terça-feira, 19 de maio de 2009

Museu do Douro fez apresentação multimédia do "Grande Cancioneiro do Alto Douro"

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Dia 18 de Maio/09 o Museu do Douro recebeu apresentação multimédia do "Grande Cancioneiro do Alto Douro":
O GRANDE CANCIONEIRO DO ALTO DOURO é formado por 3 grandes volumes, todos com 640 páginas, num total de 1.920 páginas e 1.200 cantigas (músicas e letras).

Situam-se muitas cantigas num contexto que remonta ao Galego-português, através dos vestígios das Cantigas de Amigo populares (séc. XII); mas alguns rimances são ainda mais antigos, pois remontam ao tempo de Carlos Magno (séc. VIII).

Estuda-se ainda a poética das letras das cantigas, numa perspectiva estética e histórica, etnográfica e sociológica, desde a fundação da Dinastia de Borgonha e a instalação de Cister no Vale do Varosa, integrando-se assim nas comemorações deste ano dos 900 anos de D. Afonso Henriques.

São referidas as principais fontes de difusão das cantigas populares, desde Santiago de Compostela à Senhora da Serra do Marão, do Viso, do Socorro, dos Remédios... Algumas opiniões de vários especialistas (Professores universitários e do Conservatório, compositores...) estão publicadas no início do segundo volume.

A apresentação foi multimédia (PPSX) e inclui dados históricos, paisagísticos e poético-musicais.

  • GRANDE CANCIONEIRO DO ALTO DOURO-NAS CANTIGAS DO ALTO DOURO por Altino Moreira Cardoso - Aqui!
  • Obras editadas - Aqui!
  • Museu do Douro - Aqui!
  • Folclore de Portugal - Aqui!
  • Páginas de Peso da Régua - Aqui!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A visita do Presidente da República Américo Tomás

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Esta imagem de 22 de Maio de 1965 documenta a triunfante e festiva recepção do Presidente da República, Almirante Américo Tomás, ao lado dos directores Noel de Magalhães Alfredo Baptista, no Quartel dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, ao qual se deslocou “propositadamente” na companhia do Ministro do Interior (Dr. Alfredo Rodrigues Júnior) e o da Marinha (Comodoro Fernando Quintanilha Dias), para receber as honras do Corpo Activo e conhecer as instalações.

Um peculiar apelo de conformismo dos bombeiros, dirigido a este ilustre visitante, estava visível na mensagem que se lia numa faixa colocada junto ao Quartel: “Os bombeiros depõem nas mãos de Vossa Excelência 85 anos de sacrifícios”.

Mas a histórica visita presidencial, que foi “seguida por milhares de pessoas”, não passou de uma habitual manifestação de propaganda política do regime do Estado Novo, a enfrentar as consequências da guerra colonial, o qual se esforçava em difundir mensagens patrióticas para “unir todos os portugueses à sombra da pátria comum”, como disse o Chefe de Estado no seu discurso, proferido no Salão Nobre da Câmara Municipal.

Este ambiente de patriotismo era expresso nas saudações nacionalistas inscritas em grandes painéis colocados nas principais ruas da vila, tais como: “O Chefe de Estado é o Símbolo da Nação!”, “Viva Salazar - benemérito da Pátria” e “Senhor Ministro do Interior: estamos firmes na Frente Interna”.

Ao nível do município, este acontecimento político serviu para o executivo municipal liderado pelo Dr. Rui Machado mostrar as grandes obras do seu mandato ao Governo da Nação que, nas suas elogiosas palavras, “tem promovido o progresso do país e, no caso, o da Régua”.

Este distinto autarca (que também exerceu as funções médico) inaugurava, na presença do Chefe de Estado e dois ministros do Governo de Salazar, “três obras de valor material de mais de 12 mil contos”, de acordo como as anunciou no discurso de boas-vindas, que eram relevantes para o progresso local e essenciais para a melhoria das condições de vida da população reguense: a Alameda Marechal Carmona (hoje como o nome Alameda dos Capitães), o Mercado Municipal e o Bairro Calouste Gulbenkian.

Considerada como “deveras triunfante” a visita de Américo Tomás, em especial às instalações do Quartel dos Bombeiros, mereceu um relato circunstanciado no jornal “Vida por Vida”, num suplemento exclusivo, do qual destacamos o seguinte:

“A Régua como era de esperar soube no dia 22 do corrente receber mais do que condignamente, o Senhor Presidente da República, que em todas as artérias por onde passou foi alvo das mais vivas e calorosas saudações com que espontaneamente lhe tributaram os reguenses (…)

Pode-se dizer que a Régua esteve em festa, mas numa festa a que já há muito tempo se não assistia. Nós, os bombeiros, como não podia deixar de ser, também, de alma e coração nos associamos a tão triunfal recepção que, num momento feliz, veio precisamente culminar no nosso quartel (…)

O nosso edifício-sede e respectiva avenida, encontravam-se de todo engalanadas, sendo de destacar uma passadeira feita pelo corpo activo em que sobressaíam, alternadamente um capacete e uma agulheta, rematando com um trabalho primoroso do brasão do concelho (…)

Depois de decorridos todos os números que constava da visita do Chefe de Estado a esta vila, quis sua Excelência deslocar-se propositadamente ao nosso quartel, onde recebeu as honras do corpo activo, os cumprimentos de alguns membros da direcção e então entusiásticas saudações de uma imensidão de sócios da associação, onde predominavam as senhoras, que não se cansaram de vistoriar tão ilustre visitante, assim como os Senhores Ministros do Interior, Marinha, Governador Civil do Distrito da Vila Real e o Presidente da Câmara, Dr. Rui Machado.

(…) Aproveitando a oportunidade fizeram uma visita rápida ás diversas instalações do Quartel, as quais foram motivo dos mais rasgados elogios (…) podemos afirmar tratar-se de uma obra grande entre as maiores que existem no nosso país.”

Não discutindo o seu interesse social e histórico, esta visita presidencial apontada como de “um dia dos maiores da vida da Associação”, permitiu aos seus dirigentes para pedirem ao Estado (assente na força autoritária do Governo que, no dizer do jornalista Luís Miguel Baptista, “apostava na caridade” e numa “politica demasiadamente restritiva no plano de concessão de facilidades”) auxílios para os bombeiros da Régua, nomeadamente mais equipamentos individuais e um veículo de combate a fogos.

Depois deste Chefe de Estado, só em Setembro de 1980, é que os bombeiros do Peso da Régua, com o Comandante Carlos Cardoso dos Santos (1949-1990) à frente, haviam de voltar a receber outra visita presidencial no seu Quartel, desta vez, o General Ramalho Eanes.
- Peso da Régua, Maio de 2009, José Alfredo Almeida.

- Outros textos publicados neste blogue sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:

  • Uma formatura dos Bombeiros de 1965 - Aqui!
  • O grande incêndio dos Paços do Concelho da Régua - Aqui!
  • 1º. de Maio de 1911 - Aqui!
  • Homens que caminham para a História dos bombeiros - Aqui!
  • Desfile dos veículos dos bombeiros portugueses - Aqui!
  • Uma instrução dos bombeiros no cais fluvial da Régua - Aqui!
  • O Padre Manuel Lacerda, Capelão dos Bombeiros do Peso da Régua - Aqui!
  • A Ordem Militar de Cristo - Uma grande condecoração para os Bombeiros de Peso da Régua - Aqui!
  • Os Bombeiros no Largo da Estação - Aqui!
  • A Tragédia de Riobom - Aqui!
  • Manuel Maria de Magalhães: O Primeiro Comandante... - Aqui!
  • A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
  • O Baptismo do Marçal - Aqui!
  • Um discurso do Dr. Camilo de Araújo Correia - Aqui!
  • Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
  • Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
  • Os Bombeiros da Régua em Coimbra, 1940-50 - Aqui!
  • Os Bombeiros da Velha Guarda do Peso da Régua - Aqui!

- Link's:

  • Portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua (no Sapo) - Aqui!
  • Novo portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • Exposição Virtual dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A Peso da Régua de nossas raízes - Aqui!

sábado, 9 de maio de 2009

Uma formatura dos Bombeiros de 1965

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:: Em homenagem ao prof. Eurico Patrício.
Esta imagem é de 1965, o ano em que o Presidente da República Américo Tomás esteve de visita ao Quartel dos bombeiros de Peso da Régua.

Nela vê-se o ambiente de festa, o passeio encontra-se devidamente engalanado com uma passadeira de flores e, numa janela do Quartel, foi pendurado um retrato do Presidente do Governo, o Prof. António de Oliveira Salazar.

Mas, o destaque maior é para o Corpo de Bombeiros desse tempo sob o comando de Carlos Cardoso dos Santos, realçando os nomes dos bombeiros que, durante muitos anos, foram os únicos agentes de protecção civil do nosso concelho.

De uma importante geração de bombeiros voluntários, podemos ver homens nossos conhecidos, como António Martins, José Resende Dias, António Monteiro, Manuel Pinto, estes felizmente vivos, e ainda, José Matos, Francisco Ferreira, José Pinto, José Morais, José Macedo, José dos Santos, Bernardo Ferreira, José Morais e o Chefe José Clemente.

Este é mais um exemplo de grandes homens generosos que gostamos de lembrar, prestando-lhes um devido reconhecimento pelo trabalho que prestaram como bombeiros voluntários, ao mesmo tempo mostrando-os aos mais jovens como referência para lhe seguirem os seus passos.

Como forma de realçar a importância do ser bombeiro transcrevemos parte de uma crónica da autoria de um grande benemérito da Associação, o professor Eurico Patrício, intitulada “UM MEU ALUNO”, publicada em 6 de Maio de 1968, no jornal “Vida por Vida”:

“ Frequenta a 3ª classe o miúdo. Não é um aluno brilhante, excepcional, mas não é todavia um mau aluno.
No quartel dos nossos bombeiros soou há dia, forte como sempre, e a chamar os nossos briosos Soldados da Paz à sua humanitária missão, a atroadora sirene.
Como que pressentindo que algo de anormal se iria passar com o pequeno, observei-o dissimuladamente. A reacção habitual manifestou-se, mas desta vez mais forte, mais excitante e mais intimativa.
Eu, que quase adivinhava o que se passava no íntimo do Joaquim, é este o seu nome, para me certificar de que não me enganava, perguntei-lhe se estava doente, se sentia mal, se queria ir até lá fora. Que não, que estava bem, dizia-me ele. Dizia-o de boca, que a expressão e o corpo traíam-no sem ele o poder evitar.
Os outros miravam-no atentos e pairava no ar uma expectativa que os mantinha presos ao seu companheiro. Propus-me aproveitar o momento, que tão oportuno se deparava, e interroguei novamente o Joaquim:

- Que tens rapaz, pareces tão aflito?
- Nada sr. Professor, mas…é que eu gostava muito de ser bombeiro.

Que grande lição de amor ao próximo nos deu nesse dia o pequenito!
E eu, cuja missão é guiar crianças para no futuro serem homens (....) senti que a escola pode e deve (….) indicar-lhes o espinhoso, mas tão nobre caminho que os eleva acima de todos os egoísmos: o caminho que conduz as fileiras dos Bombeiros”.

O nosso obrigado ao amigo prof. Eurico Patrício, neste momento a viver um momento de grande dor, por mais esta sua grande lição de amor e generosidade aos seus amigos Bombeiros, brilhantemente contada no exemplo desse seu velho aluno, cujo exemplo nós gostaríamos que se repetisse mais vezes.
- Peso da Régua, Maio de 2009, José Alfredo Almeida.

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  • O grande incêndio dos Paços do Concelho da Régua - Aqui!
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terça-feira, 5 de maio de 2009

O grande incêndio dos Paços do Concelho da Régua

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Este antigo retrato documenta o combate dos bombeiros ao grande incêndio, no último andar do edifico dos Paços do Concelho do Peso da Régua, no dia 5 de Abril de 1937.

Ele permite ver os pormenores do trabalho dos bombeiros no combate à extinção do incêndio que, teve como consequência para além, dos elevados prejuízos materiais, resultantes da destruição total do andar superior do imóvel, de bens móveis e muita documentação antiga, a perda de três vidas humana, todos funcionários a trabalharem em serviços dessa instituição.

Assistimos ao desenrolar da operação no telhado do prédio, sob uma nuvem de fumo, com os bombeiros a lançarem água aos destroços da cobertura das águas furtadas, onde as chamas teriam deflagrado e rapidamente se haviam propagado a outras partes deste magnífico edifício público, até hoje a servir de “paços do concelho”, adquirido pela vereação liderada pelo Dr. Joaquim Claudino de Morais, em 1876.

Destaca-se no sinistro, o foco do incêndio circunscrito ao último andar e a acção dos corajosos bombeiros do Peso da Régua, que utilizaram duas linhas de mangueiras, ligadas já as bocas da rede pública, desforradeiras para retirar as telhas, uma manga de salvamento de pessoas e, para o escalonamento, uma “escada portuense” (quatro lances que se encaixam até uma altura de 12 metros).

A salvaguarda das vidas das vítimas num incêndio urbano constitui a primeira prioridade num plano estratégico de intervenção de qualquer Corpo de Bombeiros. Este do edifício dos Paços do Concelho, devido à violência da explosão, com que se iniciou, não lhes permitiu o sucesso de evitarem perdas humanas.

Mas, o plano de acção montado pelos patrões Álvaro Rodrigues da Silva e António Guedes Castelo Branco (receberam um louvor que consta da histórica Ordem de Serviço nº 20, de 10 de Abril de 1937, assinada pelos 1ª e 2º Comandantes), que comandavam os bombeiros no salvamento e ataque ao fogo, prova os conhecimentos dos manuais de instrução e, sobretudo, a sua grande experiência, ao iniciarem logo que chegaram ao local, os trabalhos pela extinção do incêndio.

Esta imagem regista o traçado antigo da rua Serpa Pinto, onde se situa o edifício dos Paços do Concelho e, mesmo à sua frente, o desaparecido Jardim Alexandre Herculano. Foram as suas condições amplas e a vizinhança com a rua do Quartel que permitiram o acesso fácil e rápido aos equipamentos dos bombeiros (daí que não tenham levado os carro de pronto-socorro), as suas primeiras intervenções e as manobras de salvamento, pela fachada principal do edifício público atingido.

Este incêndio teve destaque na primeira página do semanário “Noticias do Douro”, edição do dia 8 de Abril de 1937, que com o título “O incêndio dos Paços do Concelho da Régua”, dava a notícia, desta forma circunstanciada:

“Na segunda -feira, perto das 15 horas, a Régua foi alarmada com a notícia de que, devido a uma explosão, estava a arder o último andar dos Paços do Concelho.
O perigo iminente que corriam as pessoas que, surpreendidas pelo sinistro da parte superior daquele edifício, havia já saltado para o telhado, provocava gritos aflitivos da multidão que rapidamente se juntava nas imediações da Câmara Municipal (…)

Esses gritos ainda alarmavam mais as pessoas em perigo, e impediam que em baixo lhe dessem indicações (…) para se defenderem das chamas que iam tomando conta da cobertura do edifício.

A explosão deu-se num compartimento onde estavam os empregados municipais José Artur de Seixas, Ângelo Correia, Manuel Loureiro e Manuel Gonçalves, mais conhecido por “Manuel Ceguinho”.

Este último, que parece ter sido o causador involuntário da explosão, foi, depois de dominado o incêndio, encontrado completamente carbonizado.
O primeiro e o Manuel Loureiro foram arremessados pela escadas (…) extensas queimaduras considerado muito grave o estado do segundo deles.

Quanto ao picheleiro Ângelo Correia, por pouco não resvalou para a beira do telhado, valendo-lhe Octávio da Silva (…) e que, encontrando-o ao procurarem fugir, evitaram a sua queda para o lado da Alameda (…) O seu estado é muito grave, havendo poucas esperanças de que se salve, devido à extensão de pele que perdeu.

Uma senhora (…) foi salva por um indivíduo que trepou por uma esquina do edifício da câmara, utilizando os ornatos de cantaria para se agarrar, e que abriu uma fenda no telhado do corpo mais baixo desse edifício, por onde a fez descer até uma dependência da Secretaria Municipal.

O Sr. Administrador do Concelho e outras pessoas que estavam perto dele, entre elas o menor José Félix, que ficou bastante ferido, tiveram de descer por um pontalete dos fios telefónicos.

Entretanto chegaram os bombeiros da Régua que montaram o ataque ao incêndio.
Uma meia hora depois chegavam também uma viatura dos bombeiros de Lamego a atacar o incêndio e mais tarde uma outra, ficando os bombeiros da Régua a atacar o incêndio principalmente pela frente e os de Lamego pelo lado da Alameda.

Uns e outros portaram galhardamente. Dentre os bombeiros da Régua distinguiram-se Claudino Clemente e João Bonifácio Júnior.

Vieram também bombeiros de Vila Real, acompanhados de excelente material, mas quando chegaram já o incêndio estava dominado.”


A imagem deste fogo faz do tempo uma linha de continuidade da vida e marca um acontecimento histórico: no meio da tragédia humana, os murmúrios da cidade, a demarcar-se nos contornos telúricos das vinhas erguidas em incontáveis socalcos, da “paisagem cultural evolutiva e viva”, prolongam-se nas margens do Salgueiral, embelezadas pelas serenas aguas da bacia do rio Douro.
- Peso da Régua, Maio de 2009, José Alfredo Almeida.

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