Não me alarmam revoltados nem desgastados
Não me assustam criminosos de alma podre
Não recuo ao surgirem espíritos cegos e errantes
vagueando no tempo escurecido da frustação...
Não me importam os sem sentido do que são
Não me espantam jovens que ignoram que o são
Não me tocam ofensas que desprezo
Não me abisma a ignorância que falece...
Só me comove a simples, a pura natureza
Só me enternece a infantil geografia do azul celeste
Só me inspiram a quimera, o sonho
Só me impressionam o pranto, o sorriso da inocência
Só me abespinha a desgraça dos que não podem
Só me impacienta a indigência das almas que me cercam,
que estorvam minha indignação, meu desprezo pela presunção
do que não sabem ou alcançam ser!
- J. L. G., 6 de Janeiro de 2011. A imagem ilustrativa acima, recolhida da net livre e editada em PhotoScape, poderá ser ampliada clicando com o mouse/rato.