A Câmara do Peso da Régua anunciou hoje o registo oficial da marca "Rebuçados da Régua", concluindo um processo que vem reconhecer um "produto único" que leva o nome da cidade duriense a todo o país.
Para que os doces "não sejam roubados" à Régua, a autarquia avançou com o processo de registo da marca considerando ser "fundamental para a fidelização dos clientes e, por conseguinte, um contributo importante para a consolidação do produto".
O presidente da Câmara da Régua, Nuno Gonçalves, já afirmou que os rebuçados são "um produto que faz parte da cidade, das suas tradições e que a identifica".
Paralelamente a este processo, o município homenageou no Dia Internacional da Mulher as doze rebuçadeiras que atualmente exercem a atividade.
Primeiro no comboio, por onde muitos chegavam e partiam, agora também junto aos barcos, que a partir da primavera trazem milhares de turistas ao Douro. É por aqui que estas mulheres se espalham, carregando no braço os cestos de vime onde trazem os sacos de nove rebuçados que vendem a um euro.
Durante o dia estas mulheres calcorreiam a Régua. À noite confecionam os doces. A receita é simples: basta açúcar, mel, limão e manteiga. Mas o segredo que lhes dá o "verdadeiro sabor" é algo que recusam partilhar.
Estes doces começaram por ser vendidos nas festas e romarias. Não se sabe ao certo qual foi a sua origem ou há quanto tempo surgiram os rebuçados.
Segundo as vendedoras, já é um negócio "muito antigo". Sabe-se que se evidenciaram a partir da década de 30 do século XX e sabe-se também que muitas mulheres criaram os seus filhos a vender estes doces.
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