Nos antigos quintais durienses, na Régua e em redor da Régua, era costume, que se vai sumindo, cultivar em cima de uma parede ou à de um poço, em vasos e caixotes, algumas plantas ornamentais – principalmente os odoríficos e elegantes cravos do mês de Junho. Estes cravos, a que chamam patifes em alguns lugares, perderam em jardins de luxo, com esmeros de cultura, tanto a elegância como o aroma. Foi pena…
Qualquer vaso servia, e ainda serve, para cultivar patifes e outras flores rurais. Um bacio fora de uso ou um balde já enferrujado aristocratizavam-se, no tempo, com o desabrochar de cores e rescendências. Negavam a origem plebeia. Eram uns fidalgos…
Mas, à parte bacios e caldeiros, muito se usavam, para esses cultivos, as barricas vazias de sardinha, provenientes de Ovar.
E vem daí, senhores, o chamarem-se vareiros os pequenos jardins que ainda enfeitam, na Régua e arredores, se não em todo o Douro, os poços e paredes dos quintais antigos.
- Clique nas imagens acima para ampliar. “Nótula Vareira” de João de Araújo Correia in Palavras Fora da Boca - Edição da Imprensa do Douro (1972)-Peso da Régua. Transcrição do Dr. José Alfredo Almeida para "Escritos do Douro" em Maio de 2011.
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