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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Em mais um Natal, recordam-se as escarpas vinhateiras do Douro e da Régua.

Um dia, no já distante ano de 1957, deixamos as nossas raízes e partimos para o mundo. Mas Peso da Régua, onde nascemos, que na história do Douro Vinhateiro é uma das mais importantes cidades beirando o rio Douro dos barcos-rabelo, aconchegada entre montanhas revestidas de videiras que oferecem o único Vinho do Porto, permanece firme no coração, a dividir paixão afetiva com a Pemba de nossa adolescência e demais recantos hospitaleiros que nos abrigaram ao longo da vida.

Nela aprendemos a magia dos primeiros Natais em Invernos felizes de convívio e brincadeiras infantis com Família numerosa e, então, unida.

Naquela época, nossos queridos Avós, Pais, Tios, em sua maioria já no Alto, responsáveis por essa "mágica" de encanto, acompanhavam e transmitiam-nos o gosto pela tradição, o entender da confraternização, a percepção do perfume das pinhas queimadas na lareira, do odor das rabanadas com molho de vinho do Porto e canela, do sabor do bolo-rei, da competição do raspa, do bacalhau em bolinhos ou cozido com todos, do polvo, do creme com açúcar queimado, das batatas do Menino Jesus e de tantas outras deliciosas iguarias que só o Natal traz para a mesa lusitana farta, pródiga mesmo nos lares mais humildes.

Com seu olhar complacente, protector, realizavam os nossos tutores sua incansável missão de nos educar também nos costumes, na tradição, na hospitalidade e na afabilidade do Douro do nosso Portugal.

Continuam, acredito em minha FÉ cristã, resguardando e acompanhando lá do Céu certamente, os nossos Natais e os nossos passos terrenos.

Para eles, para meus Familiares (incluindo minha querida Mãe Nair e meu saudoso Pai Jaime Ferraz que já 'partiram'), para meus conterrâneos, para meus Amigos no presente e para mim também porque me faz bem, fico discorrendo com as lembranças desse tempo feliz, percorrendo veredas do planeta virtual em busca da afirmação do sentir e da confirmação de que estamos próximos, mesmo quando distantes fisicamente.

E aqui fica para todos, o simbólico presente de Natal forjado em imagens de vários autores que nos levam à Régua, ao Douro e a Portugal.

Apreciem e aproveitem bem, em mais um NATAL de nossas vidas!
- Jaime Luis V. F. Gabão - Transcrito com alterações do blogue ForEver PEMBA de 23 de Dezembro de 2007. Actualizado em Dezembro de 2013.
flicKr --> Encontramos fotos quase sem fim sobre Peso da Régua aqui !

Clique nas imagens para ampliar. Imagens da net e texto de J. L. Gabão para os blogues "Escritos do Douro" e "ForEver PEMBA". Actualizado em Dezembro de 2013. Este artigo pertence aos blogues Escritos do Douro e ForEver PEMBA. É permitido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue desde que mencionados a origem/autores/créditos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Documentário retrata o Douro vinhateiro como uma «surpresa constante»

Vindimeiros - Imagem recolhida da net livre e editada por Escritos do Douro. Clique na imagem para ampliar.
Transcrito do: Café Portugal | quinta-feira, 15 de Setembro de 2011 - São 90 minutos de retrato das gentes do Douro, da região e dos 300 anos de história do vinho do Porto. O documentário intitulado «Life on the Douro», do realizador Zev Robinson, estreou a 6 de Setembro no Douro Film Harvest Festival e será exibido em Novembro em Los Angeles e São Francisco (EUA).

documentário que será exibido na capital portuguesa na Primavera de 2012 tem o cunho de Zev Robinson, um realizador de nacionalidade canadiana e britânica, que veio a Portugal para fazer um breve trabalho sobre uma casa São João da Pesqueira. Quando chegou, Robinson sentiu que «havia muito mais para dizer sobre o Douro Vinhateiro», explica o realizador citado pelo portal Boas Notícias.

E acrescentou que «o Douro é uma surpresa constante» bem como «a maneira como o homem e a natureza estão unidos, como as pessoas estão ligadas à terra, os padrões criados pelas vinhas são uma das maravilhas do mundo e algo que toda a gente deve ver pelo menos uma vez na vida».

Além do retrato sobre a Região Demarcada mais Antiga do Mundo, e património da Humanidade da UNESCO, são também exploradas na película as gentes, a história do Vinho do Porto, abordando paralelamente ideias e hipóteses sobre o futuro da produção vinícola do Vale do Douro.

As filmagens do documentário foram distribuídas ao longo de 15 meses registando locais como as adegas de Gaia e do Porto e momentos como os diferentes processos da produção de vinho do Porto, assim como o rio e a mudança da paisagem das vinhas ao longo das quatro estações do ano.

Um filme rodado ao longo de 45 dias, incluindo 28 entrevistas, entre elas muitas figuras emblemáticas da indústria vinícola que ofereceram as suas perspectivas sobre o presente e o futuro do Douro. Muitos falaram intimamente da história das suas famílias, algumas com séculos de envolvimento na vida do Douro.

Dividido em 13 «capítulos», «Life on the Douro» atravessa toda a história da região, passando por figuras incontornáveis como a mítica dona Antónia Ferreira (A «Ferreirinha») e as famosas casas Sandman e Sogrape.
O filme passa também pelo presente e futuro da produção vinícola no Douro, abordando as diferentes inovações que têm sido introduzidas na produção, sobretudo após a entrada do país para a União Europeia, em 1986.

Recorde-se que o realizador Zev Robinson vive em Espanha há vinte anos onde tem realizado alguns documentários sobre a história e a cultura do vinho.

O seu último trabalho debruçou-se sobre a Dinastia Vivanco e o vinho da região Rioja. Já o próximo documentário que vai fazer será sobre os Arribes del Duero, a faceta espanhola do Douro.

Life on the Douro - A documentary project by Zev Robinson