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terça-feira, 24 de junho de 2008

Tédio de Verão

(Imagem original daqui)
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Por Mário Mendes
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O tempo arrasta-se,
lento, pesado, sufucante,
na modorra dos dias iguais.
O calor sufoca.
Na rua, magotes
em loucura coletiva,
"fazem" férias.
Não fazem mais nada.
Com tanto calor
nem férias deviam fazer
(ou fariam férias
só depois das férias).
O Verão é de consumo obrigatório,
como são os casamentos no Verão.
Como o regresso dos emigrantes,
as estradas apinhadas,
as mulheres bronzeadas,
as praias super lotadas,
as festas, as romarias,
as procissões,
os sorteios, as rifas,
as camionetas de melões,
o fogo de artifício,
o mau cheiro e os encontrões.
Fujo,
através do meu copo de cerveja
que, previsivelmente,
deveria estar gelada.
Só,
bebo no extremo da esplanada.
O ruído é ensurdecedor.
Há silêncios que deseperam...
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Título: A pena, que apenas...
Autoria: Mário Mendes
Edição: Garça Editores, Lda. e Mário Mendes
Copyright 2003 Garça Editores, Lda.
Rua dos Camilos, 201 3o. Esq. - Peso da Régua