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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ecos do 41.º Congresso Nacional dos Bombeiros em Peso da Régua

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Ecos do 41.º Congresso Nacional dos Bombeiros em Peso da Régua e da apresentação do livro “Memórias dos Bombeiros do Peso da Régua”, da autoria do Sr. Dr. José Alfredo Almeida, Presidente de Direcção da Associação.
Por José Silva Pinto 

Este evento histórico, realizado pela 2.ª vez nesta cidade do Peso da Régua, teve início com uma Saudação Solene, nos Paços do concelho (a que não pude participar por motivos familiares), teve o brilhantismo a que nós, os reguenses, estamos habituados, bem como quem nos visita, de longe ou de perto, em efemérides deste nível cultural e/ou artístico!

Estive presente, sim, na apresentação do livro “MEMÓRIAS DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS  DO PESO DA RÉGUA”, da autoria, como disse do Sr. Dr. José Alfredo Almeida, seu Presidente DDDM.º, no Salão Nobre da (nossa) Casa do Douro, dia 28 de outubro, p. p., com uma Sessão Muito Solene, 6.ª f. com início às 19 horas e com o Salão completamente cheio – o que, felizmente, vem sendo bom hábito em eventos deste género e semelhantes!
  1. Na mesa de Honra ou da Presidência, estavam presentes: o autor do referido livro Sr. Dr. José Alfredo Almeida, o Rev. Sr. Padre Vitor Melícias – digamos bem conhecido e apreciado por todo o País, pelas suas constantes e oportunas intervenções, à vontade, sem fronteiras, em questões de solidariedade, humanitárias e humanistas, sobretudo a favor de “grupos heterogéneos”, onde se apalpam carências de toda a ordem: material, moral e social – como “Apresentador” do livro em causa. Fê-lo com um à-vontade como se a obra fosse escrita por ele próprio e na qual tivesse posto uma boa parte da sua eloquente sabedoria, quase enciclopédica, e do seu grande amor, próprio da alma de um “Franciscano” (à maneira do seu Patrono e Doutrinador, São Francisco de Assis – o santo a quem muito incomoda a falta de paz, alimentação, saúde e mortes prematuras de todo o gênero). Disse ele:... Isto é o que se me oferece dizer (foram 25 minutos, que pareceram apenas 5...) que o leu depressa, de noite e de dia mas, acrescentou: “Hei-de voltar a lê-lo com vagar para cultivar o meu espírito e o meu coração”. Muito mais disse...para o que não tenho espaço!...
  2. Estiveram, ainda na Mesa: um simpático representante da Casa do Douro, o Sr. João Leonardo, que agradeceu a preferência do pedido daquele Salão Nobre, e, ainda o Sr. Vítor da Rocha que, suponho eu  o Editor de “A Mosaico de Palavras Editora”, de Rio Tinto, que foi o 1.º apresentador do livro magistralmente desenvolvido, com uma forma inovadora, para mim. Agradou-me imenso e, sem o ter lido, dei conta que já os meus lábios estavam a tocar e a saborear algo meloso! Muitíssimo bem dividido em sub-títulos e explicado quanto bastou, para se ter conhecimento da riqueza histórica e literária que nos deliciou! Estavam, ainda, na Mesa de Honra: o Sr. Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Dr. Duarte Caldeira, que conheço muito bem a individualidade da pessoa, pois aparece, muitas vezes, nas Tvs. A Mesa de Honra estava muito bem engalanada com um honroso grupo de 5 bombeiros, bem perfilados, e com a Bandeira ao centro, transportada pelo Chefe José Oliveira, bem conhecido e estimado por todos os reguenses – tal como o saudoso e amigo Sr. João (dos óculos)! Eventos como este, ou semelhante, devem repetir-se, pois são muito culturais, pedagógicos e educativos, principalmente para a nossa juventude e também para os adultos, pois, infelizmente, na Régua, há e tem havido muita falta de manifestações como esta e/ou semelhantes. Além disto, dão alegria, movimento e um tom festivo – no meio de outras situações menos alegres ou mesmo tristes, stressadas, pesadas demais...
  3. Reportando-me ao “fantástico”, mas realista e primoroso autor do livro, recordo que nasceu perto de nós. O seu berço está nas famosas e saudosas Caldas do Moledo; o meu está nas margens do rio Douro, no antigo “Cais-de_baixo” - a 2 ou 3 Kilms. de diferença. Foi Vereador da Câmara anterior, passando por diversos Pelouros, segundo as suas qualidades se iam evidenciando. Sobretudo, ama e dá a sua vida pela Régua, como sendo a sua Pátria! Parafraseio Camões: “Ditosa Pátria que tais filhos teve”! Tem sido um Presidente da Associação, a sobressair, pois construiu novas e grandiosas instalações nas traseiras, na rua Dr. José de Sousa, com perspectivas de futuro de mais de um século, e acaba de restaurar o Quartel Principal, exterior e interiormente, com uma proficiência invulgar, que o orgulha, orgulha os Bombeiros, a cidade, o concelho, o distrito e o País! Assim, é que nós queremos destes Homens que, citando Camões, uma vez mais, “Vão muito além da Taprobana”! Isto enriquece a Régua e dá jus de louvores a toda a gente que, à sua maneira contribuiu para tal orgulho da nossa Terra! Parabéns! Parabéns!!! Trata-se, ainda, de uma pessoa bemquista e respeitada por toda a Régua e Região, que o conhece melhor que eu, desde há longos anos. Possui, assim, todas as qualidades e dons para continuar a presidir à (nossa) briosa Associação dos Bombeiros Reguenses, e de quem podemos, queremos e temos, ainda muito que esperar. É Presidente da Federação das Associações congeneres do distrito de Vila Real e é elemento directivo a nível nacional, etc.!
  4. Na ocorrência desta história efeméride, fica bem dizer algo acerca da origem e história dos Bombeiros : - “Os Bombeiros são pessoas que têm por missão: extinguir os incêndios (com a “Bomba “, segundo a raíz do termo) e que, por extensão, acorrem a todos os acidentes que ponham em risco vidas e valores. (...) Foram os Hebreus e os Gregos que criaram os primeiros “vigias noturnos” encarregados de efetuar rondas, dar alarme em caso de fogo e combatê-lo. Na antiga Roma, também este uso foi conservado e desenvolvido, havendo os “Triunviri nocturni”, que asseguravam a polícia, durante a noite, contra os malfeitores e davam o alerta em caso de incêndio. - Em PORTUGAL, a “CARTA RÉGIA” de D. João I, datada de 1395, estabelecia os ”vigias noturnos” e definia, para a extinção de incêndio, as missões de carpinteiros machados. (…) A evolução do serviço conduziu, de acordo com a evolução da técnica, a maior presteza na chegada dos Bombeiros aos locais e a processos mais eficientes de extinção.(...) Existem “Batalhões de Sapadores” em várias cidades do País, e municipais em alguns municípios e em vilas, sendo a restante cobertura feita por “Associação de Bombeiros Voluntários” - que é o caso da Régua e das Associações presentes, de 28 a 30 de Outubro, nesta cidade, beijada pelas margens do seu Rui Douro (ou Dourado) tendo, com sentinela e contraforte a gigantesca Serra do Marão e, como seu Éden, as vinhas verdejantes, cheias de doce néctar!
  5. “Atualmente, também está cometida aos Bombeiros uma missão de “Prevenção”, traduzida em dois tipos: a) apreciação de projetos de construção e reconstrução de edifícios, e b) vistoria, verificando a correta execução do projeto, aprovado por que de direito, só após o parecer favorável dos serviços de Bombeiros competentes, (Esta função é do conhecimentyo geral, mas nunca é demais recordá-la para bem dos munícipes e bombeiros)!
  6. Foram figuras dominantes, entre outras, no Historial dos Bombeiros Portuguerses, o inspetor-geral CARLOS JOSÉ BARREIROS, que, nos meados do séc. XX, foi o organizador do serviços de incêndios na capital; GUILHERME GOMES FERNANDES, inspetor-geral de incêndios do Porto, e GUILHERME COSSUL, fundador da Associação dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, a primeira criada no País, etc... Nos últimos tempos de D. FERNANDO, se deve a aquisição da primeira escada “Magirus” hipomóvel e do primeiro material automóvel. (Nº. 4, 5 e 6: Enc. Verbo Séc. XXI, pág. 1276-7, vol. 4).
  7. Para terminar, as sete “virtudes capitais”: 1.ª:  “Vida por Vida” é o lema e tema de todas as Associações de Bombeiros, quer de Sapadores, quer Voluntários. Nesta 1.º, é de esperar que todos os “beneficiários desta missão/risco se compenetrassem/interiorizassem do que é “Dar uma Vida”, pelo próprio falecimento ou incapacidade, vitalícia ou temporária, por outra vida, porventura desconhecida, a qual poderá ficar vítima nos mesmos termos. - 2.ª: o (a) bombeiro (a) pode, na sua missão altruísta/humanitária, deixar uma viúva e órfão(s). 3.ª: a sua doação de vida pode correr o risco de não lhe dar o valor que merece... Mas, o SENHOR DA VIDA E DA MORTE DAR-LHE-Á O GALARDÃO DA VIDA ETERNA QUE MERECE. Disto, tenho – TENHAMOS – a certeza como eu escrever e vós lerdes !
Tenho pena de não poder continuar estas singelas reflexões. Mas o jornal tem as suas normas!... Que ainda na nossa vida, possamos ter e sentir as mesmas ALEGRIAS DESTA FESTA MEMORÁVEL!!!

Colaboração do Dr. José Alfredo Almeida. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Dezembro de 2011.