sábado, 24 de julho de 2010

A Corporação dos Bombeiros Voluntários na recepção a Nossa Senhora de Fátima Peregrina


Texto do Reverendo José Pinto de Miranda Guedes - Arcipreste do Peso da Régua.
A digna Direcção da briosa Corporação dos Bombeiros Voluntários desta vila pede-me para colaborar na publicação o editar nas Bodas de Diamante, pondo em destaque a acção dessa Corporação aquando da vinda de Nossa Senhora Peregrina à Régua.

Missão difícil esta pela grandiosidade do assunto. Missão difícil para a minha pobre pena, pouco habituada aos trabalhos literários.

Pobre companheira de 46 anos, ela está mais habituada aos trabalhos de instituir processos do que a burilar frases, a escrever artigos de responsabilidade. Porque eu entendo que escrever para o público se deve fazer depois de muito estudo, de muita ponderação, de muito alinhar períodos, de burilar frases.

É tão seria a missão do jornalista, que é o orientador das multidões… Ele deveria escrever com punhos de renda… Depois de reflectir sobre a responsabilidade do seu sacerdócio a alimentar o publico com o pão do espírito.

Mas – ai de mim! – sempre numa vida ocupadíssima, sempre em efervescência, sempre o espírito ocupado com os meus encargos, que são tantos… que são tão complexos…

E depois… falar nessa grandiosa manifestação de Fé em honra de Nossa Senhora…

Diz-se que Frei Anjelico pintava os seus quadros admiráveis de joelhos. Diz-se que o Cura d`Ars escrevia os seus sermões junto do sacrário.

Falar de tal manifestação e da actuação dos Briosos Bombeiros nela, seria necessário ter em frente o Crucifixo que inspirava o São Boaventura, ao qual ele atribuía tudo o que nos deixou nas suas obras maravilhosas…

Eu confesso muito francamente que, quando tomei conta da freguesia (há 22 anos!…) as minhas impressões sobre a religiosidade da Associação dos Bombeiros eram más…

Uma instituição cujo problema religioso não contava… Mas agora, passados vinte e dois anos, o meu modo de pensar, quanto a ela e quanto à freguesia, é bem diverso, muito diverso mesmo. Radicalmente diverso…

Em contacto com essa Associação, em especial e em contacto com a freguesia em geral, a minha convicção é de que há sentimento religioso bem radicado.

A luta da vida, esta preocupação do material, por vezes faz esquecer a vida do espírito. Mas surge uma ocasião dessas ocasiões extraordinárias, e essa Fé, essa Religiosidade, aparece com todo o seu vigor.

Foi o que se deu com a imagem de Nossa Senhora de Fátima Peregrina.

Como se dá (digamos de passagem) quando Nossa Senhora do Socorro sai na Sua Festa.

A Régua ressurge com a sua Fé e Religiosidade.

Agora, considerada a distância essa grandiosa manifestação de Fé, em honra de Nossa Senhora de Fátima, pareceu-nos maior, pareceu-nos um sonho lindo.

A Régua parecia uma grande catedral, onde quase só se rezava.

Oh! A Régua não é, não é essa freguesia que diziam. É uma freguesia talvez de pouca persistência nos seus anos. Com a facilidade que as aguas do Douro correm para o mar, assim ela deixa que se esvaia uma resolução tomada. Mas, na ocasião propícia mostra o que é…

E assim deixou-se possuir do entusiasmo comunicativo. A crença não havia perdido o domínio sobre as almas – na frase de Le Bom… Era uma enorme labareda de Fé, de amor à Virgem.
…Se se tratava de labaredas… de um incêndio, embora espiritual, os Bombeiros não podiam faltar… Eles nunca faltavam ao seu dever… A rir, marcham para os perigos como heróis que são…

Agora o incêndio era de maneira diversa. Não incendiava as casas, incendiava os corações, e por isso eles apareceram com a sua Fé, com o seu entusiasmo, de machados em punho (símbolos do seu heroísmo) eles lá estiveram toda a noite, revezando-se, aprumados, a pé firme, como firme é a sua Fé.

Não cansaram… Não hesitaram, como não hesitarão perante o perigo. Enquanto a Virgem Peregrina esteve na Régua, seguiram-na sempre a seu lado como que a protege-la, como dizendo-lhe – aqui estamos para vos defender se tanto fosse preciso…

A Imagem Peregrina e os Bombeiros não mereciam uma, pobre pena como a minha. Não mereciam um pobre artigo como o meu. Mereciam mais. Muito mais…

Mereciam ficar arquivados nos factos históricos da vila a letras de ouro. Mereciam ficar perpetuamente gravadas no granito das nossas montanhas, que na sua altura nos apontam para o que é imorredouro… para o Céu…

Eu, se fora artista, terá assim perpetuado o facto histórico da vinda de Nossa Senhora Peregrina à Régua: em uma coluna artisticamente trabalhada, alta, muito alta, terminada em agudíssima flecha, em estilo gótico, como mãos erguidas para o Céu. E, ao meio da coluna, um escudo, onde, em letras de ouro, se perpetuasse a data, escudo que seria colocado entre dois machados cruzados.

Onde melhor estariam os machados do que ali, ladeando essa data histórica, como os heróicos bombeiros, soldados aprumados, cheios de Fé, rodearam a Imagem de Nossa Senhora Peregrina?
- Colaboração de José Alfredo Almeida*, Peso da Régua, Julho de 2010.

NOTAS:
  1. Este texto foi publicado na revista do 75º Aniversário da Associação – Bodas de Diamante - publicada em 28 de Novembro de 1955.
  2. A primeira fotografia ilustrou o presente texto com a seguinte legenda: ”Guarda de honra ao andor de N. S. de Fátima, quando na sua viagem peregrina em Maio de 1954”.
  3. A segunda fotografia é da autoria do fotógrafo António Monteiro Júnior, que foi colega de outro grande fotógrafo amador, Noel de Magalhães, na Casa do Douro, e foi-nos oferecida por reguense que tem em seu coração os bombeiros da Régua.

Recortes: A Régua é o Combóio...

Para ler, amplie clicando na imagem. A frase "O Caminho de Ferro foi uma revolução. Se todas fossem assim..." é de autoria do escritor e médico duriense João de Araújo Correia.
- Imagens acima cedidas por José Alfredo Almeida - Peso da Régua,  para "Escritos do Douro".
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Também pode ler aqui "Viagem Inesquecível a Chaves" de José Alfredo Almeida para "Escritos do Douro":
VIAGEM INESQUECÍVEL A CHAVES
(Dê duplo click com o "rato/mouse" para ampliar e ler)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

TERESA

(Clique na imagem para ampliar)

Naquela manhã fria de Dezembro, um sol medroso espreitava pelas nuvens e as pessoas agradeciam folgando os agasalhos.

Encostado ao muro da morgue, eu via os carros a fazerem a curva dos trilhos dos antigos eléctricos. Em frente, no bem tratado jardim, uns patos pachorrentos grasnavam, satisfeitos, a aproveitarem as clareiras do céu, enquanto uns velhotes sumidos enganavam a reforma lendo as notícias dos crimes passionais e da necrologia. O hospital, velho convento do século passado, engolia doentes anunciados por esbaforidas sirenes que partiam, depois, silenciosas, cansadas de tanto berrar. Mais acima, pelas traseiras do quartel, entravam e saíam jipes com fardas.

A minha amiga Teresa, indefesa e inocente, era autopsiada ao mando da Lei. Uma pequena fila de carros funerários, enfeitados de cromados e interiores de púrpura, aguardavam vez numa postura de táxis. Uma morgue é um supermercado da morte de facturação consignada, com fingimentos dos compradores, como se os sentimentos se encenassem para melhorar o preço que a dor não discute, baralhada pelo espanto e as lágrimas.

Enquanto o sol vinha e ia, a minha memória remontava à meninice, àquelas tardes de sueca em casa da Teresa, com o Pai como parceiro, discussões sobre os ases, as manilhas e os riscos apontados numa mortalha com que ele fazia os cigarros de onça. A sesta semicerrava as portas do casario, mas nós passávamos o tempo nas algazarras das oportunidades dos trunfos. Quando o cansaço chegava, o Senhor Francisco – santo e honrado homem que fizera nome como feitor nos socalcos durienses – ia amainar as fúrias no sossego da sua cama, enquanto eu e a malta da escola íamos suar para o adro da capela da Senhora da Graça com cinco minutos a jogar a bola e outros cinco a procurá-la nas vinhas circundantes; ou, então, subir o monte de S. Pedro, cheios de praganas, à cata de grilos e dos ninhos de melros com sonhos de perdizes e coelhos à cintura em entradas triunfantes na aldeia como o Dr. Cândido.

Perto, alguém chorava, num gemido de desgosto, numa impotência revoltada incapaz de desarmar a irremediabilidade: uns olhos de criança tão vazios como uma estrela de madrugada de inverno, olhos de injustiça sem paga, de perda sem retorno.

Um auto-fúnebre movimentou-se e entrou, de traseira, no terreiro do Instituto de Medicina Legal. Um caixão negro veio lá de dentro, meteram-no naquele, tal uma qualquer carga, o viúvo, de luto carregado, sentou-se lateralmente e, no seu colo, a criança chorando uma saudade sem entender, ainda, o seu tamanho. Arrancou, e aí foi ele, para a confusão do trânsito, tentando recuperar a espera que a cova estava longe e devia ser tapada antes de o dia morrer. Tudo morre, os corpos, a esperança, a certeza, os dias, as noites. Morre tudo porque nasce.

O sol escondeu-se e o vento desarvorou pelas ruas. Uma ambulância, como um susto, afligiu a urgência hospitalar, os bombeiros, espavoridos, levaram a maca em correria, um deixou cair o barrete, outro gritou «deixem passar, por favor!», cabeças mórbidas debruçaram-se, curiosas das desgraças, e puseram-se a olhar umas para as outras a perguntarem por mais.

A minha amiga Teresa, cheia de vida e de trabalho, morreu-me no bocal do telefone naquele modo de dizer: «Sabes quem morreu? A Teresa! Nem sei bem como foi. O corpo sai amanhã do hospital.» Uma pessoa fica sem jeito, porque a morte não tem maneiras, sabe-se que ela existe, quase sempre nos outros, e, quando nos bate à porta, é como uma anormalidade que não se conta, uma realidade que não merecemos.

A meu lado há quem narre histórias de mortes violentas num consolo justificativo, numa desculpa de aceitação fatalista. Afasto-me para que o ruído da cidade impeça o escutar da morbidez.

Um gesto, uma paragem, o autocarro a chiar, depois a arrancar, levantando as folhas e os papeis do chão, as pessoas a segurarem-se para não se esmagarem. A Teresa, retalhada, lá se foi, os filhos sem Mãe, e o sol a fugir, e as lágrimas a caírem, e o vento a gemer, e o frio a gelar, e os lábios a tremerem, e o vazio da sua falta, e um buraco rectangular à espera no cemitério da freguesia. Para lá vai, transportada com pressa que os quilómetros são tantos e a Agência leva caro que se farta que a morte está pela hora da morte.

Gostava que morrer não fosse o fim da convivência, o arquivar da memória; não tivesse nada de prematuro ou inglório ou revoltado; que a felicidade se estendesse num tempo sem tempo - sem morte.

O carro que transporta a Teresa desapareceu por entre os renques do jardim onde os velhos fazem, agora, as palavras cruzadas; por entre a chaparia de insultos e vinganças de ultrapassagens em que as cidades se infernizam até ao choque final, até à morgue mais próxima.

Olhei para o alto e, cintilando-me nas lágrimas, o sol ia morrendo.
- Texto de M. Nogueira Borges* extraído da publicação "Lagar da Memória".
  • *Manuel Coutinho Nogueira Borges é escritor nascido no Douro - Peso da Régua. Pode ler também os textos deste autor no blog ForEver PEMBA. Outros textos de Manuel Coutinho Nogueira Borges neste blogue!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Os bombeiros e o Sport Clube da Régua

Esta imagem é dos anos 50 e retrata uma cerimónia solene em que os bombeiros voluntários se faziam representar na sede social do Sport Clube da Régua, que existiu no prédio pertencente ao comerciante Arnaldo Marques, na Rua dos Camilos.

Naquela sala reunia-se gente simples e humilde que criara o clube de futebol, alguns carolas e também figuras notáveis da elite reguense. Discursava de pé um homem generoso, influente e muito respeitado: João Vasques Osório, antigo presidente da câmara e, nesse momento, a exercer o cargo de presidente da direcção do Sport Clube da Régua. Ao seu lado, sentados à mesa, estavam o reverendo José Miranda Guedes, arcipreste do Peso da Régua e Humberto Vasques, funcionário público, junto à porta, o advogado Dr. Júlio Vilela, presidente da direcção da Associação Humanitária, o jovem Homero Marques Vasconcelos, a representar a Mocidade Portuguesa com a bandeira nacional, hoje engenheiro químico, o engenheiro Heitor Vasques e António Ribeiro, comerciante do ramo da relojoaria, e no canto esquerdo, Manuel Braga, conhecido jogador de futebol da equipa. Enchem as primeiras cadeiras um grupo de associados que, por se encontrarem de costas, não os conseguimos identificar. Dando um ar solene e de pompa à cerimónia, os bombeiros garbosamente fardados de capacete e casaco de couro, fazem a guarda de honra, enquanto um deles, o José Clemente, ostentava o estandarte.

Não se sabe ao certo, mas a cerimónia a decorrer seria a comemoração do aniversário do clube. Aquele ambiente invulgar ajuda a entender o que aí aconteceu. Escutado com atenção, João Vasques Osório profere um discurso, escrito numa folha de papel, por certo, a evocar grandes feitos do passado e a enaltecer a dedicação dos atletas, dirigentes e associados. Pode não falar da conquista de taças e troféus que não se encontram exibidos naquela sala, mas tem motivos suficientes para realçar algumas vitórias inesquecíveis contra equipas com a de Valongo ou a rival de Vila Real. Ao lado da bandeira do clube, porém, vislumbram-se as antigas fotografias, a recordarem as primeiras equipas cheias de nomes sonantes e craques como Abeilard Vilela, Jerónimo, Carriço, Canudo, um galhardete do Leixões Sport Club e outro a assinalar um torneio de futebol de 1949.
Na parede da sala sobressai ainda um retrato de João Vasques Osório. Aparenta ter menos idade e, é possível que seja, um retrato ainda do seu tempo de edil. Olhando de repente, entre as duas imagens parece que nunca existiu passado, como se a passagem do tempo se completasse em memórias tecidas por uma única realidade. Aquele homem fez história na Régua, nos anos 30, como um politico que mais trabalhou para o seu desenvolvimento e progresso.

Pertencendo a uma família benemérita da Régua, João Vasques Osório mais tarde, já retirado das suas funções públicas, aproveitando a sua experiência, assumia o desafio de dirigir o Sport Clube da Régua. O clube desportivo fundado em 30 de Novembro de 1944 (nascido da junção do “Ferroviário” e do “Régua e Porto”) caía assim em boas mãos. Ajudado pelo inegável bairrismo dos sócios, este dirigente aproveitava para fazer melhorias no campo de jogos de terra batida, construído, como então se dizia, na “volta da estrada” e não deixava morrer o sonho de tantos e tantos desportistas, ao fortalecer a mística do clube, numa fase de completo amadorismo, mas apostado em dar grandes glórias ao povo.

Com oportunidade, aproveitamos para citar algumas palavras que Abeilard Vilela escreveu numa carta dirigida aos dirigentes dos SCR, a evocar as suas memórias de jogador: “O Sport Clube da Régua nasceu, realmente, de um modo popular e os seus alicerces foram solidificados por trabalhadores humildes e persistentes, que tiveram que recorrer muitas vezes aos seus dinheiros que retiravam dos seus parcos salários. É tempo de os reguenses lhes prestarem as devidas homenagens…”.

Nessa carta, divulgava outras faces da personalidade do Dr. Júlio Vilela, um dos fundadores do clube, que também bem serviu a obra dos bombeiros: ”Quero ainda aproveitar para dar uns pormenores sobre os então directores do clube. Não me levem a mal que lembre especialmente o meu irmão Dr. Júlio Vilela. Eu ajudei a empurrá-lo para se responsabilizar pela legalização da agremiação e para a criação dos estatutos. Advogado de profissão, tinha uma vida sedentária. Pois, na altura das obras lá na volta da estrada, era frequente vê-lo cheio de genica a suar por todos os poros, a ajudar a arrastar um rolo de pedra sobre o terreno em construção, compactando e alinhando o terreno de jogo… Naquele tempo, lembro-vos, não havia caterpilares, que ainda nem sequer tinham chegado às vinhas, quanto mais aos futebóis…”.
A Associação Humanitária e o SCR estiveram sempre ligados por relações que ultrapassam a simples cortesia. Ao longo dos anos, existiu uma colaboração de inter-ajuda permanente. Os bombeiros prestam a assistência pré-hospital no Estádio Artur Vasques Osório, aos atletas lesionados. É assim ainda hoje. Uma ambulância para transportes de doentes e um piquete de bombeiros asseguram um serviço de primeiros socorros, sem qualquer despesa para o clube.
As duas instituições, apesar das dificuldades e dos problemas, resistiram a todas as crises e, com a boa vontade e os gestos beneméritos e altruístas de muitos desconhecidos cidadãos, continuam a dar vida aos seus ideais. Com o contributo de todos procuram realizar os seus fins sociais. O ideal seria que os cidadãos participassem mais na vida associativa, mas acontece que os que gozam de mais responsabilidades sociais abdicaram de ser dirigentes. Se nos bombeiros alguns aparecem para servirem nos órgãos sociais, no SCR poucos revelam essa disponibilidade.

O tempo das figuras locais, tais como comerciantes, médicos, advogados e até o pároco, se envolverem na vida era normal na sociedade dos anos 50. O exemplo mais flagrante era o caso dos presidentes de câmara, pelos estatutos das associações eram sempre eleitos por inerência para a presidente da assembleia-geral, coisa que nos nossos tempos não acontece por politiquices, ou vai-se lá saber porquê…!
(Clique nas imagens acima para ampliar)

Na verdade, fazem falta pessoas simples e generosas às duas instituições. A experiência dos bombeiros ensinou-os a não perderem os elos de ligação à população e, sem desmerecer ninguém, às elites, os melhores cidadãos que estão disponíveis para trabalhar na realização do Bem… de uma sociedade mais solidária!
- José Alfredo Almeida*, Peso da Régua, Julho de 2010.
  •  *José Alfredo Almeida é advogado, ex-vereador (1998-2005), dirigente dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua entre outras atividades, escrevendo também crónicas que registram neste blogue e na imprensa regional duriense a história da atrás citada corporação humanitária, fatos do passado da bela cidade de Peso da Régua de onde é natural e de figuras marcantes do Douro.