Manuel da Rocha Macedo, ilustre reguense, grande empresário do ramo do turismo, benemérito dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua (e de outras instituições locais), faleceu no dia 5 de Julho de 2010, no Rio de Janeiro, no Brasil, onde residia vítima de complicações cardíacas e pulmonares.
Nasceu em no dia 9 de Abril de 1921, na freguesia de Godim, em Peso da Régua. Tinha 79 anos de idade e encontrava-se viúvo da senhora D. Rita Macedo há alguns anos.
Manuel da Rocha Macedo foi muito novo para o Brasil (aos vinte anos de idade) chamado pelo seu tio Comendador Joaquim de Macedo, grande empresário do ramo hoteleiro, vindo a dirigir o hotel de luxo Novo Mundo. Algum tempo depois o seu tio cedeu-lhe uma parte da quota como recompensa do serviço que vinha prestando.
Após o falecimento do tio e havendo muitos herdeiros já que o Comendador Joaquim de Macedo era solteiro, foi decidida a venda do hotel a um grupo espanhol, decidindo aplicar o capital recebido no benefício dos bens herdados de seu pai em Godim, construindo a vivenda Macedo e posteriormente o Edifício Macedo, situado na Av. Sacadura Cabral, na freguesia de Godim, em Peso da Régua.
Foi um bom benemérito junto das pessoas e das instituições, elegendo de preferência os Bombeiros da Régua, a Igreja de Godim e a Casa do Povo de Godim.
Deu um bom donativo à Igreja no tempo do Sr. Padre Pinto de Carvalho que em agradecimento lhe deu o nome de uma sala paroquial.
A sua esposa, D. Rita foi a madrinha de uma ambulância dos bombeiros da Régua, na década de 80, num gesto simpático do então Comandante Sr. Carlos Cardoso, que mantinha com o casal um boa amizade todos os anos e o visitavam quando vinha a Portugal passar cerca de seis meses no Verão.
Como documenta a fotografia, os bombeiros da Régua ficaram para sempre reconhecidos ao gesto de Manuel da Rocha Macedo. O seu nome será lembrado pela actual Direcção e Comando com uma singela cerimónia a anunciar em sua memória.
Era conhecido das pessoas suas amigas que passava meio ano em Portugal, de Maio e Outubro, passando o restante tempo no Rio de Janeiro.
A noticia sua morte foi uma surpresa para os seus familiares e todos os reguenses que o aguardavam na Capital de Douro para mais umas suas férias de verão. Sabe-se que tinha as malas prontas para vir a Portugal com o objectivo de solucionar assuntos que, por motivos de saúde não poderá resolver na sua última permanência.
Este generoso homem é uma das pessoas que vai fazer muita falta a alguns nossos conterrâneos.
O seu funeral realizou- se em Jacarepaguá, no Brasil, onde residia. Que Deus o tenha em sua Paz Eterna…bem merecida pelo Bem que fez na Terra!
- Texto de José Alfredo Almeida, Peso da Régua, Julho de 2010.
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