Basta olhares para pontes e deixares repousar o teu olhar no jogo de luzes e de cores que te permitem vislumbrar sobre uma paisagem soberba de socalcos que envolvem a Régua: o Douro é mesmo para tu sentires.
Se este for o teu caminho escolhido, atravessa as pontes e deixa-te encantar pelo irreal, pelo sonho, pela fantasia e pela beleza de um lugar, onde o teu coração pode ficar.
Dizem que as pontes servem para atravessar para a outra margem. Mas servem para muito mais. Atravessam as nossas vidas. Ligam o passado ao futuro. Mais do que julgas, as pontes fazem magia: fazem regressar aos lugares únicos e onde fomos felizes.
Mas, não deves esperar pela chegada das andorinhas nem pelo calor do Verão. Na primavera a luz é mais bonita, as vinhas ganham mais cores, a vida renasce e tudo recomeça como se fosse a primeira vez. No Douro, em Maio, já há cerejas doces e maduras para saboreares. As melhores, são as da Penajóia, dizem os antigos.
Se puderes, visita o Museu do Douro que está mais bonito, com mais coisas interessantes para veres. Gostava que fosses ver a exposição dedicada à vida e à obra da grande mulher do Douro, D. Antónia, a Ferreirinha da Régua, para melhor perceberes as suas paixões pelas vinhas, pelo vinho do Porto, pelo Douro, o grande amor da sua vida!
Sei que vais gostar. Escolhe o caminho que quiseres, mas não te esqueças de atravessar, ao entardecer, uma ponte da Régua: regressas, outra vez, à magia de um Outro Mundo - O Douro!
- José Alfredo Almeida, Peso da Régua, Janeiro de 2011. Clique na imagem acima para ampliar.