de águas pluviais será redefinida. Todo o espaço será dotado de novo mobiliário urbano, bem como de um ponto de recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos.

A intervenção sustenta-se na compreensão e respeito pelo contexto preexistente, de modo a de que o resultado final não perturbe todo o antigo conjunto, num esforço de integração serena e harmoniosa, quer sob o ponto de vista arquitetónico, quer através de uma racional e sintética escolha de materiais."
A "sofrida epopeia" do antigo CORETO DO JARDIM ALEXANDRE HERCULANO neste blogue ao longo dos últimos anos !

Clique nas imagens para ampliar. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Junho de 2013. Este artigo pertence ao blogue Escritos do DouroSó é permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Retrato de um velho bombeiro: Zé Pinto

(Clique na imagem para ampliar)

Já lá vai o tempo em que os garbosos bombeiros da Régua desfilavam ao som de clarins e tambores, pela rua Serpa Pinto acima, em direcção ao edifício dos Paços do Concelho, para apresentação de cumprimentos de agradecimento à edilidade, fieis à tradição, num acontecimento que repetia no dia 28 de Novembro de 1959, a festa do 79º aniversário da fundação da Associação.

Este retrato pertence a um bombeiro desse tempo, é do José Pinto Rodrigues, mais conhecido entre nós, por Zé Pinto, um bombeiro do quadro de honra. Estava encaixilhado numa bonita moldura de metal dourado, em cima de uma estante, em sua casa, onde tem um santuário do seu passado e das memórias mais cintilantes da sua vida.

O Zé Pinto é um bombeiro do tempo em que o quartel estava instalado na rua dos Camilos sob o comando do senhor Lourencinho. Entrou para o corpo activo, em 1957, a pedido do senhor Teófilo Clemente e do irmão, o Chefe Claudino. Não lhes disse que não e, depois de alistado, passou a ser, para sempre, mais conhecido pelo bombeiro número 47.

A sua memória guarda muitas recordações em esteve ao quadro activo. Nunca esqueceu os velhos camaradas como Manuel “Ciganinho”, Abílio “Barão”, Peixe, “Bola de Anta” e o “Zé Grande”, ainda vivo, que, no seu entendimento, considera ser um bombeiro de alto gabarito. Gostou de conhecer o Dr. Vilela, um grande homem e um santo, o Chefe Claudino, muito competente, o zeloso quarteleiro Zé Pinto e os comandantes que mais gostou de trabalhar, o Camilo Guedes e o Lourenço de Almeida.

Emociona-se com nostalgia ao recordar uma noite em que ficou no velho quartel, a dormir na maca da ambulância branca, a Rollyn-Pillan. Sua mãe, que não fora avisada por ele nem pelo quarteleiro, ficou preocupada e deu-lhe no dia seguinte uma boa repreensão.

Conta, com um brilho nos seus olhos, como foi o incêndio deflagrado numa mata de Sedielos, em que a escuridão da noite o fez cair ao fundo de um buraco, onde lhe valeu a ajuda de um seu colega, o bombeiro número 48.

Fala com vaidade da qualidade da instrução e dos exercícios ensinados pelo Chefe Pinto, instrutor do Batalhão de Sapadores do Porto, que o pôs a escalar a parede frontal do quartel, cima do telhado, através da escada portuense, finalizando a prova com sucesso, apesar de sentir as pernas a tremer como varas verdes. Tinha coragem, gabava-o o grande instrutor que vinha do Porto ministrar formação à Régua.

Lembra os incêndios ocorridos na cidade que causaram mais pânico e avultados prejuízos, o do bazar de quinquilharias do Alemão, na rua José Vasques Osório e outro numa casa da rua das Vareiras, que enfrentou com uma agulheta de 60 milímetros nas mãos.

Revive o dia em que desfilou nas ruas de Viana do Castelo, ao fim da tarde quente, no fim deu um congresso nacional de bombeiros, que aí teve lugar.

Cada uma das suas lembranças traz o brilho das suas emoções e um ideal valioso - fazer sempre o bem sem saber a quem – pelo qual se orientou, se fez homem maduro e conquistou as maiores alegrias, admitindo que, na ajuda ao seu semelhante, atingiu a maior felicidade.

Ainda hoje, tem pendurado à entrada da sua casa, na travessa da rua Alegria, um azulejo com um pensamento que lhe conforta a sua alma: “Quem faz o bem, Deus faz bem”.

Sente-se um indescritível conforto a ouvi-lo contar as suas histórias. São quase de 25 anos de voluntariado. Não está no activo mas é como estivesse. Diz-nos com um lágrima no canto do olho que um bombeiro nunca deixa de ser bombeiro…. Já não tem uma farda que lhe sirva, mas se a velha sineta voltasse a tocar, como no seu tempo, ele sairia a correr pela rua acima, para ser dos primeiros bombeiros a chegar ao fogo. Afinal, recordar, como se costuma dizer, é mesmo viver…!

O velho bombeiro Zé Pinto, à beira dos 85 anos (nasceu em 1 de Janeiro de 1925), é, hoje, um dos heróis dos gloriosos bombeiros da Régua. A sua figura não pode morrer no coração das pessoas, como ele, cheias de humanidade. Ele não imagina, mas nós temos a certeza de que é um símbolo de muitos outros homens esquecidos, sempre ocultados pela fama dos nomes ditos sonantes, que se alistaram nos bombeiros da sua terra. Pelo seu exemplo de altruísmo, coragem e abnegação estes bombeiros sem nome também se vão eternizar na recordação das gerações futuras.

O retrato não fixa só um desfile com os sons do tambor que, na tropa, o Zé Pinto aprendera a tocar. Assinala muito mais do que isso. É a memória de um passado que nunca passa. Aqueles homens permanecem iguais e acreditam na universalidade e no valor da causa do voluntariado ao serviço dos que precisam de protecção e socorro. Evoca a perenidade dos homens generosos, alguns definitivamente fora deste nosso mundo, mas que cá deixaram a sua marca de altruísmo, exemplo a seguir pelas gerações vindouras.

Quem acredita que na vida não há senão um tempo efémero, uma breve passagem, está grato ao velho bombeiro Zé Pinto. Eu estou! O seu lugar fica marcado nas memórias de um passado que, por muito que teime em passar, resiste sempre em pequenos redutos do futuro.

A fama dos velhos bombeiros da Régua, regista-a com eloquência e muita erudição, o Dr. José António de Sousa Pereira, famoso médico, na sua crónica “Para parar três badaladas”, inserta na revista do centenário da associação, que se transcreve o seguinte:

“Para seu desenvolvimento a Régua, mercê de um punhado de boas vontades, firmes e válidas, não foi a última a ser dotada da que se passou a denominar AHBV do Peso da Régua.

Nascida no menos que modesto prédio, ainda existente no Largo dos Aviadores e provida de escasso material, que a edilidade reguense lhe cedeu, contou desde o início, no seu corpo activo, com homens que, sob a responsabilidade do nome, passaram a gozar de um prestígio, que lhe advinha de actos beneméritos, em ordem a conferir à sua associação a fama que, ao actual corpo activo, cabe manter se não dilatar. Esta fama foi encontrá-la em Lamego, na recuada época da nossa adolescência, em que, naquela cidade, estanciámos durante sete anos. A rua de Almacave, no pendor de base do morro encimado pelo castelo medieval, em torno do qual se aninha o primitivo burgo, coetâneo de Fernando Magno, exibia prédios esventrados, portas e janelas como órbitas vazias, em paredes calcinadas, por apocalíptico incêndio.

Diga-se então, aí que, a não intervirem os bombeiros da Régua, a Olaria iria, de enfiada. Quanto pode uma minguada corporação em efectivos, bem comandados em que a disciplina, livremente aceite, gera autênticos cidadãos! Escola de civismo foi, pois, e confiamos que o será, sempre, sem o qual as pátrias não são mais que expressões destituídas de sentido. E os reguenses ao admirarem, íamos dizendo, tais como chouans a Marie Jeanne, que cobriram de flores, uma bomba braçal novinha em folha, que o quartel de cavalaria expunha, sentiram que estavam com os seus soldados da paz, como estes se identificavam, com eles.

(…)

Hoje os nossos bombeiros dispõem de instalações, que honraram a terra, onde se implantam. Catedral do bem, num ópido onde os valores culturais não abundam, emergentes que são, do passado obscuro que, somente, nos últimos dois séculos se projecta em porvir auspicioso, luta e vai transpondo, com a persistência dos obstinados, os escolhos, que se interpõem, a quem demanda uma meta inatingível tal é da verdade absoluta – peculiar às grandes realizações humanas.

(…)

Existiram outrora, nos lares reguenses, no recesso dos oratórios dos antepassados, encaixilhados a preceito, sinais de incêndio, mediante os quais os soldados da paz e a população – que colaborava – ficavam cientes da zona em que se verificava o sinistro, sinais tangidos, pelos campanários locais. Estes sinais sobrepunham-se a uma notificação convencional – para parar três badaladas. Se a convenção era prática, não se compadecia, todavia com a realidade, pelo que o devoto abrenúncio nos vem à boca, nos termos em que Cervantes remata o preâmbulo da sua obra imortal, mediante o consabido”.

Para além da história dos bombeiros da Régua, o retrato do Zé Pinto permite a fazer um reencontro na memória com alguns dos lugares da cidade, as paisagens urbanas perdidas para sempre - como os frondosos plátanos e o coreto que havia no antigo jardim Alexandre Herculano - que suscitam em nós um sorriso de espanto, confrontados com as transformações de um território que julgávamos conhecer….!
- Peso da Régua, Fevereiro de 2010, J. A. Almeida. Atualizado em Julho de 2010.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O CORETO DA RÉGUA! Det in requiescant in pace

Será que a RTP aparecerá na Régua, em homenagem ao 'moribundo' CORETO do que foi "JARDIM ALEXANDRE HERCULANO" ?
(No twitterhttp://twitpic.com/bkvydg)
FaceBOOKadas, TwiTTadas, BloGAdas e outras:
População quer obras no coreto de... ... Paio Pires. A população protesta contra o estado a que chegou o coreto da aldeia de Paio Pires, no Seixal => Aqui !

Homenagem póstuma a um coreto !

(link's para post's sobre o tema neste blogue)
FaceBOOKadas, TwiTTadas, BloGAdas e outras:

Portugal e os CORETOS abandonados: Alguém interessado na cidade de PESO DA RÉGUA?
Postais sobre Coretos  - http://is.gd/Nx7pdR
No FaceBOOK participe do "Reanimar os Coretos em Portugal"
:: Noticias do Douro - 09/11/2012 ::
Coreto da Mata dos Remédios em Lamego :: Fonte "Reanimar os Coretos em Portugal"

Clique nas imagens para ampliar. Atualização em 10 DEZ 2012. Fotos de Nelinha Barros em Agosto de 2011, José Matos em Outubro 2010 (fonte 'Reanimar os Coretos em Portugal'), Francisco Armando Corte Real em 14 de Setembro e 6 de Outubro de 2012 e Fernando Garcêz em 15 de Setembro de 2012. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Setembro de 2012. Atualizado em Novembro de 2012. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Naquele meu tempo

O CORETO do extinto 'Jardim Alexandre Herculano'

Naquele meu tempo – digamos melhor, entre os anos de 1933 e 1943 – indo a minha idade dos 11 aos 21 anos, eu tinha um grupo de “amigos do coração”, junto dos quais eu,  nas redondezas, costumava satisfazer os meus prazeres, o da conversa de todos os dias, o dos passeios a pé até ao Salgueiral, o dos “copos” (com que nos desdenhávamos e onde havia do melhor…), o das idas até Além Douro, o dos pontapés na bola em qualquer sítio, enfim, os gostos de rapaz. Neste grupo, que me lembre, estavam o Carlos Cardoso dos Santos (que ainda não pensava servir como Comandante dos Bombeiros), o Engenheiro Joaquim Rodrigues Guerra (um amigo “malandreco”, que mais parecia ser ainda um menino…), o Rogério  (uma jóia de rapaz e, talvez, o melhor jogador  de futebol, filho da nossa terra, que a “parca” ceifou deste mundo com escassos 30 anos, vítima da tuberculose que, então, nos espreitava a todos…), o Cassiano (que ganhava a vida na loja do “Mumu” e de quem eu nunca mais nada soube) e mais um ou outro que, eventualmente, se aproximava deste nosso grupo, que era bastante fechado.

Em curtos períodos daquela década, acontecia nos afastarmos uns dos outros, por causa dos estudos fora da Régua ou por outros afazeres, muitas vezes eventuais.

Lembro-me com especial saudade dos passeios que dávamos até ao Salgueiral, muitas vezes quase até ao Moledo, melhor dizendo, até ao nosso campo das Figueiras, onde se iniciou, à falta de melhor, o Sport Clube da Régua. Fazíamos quilómetros e quilómetros sem darmos por ela, conversando saudavelmente sobre tudo e sobre nada, um dichote daqui, um dichote dali, aproveitando temas ocasionais, que iam do cruzamento com pessoas por quem passávamos até às ocorrências locais e nacionais de cada dia, e que desbravávamos até ao tutano… Outras vezes, aos fins de tarde, íamos lanchar (quantas vezes, quase jantar…) ao “Gato Preto”, na avenida João Franco, onde apreciávamos a boa “pinga”, que, frequentemente, acompanhávamos com umas coxas de leitão,  com umas iscas de bacalhau ou com umas sardinhas de escabeche, etc. e tal…!

Noutras ocasiões, virávamos as nossas passeatas para o sentido contrário, até à Ponte de Ferro, na qual parávamos e donde admirávamos a nossa terra, lá ao longe, e mirávamos o nosso lindo rio, claro... Raramente íamos para lá da Ponte, nela ficávamos, entretidos com o movimento, com os carros de bois, com pessoas que a atravessavam, assim nela ficávamos…

De noite, a cidade mantinha-nos dentro dela, com atractivos diferentes, mais íntimos, guardando-nos no café Imperial, se bem me lembro do seu nome, o único por ali existente. Nele, ficávamos até cerca da meia-noite, se tanto… Aqui, conversávamos urbanamente (boa noite, como passou e coisas deste jeito), ou espreitando uma rapariga que calhasse passar nas redondezas, quando, então, nos chegávamos a levantar da mesa para a apreciar melhor… No café, muito naturalmente, falávamos também dos futebóis, do Benfica e do Sporting, que o Porto ainda não tinha a corpulência de hoje, o que o Pintinho da Costa inverteu... Conhecíamos as futebolices pelas transmissões pela rádio, que a TV ainda não existia cá, pelas nossas bandas… Embora na urbe, não tínhamos tendências para bailes, que não os havia, salvo em raros ambientes familiares.

No verão era frequente irmos passar o tempo para a margem esquerda do rio, bem em frente da cidade. Tomando umas banhocas e secando ao sol benigno… Para lá chegarmos, utilizávamos a barca do “Carvalho”, que uma possante remadora movimentava.

Então, de que outras figuras da Régua me lembro? Verdadeiramente típicos, recordo-me do Porrório, um coitado, um modesto homem, quase sempre com uma “pinguinha” na asa – não muita, salve-o Deus, Nosso Senhor - um pobre estimado por toda a gente, uma verdadeira curiosidade. Refiro muitas vezes os seus encontros com o meu irmão Júlio, quando este regressava do seu escritório, perto do monumento dos aviadores. O Porrório costumava esperá-lo perto da loja do Borrajo, por onde pairava frequentemente. Quando o meu irmão chegava, era certo saudarem-se os dois com um “Vivó Benfica”, que logo tornava o Porrório mais “social”. Depois, aconteciam chorrilhos de disparates muitas vezes provocados por outras pessoas, que assistiam deliciadas e embevecidas à conversa que se  travava, como era costume. A gente que estava nas imediações do Borrajo, do Zé Pinto, da Padaria não deixava de se aproximar, fazendo monte. Depois, um pequeno cortejo iria desfilar, muito lentamente, até casa do meu irmão, na rua da Ferreirinha. Era assim quase todos os dias, ninguém se cansando com o palavreado que travavam, com o meu irmão sempre atencioso com o Porrório, de quem verdadeiramente era amigo e que muito estimava. Constituíam um espectáculo muito singular e atraente. Que paciência o meu irmão tinha, ele, uma pessoa tão diferentes na cultura e na mente!... A conversa acabava sempre com um cigarrito e com o fósforo que o acendia, que o meu irmão lhe dava, satisfazendo-se ambos. Mas, não esqueçamos o embaraço que assaltava o Porrório, quando o meu irmão lhe pedia que dissesse bem a palavra “inconstitucionalmente”, que o Porrório nunca foi capaz de pronunciar capazmente, antes gaguejando e gaguejando cada vez mais, como se atropelando a si próprio, proferindo uma palavra sempre diferente, que ninguém entendia… Depois, sozinho, continuava a proferir uns sons, rua fora.

Levados a sério estes encontros, eles proporcionariam interessantíssimos espectáculos “circenses”, com um palhaço rico e um palhaço pobre no máximo das suas capacidades histriónicas, a que todos adeririam com prazer e com respeito.

De outras figuras – que considero não propriamente típicas, mas sim algo “senhoriais“ e singulares, a  quem eu respeitava, não só por serem muito mais idosas do que eu era, mas mais por gozarem de excepcional prestígio entre os concidadãos – sou capaz de fazer algumas referências.

Antes de qualquer outro, refiro a figura de meu avô Gaspar Monteiro, homem prestimoso, um homem alto e forte, decidido, conceituado, que eu estimava com todo o meu coração e que para mim serviu sempre de exemplo que eu gostava de seguir. Seria sempre o meu preferido.

Talvez a seguir, lembro o doutor Antão de Carvalho, paladino da nossa região, que desfilava nas nossas ruas sob o olhar respeitoso de toda a gente, impressionando com os seus cabelos  muito alvos, apoiando-se na sua bengala, com passos cautelosos mas firmes. Como grande senhor que era, os nossos conterrâneos cumprimentavam-no, descobrindo-se à sua passagem. Criança que eu era lembro-me bem de sempre descer do passeio para lhe facilitar a passagem, enquanto ele me retribuía a atitude com um acenar de mão ou um sorriso, o que me sabia muito bem. Eu conhecia-o das relações que ele tinha com os meus pais e das conversas que tinham sobre as causas da nossa região, que, não as entendendo, me impressionavam, por serem longas e vivas. Deste grande senhor, paladino da nossa região, guardo uma imagem ainda muito viva, apesar de passados alguns 80 anos!...

Outra figura que retenho, menos seguramente, é a do Artur Martinho, homem com aparato de fidalgo, com algum tamanho, que desfilava teso como um perdigão, e que toda a gente respeitava.  Costumava parar pelas lojas do Zé Pinto e do Borrajo, no Cimo da Régua, onde ficava por horas e horas. Tinha um automóvel descapotável, que muito me impressionava. Era sua esposa, a senhora D. Branca, estimável protectora dos pobres da Régua, que gozava de enorme prestígio, como pessoa de bem.

Lembro-me de muitas outras pessoas da nossa terra. Do Lourencinho, por exemplo, figura ilustre dos nossos Bombeiros, que me dava nas vistas pela sua apresentação, como me lembro de outras, também ligadas aos Bombeiros, como o Claudino, o seu irmão Teófilo e o Coutinho, todos muito estimados pela população.

Fugazmente, lembro-me de muitas outras pessoas, afastadas de mim, principalmente pelas distâncias na idade, que nos separavam. Recordo-me, no entanto, do popular Dário, como bom caçador de perdizes que era, que morreu no rio Douro, numa cheia, ao ser apanhado pelo redemoinho que a ponte de pedra ocasionava, que lhe afogou o barquinho em que ia, exactamente quando se preparava para caçar uns patos bravos. Esta tragédia sensibilizou muitos reguenses.

Curiosamente, recordei – exactamente neste momento - o médico Dr. Ernesto Santos, que vivia uns metros acima do edifício da Câmara, passando na rua dos Camilos, montado num cavalo branco, a caminho de Poiares ou coisa semelhante, para lá do Corgo. Também para ele, o automóvel ainda não lhe estava à mão.

Aproveito para lembrar outro reguense que ficou extremamente popular, quando ousou inscrever-se numa “Volta a Portugal”, em bicicleta. Refiro-me ao Sotero, que ganhava o seu pão vendendo lotaria. Fez, na Volta, fraca figura: atacado por qualquer indisposição intestinal, ficou enfraquecido, mas conseguiu finalizar a prova, o que, para a gente da Régua, foi uma grande facécia. Coitado, sem médicos que especialmente o acompanhassem, que podia ele mais conseguir?

Houve outras figuras, que, na altura, me ofereceram especial atenção, talvez, principalmente, pelos laços familiares que me ligavam a elas. Não querendo excessivamente alargar-me em referência que me tocam de alguma maneira, ouso ainda citar, mais uma vez, o meu irmão, o Dr. Júlio Vilela, que, além de muito bom advogado, era um excelente companheiro nas paródias, um bom fadista, que tocava viola e que cantava bem o samba. Era homem que sabia estar bem em qualquer palco, companheiro solidário de toda a gente, homem que gostava da mesa, onde apreciava um bom vinho e a boa comida. Foi importante para os nossos Bombeiros e para o Sport Clube da Régua. Todos o disputavam para sua companhia. Parece-me ficarem bem aqui, estas referências aligeiradas.

Outra citação que, aqui, também não ficará mal de todo, embora por motivos menos elogiosos, é aquela que vou fazer a meu cunhado Manuel Carlos Pereira, o Lalá dos seus amigos e da família. Ele, meio amalucado, foi possuidor de um espampanante Ford V8, que, na época, era um automóvel quase revolucionário. Este meu cunhado fartou-se de leviandades. Foi um autêntico “terrorista”, quando, pelas ruas da Régua, passava a toda a velocidade, amedrontando os reguenses e pondo a GNR a olhar para o lado, para não ver o V8 a roncar por ali fora.

Enfim, talvez muitas outras pessoas merecessem  ser referidas. Os casos que citei, foram os que me vieram à mente de imediato. Outros me saltariam, se mais tardasse em encerrar esta memória. Por exemplo, de súbito, vieram-me ao cima as facécias do Rebelo, popularíssimo funcionário da Casa do Douro, ao pé e quem ninguém conseguia manter-se sério. Tornou-se célebre pelos seus despachos “tribunalíceos”, cheios de humor e de curiosidade, ditos de viva voz, com toda a ênfase e  seriedade. Foi uma pena não haver na altura, os gravadores com a mesma facilidade de hoje, assim se perdendo intervenções que “escangalhariam” qualquer reunião de parodiantes.

De quem me terei esquecido?... Lamento, mas tenho já as minhas naturais limitações, que a minha memória já não é o que sempre foi. Mas, para fazermos um pequeno retrato dos meus tempos na Régua, como éramos e o que fazíamos,  creio que já chega. Ficaram as lembranças de um tempo, com preocupações diferentes das de hoje, com modos de viver mais restritos e menos abertos. A vida de hoje pouco tem a ver com a da década que claramente delimitei. Os avanços tecnológicos foram imensos, a televisão, a penicilina, os aviões a jacto eliminaram os de hélice. Até o tradicional comboio, suporte de muita e muita  gente, foi praticamente eliminado pelo automóvel, embora com algum proteccionismo de políticos e a força dos industriais do sector, assim o individual se sobrepondo ao colectivo, ignorando, disparatadamente, o maior custo individual  dos transportes e a sua menor rentabilidade. Porém, hoje somos mais livres e os horizontes mais extensos. Coisas para meditar… Ou não será assim?...
- Abeilard Vilela, Fevereiro de 2013.

Clique nas imagens para ampliar. Sugestão de texto do Dr. José Alfredo Almeida (JASA). Edição de imagens e texto de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Fevereiro de 2013.. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. É permitido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue desde que mencionados a origem/autores/créditos.    

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

UM CORETO QUE É DA RÉGUA (em festa) !

Palavra que estou feliz. E acredito que a "Régua em Peso" também, perante tanta MEMÓRIA devolvida aos livros do TEMPO, das RECORDAÇÕES e à HISTÓRIA da bela PESO DA RÉGUA! Parabéns Cidade!
FESTAS DA NOSSA SENHORA DO SOCORRO - 14 de Agosto de 2013 | 21H30 - Concerto da "BANDA DE POIARES" | CORETO DA IGREJA MATRIZ.
  • A "epopeia" ao longo o tempo, do CORETO DO JARDIM ALEXANDRE HERCULANO neste BLOGUE.
  • A "epopeia" ao longo do tempo, do CORETO DO JARDIM ALEXANDRE HERCULANO no GOOGLE.
Clique nas imagens para ampliar.Texto, imagens e edição de J L Gabão em Agosto de 2013 para o blogue 'Escritos do Douro'. Este artigo pertence ao blogue Escritos do DouroSó é permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O HISTÓRICO CORETO DA CIDADE DE PESO DA RÉGUA

FaceBOOKadas, TwiTTadas, BloGAdas e outras:
(Imagem no twitter)
Aparecerá a RTP na Régua, para contar a história do CORETO que foi do ex "JARDIM ALEXANDRE HERCULANO" ?
Reanimar os Coretos em Portugal - FaceBOOK
Reanimar os Coretos em Portugal - Blogue
Clique nas imagens para ampliar. Atualização em 3 de Janeiro de 2013. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Janeiro de 2013;  Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos. 

sábado, 12 de maio de 2012

O Coreto solitário na Régua de 2012...

(Clique na imagem para ampliar)

O tempo passou e reencontramos neste Maio de 2012, solitário e abandonado, velho, esfarrapado pela ferrugem mas ainda de pé, lá pelo antigo Matadouro Municipal, quem sabe clamando em surdina angustiada que para si olhem os transeuntes e os responsáveis municipais, o estoico Coreto da Régua ou do fenecido Jardim Alexandre Herculano.

Parei para o 'escutar'... E desabafou histórias no tempo da lembrança, de eventos com som, alegria e cor, de verões quentes, de crianças que faziam de seu palco espaço para folguedos azougados e de noites enluaradas onde namorados se abraçavam apaixonados sob o abrigo cúmplice de sua sombra... E protestou  - com razão - por tanta ingratidão... 

Pois é ! Esqueceram-se dele os homens que decidem na Régua... Quem sabe a própria Régua?! ...

QUE PENA !
- Jaime Luis V. F. Gabão

segunda-feira, 22 de abril de 2013

UM CORETO QUE NÃO É O DA RÉGUA

(SIMPLES EXEMPLO DA PRESERVAÇÃO DA CULTURA PORTUGUESA NO MUNDO)
O Coreto da Praça da Igreja Matriz da Cidade de São Cristóvão, no estado de Sergipe no Brasil - Tradição e cultura de origem portuguesa que atravessou o mar dos tempos, sendo preservada e respeitada além fronteiras, além da bela cidade de Peso da Régua, além do belo Douro do nosso sempre lembrado PORTUGAL !

São Cristóvão, em Sergipe, está localizada a apenas 25Km da capital Aracaju. Fundada em 1590, a pequena cidade histórica é a quarta mais antiga do Brasil. O conjunto arquitetônico colonial é tombado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Clique na imagem para ampliar. Autoria/edição de imagem e texto de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Abril de 2013. É permitido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue desde que mencionados a origem/autores/créditos.