terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

OS FRONTEIRÓMETROS - 1

Quando, na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, lhe entregaram um impresso para indicar três Quartéis onde gostaria de ser colocado, depois de terminado o Curso de Oficiais Milicianos, o soldado cadete João coçou a cabeça e pediu para entregar aquele no dia seguinte. De noite, na caserna, depois da instrução nocturna, enquanto o sono não se apresentava, magicou no caso. Tinham de ser terras onde houvesse Destacamentos de Infantaria. Porto foi logo a sua prioridade. De lá tinha sido arrancado, o curso de Economia no início, e gostaria de regressar à velha cidade granítica, mesmo que por escasso tempo, pois, sabia-o, mais tarde ou mais cedo, abalaria, num barco qualquer, para uma frente da guerra colonial. Era uma circunstância sentimental, uma maneira de regressar aos velhos lugares, embora com uma farda. A segunda hipótese levou-o a Vila Real, onde, em tempos, no 13, o seu Pai cumprira a obrigatória servidão militar. Seria interessante pelo simbolismo e, como ficava a escassos quilómetros de casa, podia, até, ir e vir todos dias, excepto aqueles em que a Ordem de Serviço o colocasse na escala. Mais difícil foi acertar com a terceira opção. Excluída Lamego, não coadunável pela sua especificidade, além de não estar fadado para Ranger ou travessias de rappel, sobrou-lhe Chaves. Nesta cidade raiana, na década de sessenta, quadra em que esta narração decorre, localizava-se o Batalhão de Caçadores Especiais 10, com o epíteto de fronteiros de Chaves, sempre excelentes e valorosos, unidade com fama de dura e rigor militarista, tanto na corporação castrense como nas margens da sociedade civil que, de algum modo, lá tiveram ou tinham familiares. João, também, não o ignorava, mas devia completar o quadro das três preferências, sempre confiante que, se não lhe satisfizessem a primeira, a segunda, ao menos, não lha recusariam. Com essa esperança fez as malas e partiu para casa, mal lhe deram a bicha de Aspirante, a aguardar futura ordem de marcha. Pouquíssimos dias depois, com um indisfarçável sorriso e sem espanto – que, das coisas militares, ele já de nada se admirava - , o carteiro entregou-lhe uma carta onde vinha a convocatória do Exército para se apresentar em Chaves.

Numa reluzente manhã domingueira de Julho do ano de sessenta e seis, ao fundo de uma frondosa Avenida, em meia-lua espaçosa, viu o seu novo destino, admirando-se por, logo à primeira vista, dele ter gostado. Saiu do automóvel emprestado pelo Pai, correspondendo, ufano, à apresentação de armas do sentinela, e solicitou esclarecimentos ao Sargento da Guarda. Se pelo brilho do dia, pelo descanso da incógnita acabada, ou a frescura do edifício, foi satisfeito que estacionou o carro no parque, fez as apresentações ao Oficial de Dia, arranjou quarto, pousou a mala e percorreu, sozinho, as divisões da sua nova casa. O Quartel, reverberando ao sol, fazia-lhe esquecer a soturnidade conventual da Escola Mafrense, que, em depósito de meio ano, sempre lhe lembrara penitências de castrados fradescos, cumprindo, envoltos na escuridão, martirológios irracionais. Agora tinha, apesar da sua condição de milícia forçado, o calor e a brancura de um espaço que o aprazava. Mal ele sabia, infante ingénuo e generoso, que dentro daqueles muros, com um punhado de iguais, cozeria, no seu mais feliz período militar, o alimento puro e belo da amizade perdurável.

Em posição altaneira à cidade, como se velasse pelas suas gentes, costas defendidas pela Serra Amarela que se estendia, numa esquerda longínqua, para se grudar à cordilheira Castelhana, o Batalhão tinha uma ampla Porta de Armas, acedendo-se ao Comando e respectiva Messe de Oficiais através de uma escadaria bordejada por canteiros de verdura ou por dois curvilíneos arruamentos empedrados subindo ligeiramente. Atrás daquele, uma enorme Parada, impecavelmente limpa, com as casernas laterais, e, no cimo de uma pequena elevação cimentada, o Refeitório das Praças com a Messe de Sargentos ao lado. Depois do almoço, João desfardou-se e resolveu dar uma volta pela velha urbe onde Trajano deixara história. A apresentação ao Comandante da Unidade, dos Aspirantes esperados, seria feita na manhã seguinte, assim como a atribuição das tarefas futuras. Desceu a pé a Avenida que subira de manhã; passou no largo, onde, todos os anos, se amontoavam os feirantes da festa dos Santos; desaguou no jardim do Tabolado, em frente ao Liceu, e entrou no Aurora. Sentou-se, pediu um café, mirou e remirou o ambiente. Numa mesa do canto, escutado por uma tertúlia de catecúmenos, viu Nadir Afonso, que conhecia dos suplementos literários, de barbas grisalhas, provavelmente em vilegiatura flaviense. Reparando, descuidadamente, num jornal abandonado em cima do balcão, levantou-se, pegou-o, perguntou «Posso?», ressentou-se e, afastando a chávena, abriu-o sobre a pequena mesa redonda: era o Notícias do Tâmega. Sobre ele se debruçou, fingindo compenetrada inculca, mas reparando sempre em quem saía ou entrava. Deixou-se estar um bom bocado, pernas cruzadas, queimando cigarros. Eram bonitas as raparigas de Chaves... Depois, desceu a Rua de Santo António, virou à direita para as Termas, visitou a zona dos balneários cheia de aquistas que se amornavam nos bancos a fazer horas para a ração da água, retrocedeu para a Ponte Romana, sob a qual um Tâmega estival corria serenamente para a lonjura do mar, e reiniciou o trajecto ao contrário junto do posto da PVT. Os domingos não são bons dias para se perceber uma cidade, ausentes as rotinas, as surpresas e o nervosismo do quotidiano utilitário, mas pareceu-lhe – confirmado pelos meses seguintes - que Chaves era uma cidadezinha aconchegada, de conhecidas vizinhanças, limitada pelas faldas dos serros circundantes, onde, contudo, fervilhava um próspero comércio e um tolerado intercâmbio fronteiriço, um sopro suave e morno de fraternidade embrulhado num orgulho regionalista.

Quando regressou ao Quartel, deu, num abraço de risos e brados, com o Bandeira, seu antigo companheiro do Brotero, agora reencontrado em outra sorte. Pela noitinha, quanto viam a RTVE na sala da Messe, juntaram-se-lhes, vindos do Porto, entre outros, o Altino e o Ângelo que, feitas as apresentações, vá-se lá saber por que resultado afectivo, logo combinaram ficar no mesmo quarto de quatro camas e que tinha o número doze. João sentia necessidade de partilha, como se procurasse almas gémeas em que confiar. Boa parte da noite passou-se no desenrolar das experiências mútuas, numa pressa de conhecimento que selasse um pacto.
Continua...

- De M. Nogueira Borges* extraído com autorização do autor de sua obra "O Lagar da Memória".
  • Também pode ler M. Nogueira Borges no blogue "ForEver PEMBA". *Manuel Coutinho Nogueira Borges é escritor nascido no Douro - Peso da Régua. A imagem ilustratrativa acima, recolhida da internet livre é composta/editada em PhotoScape, poderá ser ampliada clicando com o mouse/rato.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Para sempre... nas Caldas do Moledo

Na última vez que  passei pelas Caldas do Moledo percebi que nunca ousei partir deste lugar único.

Para sempre, fiquei a morar nele num tempo que não existe e não me pertence mais. Foi ficando neste meu lugar, junto às antigas margens do velho rio Douro, que só só existem do que ficou do meu passado. Como o tempo, um rio novo rio tudo mudou e submergiu o mundo em volta da imagem que ficou guardada no postal. Aquele velho balneário termal que foi lugar de muitos banhistas à procura de curas para os padecimentos do corpo e minhas inocentes brincadeiras, ficou também para sempre no fundo das água, sem que ninguém tenha ousado mudar-lhe aquele seu destino. Como também não mudamos nada do nosso, deixamo-nos submergir nas correntes da vida e sem vontade de ousar partir para novos destinos e de  fazer do que resta da vida um sonho feliz.

Fomos ficando aqui para sempre, submersos ao fluir vida e a uma paisagem única e inesquecível. Hoje sei que se tiver de sair deste lugar  tenho de entrar pela escuridão da noite adentro para procurar o lugar certo em que perdi o futuro.

Dizem por aí, que  tu sabes... que te foi contado em segredo, numa noite de chuvas e trovoadas, na  casa de  uma velha cartomante que o descobriu  num baralho de cartas.

Não sei se é verdade e se acredite no que dizem as cartas sobre os destinos da vida e os nossos futuros. Mas, quando faço um balanço do que vivi recordo para mim o que disse um escritor acertadamente: «Sou a criança que queria manter a ilusão e, ao mesmo tempo, o velho ciente de que tudo tem preço, tudo tem fim», como se pode ler na página 225 do seu romance "A Amante Holandesa". Como se fosse um personagem da vida, também eu fui ficando... neste meu lugar, junto às antigas margem do rio Douro que só existe em memórias, velhos postais que resistiram ao tempo e no que eu arquivei do meu passado.

Olha, apetece-me consultar a tua cartomante. Talvez só ela saiba mesmo se ainda por aí existe algum FUTURO...!
- José Alfredo Almeida, Peso da Régua, Fevereiro de 2011. Clique na imagem acima para ampliar.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Nosso Dr. Zagalo

 Por João de Araújo Correia
  
  Sempre supus que todos os Zagalos fossem de Ovar ou procedentes de Ovar. Com esta suposição, metida no toutiço, perguntei ao Dr. António Maria do Couto Zagalo, médico lamecense, falecido em 22 de Dezembro de 1975, se os Zagalos de Lamego tinham que ver com os de Ovar.

- Sim, senhor... Descendem do Dr. António Pereira Zagalo, que veio de Ovar exercer clínica em Lamego.

Fiquei satisfeito com esta informação. O meu informador, neto paterno do Dr. Bernardino Zagalo, bateu certo. Não fantasiou a hierarquia...

Vim a apurar, com mais precisão, que o Dr. Bernardino Mesquita do Couto Zagalo, natural de Lamego e reguense adoptivo, era neto paterno de António Pereira Zagalo, nascido em Ovar em 1789, doutorado em Coimbra em 1818 e falecido em Lamego no dia 21 de Janeiro de 1863. À parte o exercício clínico, dedicou-se às Musas com tanta felicidade, que lhe deram voga.

É crível que o neto, o nosso Dr. Zagalo, tenha herdado do avô a vocação literária. Bernardino Zagalo obedeceu a esta vocação como contista, cronista, romancista e autor de uma peça de teatro intitulada O Heitorzinho. Ser escritor na Régua, sem emulação literária, própria dos grandes centros, foi meter em África uma lança de papel.
Tornemos a Ovar e aos Zagalos de Ovar. Sabe-se que Júlio Dinis, nascido no Porto a 14 de Novembro de 1839, teve em Ovar uma tia paterna, D. Rosa Zagalo Gomes Coelho. Irmã de seu pai, usou o apelido Zagalo, ao passo que o irmão, pai de Júlio Dinis, o não usou. Seria também Zagalo ou não seria Zagalo?

Não é demasiada fantasia imaginar que o nosso Dr. Zagalo, nascido em Lamego, a 27 de Agosto de 1851, teve seu parentesco, de sangue ou por afinidade, com o inocente Júlio Dinis. Ele, que não foi nada inocente...Foi uma escie de sátiro. Mas, se lhe giraram no sangue, demasiado rubro, alguns pálidos glóbulos dionisianos, terão estes influído na sua vis literária? Sa­be-se lá...

O que toda a gente sabe, ou deve saber, é que o Dr. Zagalo foi um apaixonado amigo da sua terra adoptiva. Amou-a como sonhador e sacrificou-se por ela como homem enérgico. Deu-lhe muita canseira a criação e manutenção daquilo a que chamou Parada Agcola.

A Régua deve-lhe homenagem.

Mas, talvez nem saiba que o Dr. Zagalo faleceu aqui, no Largo dos Aviadores, a 7 de Maio de 1923, e que foi sepultado no cemitério de Cambres.
Natural de Lamego, reguense adoptivo, foi sepultado no lindo cemitério de Portelo de Cambres. Porquê? Teria ali jazigo? Seria: dali natural sua primeira mulher, D. Hortênsia Teixeira Leomil? É o que falta apurar.

Notas:
1- Esta crónica encontra-se publicada no jornal O Arrais (1979), assinada com o pseudónimo de Joaquim Pires.
2- A fotografia do Dr. Bernardino Zagalo está publicada na revista Ilustração Portuguesa, de 1916. Os dois livros do Dr. Bernardino Zagalo, cujas capas aqui se mostram, pertencem a uma biblioteca particular. 
Colaboração de J. A. Almeida para "Escritos do Douro" em Fevereiro de 2011. Clique nas imagens acima para ampliar.

Relendo: "História de um soneto" por João de Araújo Correia

Atualizado. Publicado inicialmente em 29-JUL-2008.
(Clique na imagem para ampliar)
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Na dramática noite do dia 8 de Agosto de 1953 estava em frente à estação da Régua, junto ao muro que dá para o rio Douro, assistindo ao dantesco espetáculo. Com seis anos de idade à época, acompanhava meu saudoso Pai Jaime Ferraz Rodrigues Gabão. Jamais saiu de minha memória a beleza assustadora e dramática das chamas envolvendo o edifício enorme da Casa Viúva Lopes. Experiência que marca até aos dias de hoje, com nitidez impressionante, minhas lembranças.
- J. L. Gabão, Brasil, Julho de 2008.
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O perigo anda de mãos dadas com a vontade de acudir e de servir a todos. A tragédia espreita a cada canto, e por vezes a morte sai a rua. Foi o que aconteceu no dia 8 de Agosto de 1953 com o Bombeiro João Gomes Figueiredo. João de Araújo Correia, homenageou o valente Soldado da Paz como se pode ler no texto abaixo:
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HISTÓRIA DE UM SONETO
- Por João de Araújo Correia
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Quando, em 1953, ardeu por completo, nesta vila, a CASA VIÚVA LOPES, empório de secos e molhados, como se diz no Brasil, morreu no incêndio o bombeiro João Figueiredo, mais conhecido por João dos Óculos.
No dia seguinte ao fogo, vi o cadáver, estendido de costas, do lado de dentro de uma abertura, que tinha sido, poucas horas antes, uma das portas da grande mercearia.
O corpo do João, ligeiramente vestido, como que ostentava, em toda a extensão das partes descobertas, o que se diz em Medicina, queimaduras do primeiro grau.
Não sei se a rápida morte do João foi devida às queimaduras, talvez mais extensas do que as ostentadas, se foi devida a asfixia ou queda. Não li relatório de autópsia nem sei até se o João foi autopsiado. Sei que morreu durantge o incêndio da CASA VIÚVA LOPES.
Era um pouco triste e um pouco frio, no trato, o João dos Óculos. Mas, homem bem comportado, honesto compositor na IMPRENSA DO DOURO. Vi-o trabalhar, muitas vezes, sem erguer os olhos do componedor.
Tive muita pena do desgraçado bombeiro. Tanto mais, que me eram simpáticos os seus padrinhos e pais adoptivos, o já cansado tipógrafo João Monteiro e sua mulher, a Senhora Glorinha, proprietários de uma arcaica tipografia quase morta chamada TRASMONTANA. Tinham descido de Vila Pouca de Aguiar à Régua, com seu prelo, como se tivessem embarcado para o Brasil. A Régua é chamariz de quem precisa de governar a vida.
Tive muita pena do João dos Óculos, falecido em 1953. Quando, em 1955, festejou as bodas de diamante a benemérita ASSOCIAÇÃO DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DO PESO DA RÉGUA, lembrei-me dele e da sua trágica morte. E, vai daí, andando a passear no meu quarto, improvisei um soneto à sua memória. Digo improvisei, porque me apareceu no cérebro, desde a primeira à última palavra. Nasceu-me, de mais a mais, a conversar com um dos meus filhos, o Camilo, que não é nada tolo, como toda a gente sabe.
Por ele não ser tolo, recitei-lhe o soneto antes de o escrever.
Mas que má impressão lhe causei! Premiou-me os catorze versos com uma coroa de catorze espinhos. Disse-me que eram versos de cego.
Versos de cego, em 1955, eram uma versalhada, que os ceguinhos entoavam na rua, ao som da viola, violão ou outro instrumento de corda, para apurar tostões. Levavam de terra em terra, tocando e cantando, o noticiário de grandes casos. Eram, quase sempre, eco de grandes crimes, principalmente crimes passionais.
Estou a ouvi-los entoar a versalhada, que, na opinião de meu filho, era mãe do meu soneto.
Embora... Publiquei os meus catorze versos numa folha ilustrada, comemorativa dos setenta e cinco anos dos nossos Bombeiros.
Aqui reproduzo o soneto como se repetisse a minha oferenda a um quartel que festeja, em 1980, o primeiro centenário. É como segue:
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BODAS DE DIAMANTE
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O João dos Óculos nasceu bombeiro.
Embora fosse pálido e franzino,
Cumpriu até o fim o seu destino
Com impoluta alma de guerreiro.
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Nenhuns braços lhe foram cativeiro
Mal da sereia ouvisse o som mofino...
Em uma noite de luar divino
Foi encontrar a morte num braseiro.
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A sua Associação, cândida amante,
Celebra hoje as bodas de diamante,
Quase cem anos de exostência honesta.
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Um bom diamante, sócios, é carvão.
Ide buscar o coração do João
E fazei dele o símbolo da festa.
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Mal chegou a Lisboa o sonetito, encontrou no Dr. Nuno Simões carinhoso acolhimento. Depois de o ler na folha única, não se conteve o ilustre publicista. Comunicou o seu entusiasmo à Associação dos Bombeiros.
Isto de críticos... Se todos pensassem o mesmo, a respeito de qualquer obra, tombava o mundo para uma banda, correria o risco de se perder na imensidade.
Todos os conselhos ouvirás e o teu não deixarás - reza o prolóquio. Todas as críticas ouvirás e a tua não deixarás - digo eu antes e depois de publicar os meus escritos. Sei ou suponho que sei até que ponto merecem ser publicados.
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Não se ficou somente pelo texto atrás reproduzido, a homenagem do "Mestre de todos nós" ao bombeiro falecido no incêndio da Casa Viúva Lopes...
Foi fatídico esse ano de 1953. A 24 de Dezembro, coube a desdita ao garboso e corajoso Afonso Pinto Monteiro, que acabado de almoçar, ao primeiro toque da sirene veio a correr atá ao Quartel. O incêndio era em Sedielos, e ainda a viatura subia a rua junto à Igreja Matriz de Godim, e já o Bombeiro falecia por indigestão provocada pela pela aflitiva corrida de momentos antes.
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Livro - "Bombeiros Voluntários do Peso da Régua-125 anos da sua História";
Propriedade - Bombeiros Voluntários do Peso da Régua;
Autor - Manuel Igreja;
Fotografia - B. V. do Peso da Régua, Foto Baía, Manuel Igreja;
Paginação, fotolitos e impressão - Imprensa do Douro;
Depósito Legal n. 234957/05;
Tiragem - 2.000 exemplares.

História de um Soneto
João de Araújo Correia
Jornal "O Arrais", Quinta feira, 27 de Janeiro de 2011
(Dê duplo click com o "rato/mouse" para ampliar e ler)
História de um Soneto