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domingo, 13 de março de 2011

O meu gato

O meu gato sabe mais do que eu sobre a felicidade.
Percebi, ao ler um entendido, que a felicidade de um gato não se faz por adição - a adição de novas experiências, de  novos lugares, de novos objetos ou até de  novos amores.
Ao contrário de mim, o meu gato vive cada momento de uma forma completa e total.
Nós vivemos sempre carregados de passado ou de futuro, do que fomos ou seremos mas sempre com a certeza que a morte nos espera.
Nós vivemos quase que sempre fora do presente... Por isso, não temos tempo para ser felizes. 

Quem sabe, diz que a felicidade dos gatos faz-se por repetição. Eles repetem o que lhes é mais significativo.
Acreditem, que eu passo horas a olhar para os dias felizes do meu gato. Se calhar, já aprendi com ele mais do que nos meus livros de direito e de filosofia.
Agora, sei porque gostava de uma gata de amiga que há anos conheci. Gastava todas as manhãs de sol luminoso, a passear sossegadamente pelo  muro de pedra de um quintal abandonado, como se aquele fosse o lugar onde tudo lhe podia acontecer.
Afinal, o lado feliz da vida estava ali: não era preciso mais nada para, aquela gata (loira), ser feliz.
Moral da história: Um dia gostava de ser como o meu gato.
- José Alfredo Almeida, Março de 2011.