segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A Vila da Régua em 1916

Aqui está retratada uma vila da Régua de um passado recente - ano de 1916- que faz ter saudades...!

Nesse tempo, a vila era uma urbe importante e a grandiosa como escreveu Júlio Vilela, na revista ilustração Portuguesa, que destacava a boa qualidade de vida para os seus habitantes, ao referir que tinha: "um caminho de ferro com um movimento espantoso (... ) pode ufanar-se de possuir água canalizada; iluminação eléctrica esplêndida; um bom hospital; uma Associação de Bombeiros Voluntários que é modelar, um edifício camarário (...), um asilo para velhos e, prestes, a inaugurar o "Asilo José Vasques Osório", para a infância dos dois sexos, obra verdadeiramente grandiosa".
Passado quase um século a Régua perdeu quase tudo. Se há água e luz em abundância, já lhe falta um hospital e os comboios na velha estação perderam movimento e a importância de um transporte moderno e rápido. O edifico camarário foi reabilitado e está mais funcional aos seus munícipes. O Asilo José Vasques Osório, agora nas mãos da Santa Casa da Misericórdia, continua a ser uma generosa casa de solidariedade para crianças desprotegidas. E, finalmente, a Associação dos Bombeiros Voluntários... continua sempre modelar. Um exemplo de força invencível para a população reguense que serve com magníficos bombeiros. Com os 130 anos de existência, encontra-se a requalificar todo o interior do belo quartel, desenhado pela mãos do prestigiado Arquitecto Oliveira Ferreira, com obras de beneficiação de vulto e prepara-se para realizar, em finais de Outubro de 2011, com com toda a pompa e circunstância, o 41º Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses.
-  Colaboração de J. A. Almeida* para "Escritos do Douro" em Janeiro de 2011. Clique nas imagens acima para ampliar.

2 comentários:

M. Nogueira Borges disse...

PARABÉNS E OBRIGADO J. ALMEIDA PELO SEU TRABALHO DE PESQUISA E O BEM ESCRITO DOS SEUS ARTIGOS.

Anónimo disse...

Ola N. Borges

Obrigado pelo seu sincero elogio, mas sei que que não faço nada de mais. Acredite, que é verdade! É apenas uma paixão pela coisas da minha terra.Procuro no seu passado mais que as memórias de interesse histórico.Quero antes compreender as mudanças que se registaram ao longo do tempo na urbe reguense.
Depois, a minha passagem pelo direcção da Associação de Bombeiros da Régua fez-me estimular esta necessidade de cidadania activa, procurando fazer um pouco melhor pelo bem comum, que tento alcançar em cada meu pequeno passo. Como o escritor João de Araújo Correia encontrou no seu tempo, os bombeiros são a tal força invencível que resiste ao tempo, com a sua mensagem de solidariedade e humanismo na sociedade reguense.

Os seus escritos, que ficam guardados neste blogue, também são parte do que acabo de dizer, reflectem uma identidade do ser duriense,na qual me orgulho de ter raízes raízes profundas.Como se fosse uma videira antiga...!

Deixe-me dizer-lhe. que este seu estimulo vale muito para mim.
Um abraço de amizade

Sempre ao dispor
José Alfredo Almeida