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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Recortes...

Em PESO DA RÉGUA
Clique nas imagens para ampliar. Imagens de autoria de J. L. Gabão e editadas para este blogue. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Julho de 2013. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. Só é permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Familiaridade

O principal motivo (mas não o único) para se visitar a exposição da colecção de catorze retratos pertencentes à Misericórdia da Régua que está patente no Museu do Douro é, do meu ponto de vista, o retrato de Pedro Verdial, assinado por Afonso Soares e datado de 1905. O retrato é tão impressionante (é esse o termo) que foi escolhido pelo Museu como imagem de marca da exposição.

Afonso Soares (1852-1939) foi um jornalista, homem de letras, comandante dos bombeiros da Régua e artista amador. Todos os retratos assinados por ele são singulares mas o de Pedro Verdial, um benemérito reguense de origem galega, destaca-se pela inquietação que provoca em quem o observa.

O homem era muito feio para os critérios nossos contemporâneos, e mesmo para os da sua época. Afonso Soares não tentou torná-lo mais bonito, mas tão pouco o dotou da chamada profundidade psicológica com nos habituámos a apreciar os retratos modernos: nos olhos de Pedro Verdial, na rigidez da sua pose, na maneira como emerge do fundo do quadro com uma espécie de rigor e pallor mortis, vemos alguém que é familiar mas que, apesar dessa familiaridade, nos é profundamente alheio. Estamos perante uma pintura opaca, fechada sobre os seus próprios meios e limitações, que não permite, devido à sua inquietante familiaridade, que experimentemos qualquer empatia. Este quadro não “dialoga” connosco.

Para que se perceba melhor a nossa inquietação, sugiro que se compare esta pintura com o retrato das crianças Hüsenbeck (de que se reproduz aqui um pormenor), executado cem anos antes pelo pintor alemão Otto Runge, e com uma fotografia de Loretta Lux, feita cem anos depois. Tanto as crianças de Runge e Lux como o velho Verdial são familiares e estranhos. Olha-se-lhes para os olhos, o famoso “espelho da alma”, e não se vê lá nada excepto, talvez, o abismo branco que por vezes existe dentro da nossa.
-  Paulo Varela Gomes, 10 de Fevereiro de 2013

OS RETRATOS DE AFONSO SOARES NO MUSEU DO DOURO
Graças à amabilidade de José Alfredo Almeida, tive acesso ao trabalho académico sobre a coleção da Misericórdia da Régua exposta no Museu do Douro, escrito por João Filipe Tomé Duarte e orientado pelo professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Agostinho Araújo (2011). As informações de que disponho sobre essa coleção provêm deste trabalho.
Estão identificados três autores do conjunto de retratos de benfeitores do Hospital D. Luís I e da Santa Casa da Misericórdia da Régua expostos no Museu do Douro: Francisco José Resende, Marques de Oliveira e Afonso Soares. Dos três, só este último era auto-didacta, não tendo, ao que parece, beneficiado de uma educação artística formal.

Todavia, quando olhamos para os retratos, não há qualquer dúvida de que aquele que tem sobre nós maior impacte foi pintado por Afonso Soares: refiro-me ao retrato do benemérito galego Pedro Verdial, datado de 1905. Aliás, o Museu do Douro escolheu esta obra, e não qualquer uma das outras, para anunciar a exposição na Internet.

Por mim, atrever-me-ia a dizer que o retrato de Pedro Verdial, apesar da inabilidade técnica que também o caracteriza (a modulação excessivamente dura dos relevos da roupa, por exemplo), é um dos retratos mais dignos de atenção da pintura portuguesa de entre o século XIX e os nossos dias. Acresce que quase todos os outros retratos da coleção pintados por Soares me parecem mais fortes pictoricamente que os que foram executados pelos outros artistas.

Neste artigo vou procurar enumerar algumas razões para este paradoxo: o pintor menos preparado academicamente é aquele que, em minha opinião, fez retratos mais interessantes (remeto também para o meu pequeno artigo sobre o assunto no Público de 9 de Fevereiro último).

O retrato de Pedro Verdial impressiona-nos antes de mais porque, de entre todos os retratados da coleção, é certamente aquele que tem um rosto e uma cabeça mais característicos. Afonso Soares acentuou com grande talento os traços do seu modelo, a calvície, o nariz, as rugas, as suíças grisalhas, compondo uma figura para a qual nos sentimos compelidos a olhar: eis um rosto que não é nada banal ou desinteressante. Eis um rosto que não pode passar despercebido.

Claro que não é somente aos traços físicos do modelo que se deve o impacte do retrato: o pintor podia ter suavizado esses traços, dotando o quadro de dispositivos de dialogo com o observador, como aliás fez noutros retratos seus da coleção, seja colocando o rosto a três quartos, seja pintando uma mão apoiada no rosto, seja, enfim, colocando um sorriso no rosto do seu modelo.

Mas não foi isso que Soares escolheu fazer. Repare-se que em todos os seus retratos se verifica a mesma rigidez da pose e não-transparência do olhar. Como escreve Tomé Duarte, Afonso Soares “descura a execução do retrato psicológico dos personagens”. No retrato de Pedro Verdial a rigidez é de tal modo acentuada que se torna hierática: há uma imobilidade da pose e do olhar que é tão poderosa como a severidade dos traços fisionómicos.

Mas são precisamente estas características que tornam os retratos de Soares tão interessantes.

José Alfredo Almeida enviou-me uma fotografia de um rosto de Cristo pintado por Afonso Soares. Sem ter disso a certeza, penso que se trata de um estudo ou cópia a partir de uma pintura do século XVIII, provavelmente espanhola, mas invoco aqui esse quadro porque não vejo nele qualquer inabilidade técnica. Pelo contrário, trata-se de uma pequena obra que demonstra que Afonso Soares era capaz de pintar como pintavam os artistas académicos.
Nestas circunstâncias, torna-se ainda mais pertinente averiguar porque não pintou assim os seus retratos.

Uma primeira pista poderá residir no facto de terem sido executados a partir de fotografias (como, aliás, todos os retratos da coleção, segundo Tomé Duarte). A fotografia é inerte. Está ali, à frente do pintor, sem respirar, sem trocar duas palavras, sem sorrir... ou sem deixar de sorrir. É normal que resulte em retratos menos ricos em sugestão.

Regresso adiante ao problema da fotografia mas adianto desde já que esta explicação não me parece totalmente convincente. Não creio que a rigidez dos retratos pintados por Afonso Soares resulte por inteiro do facto de se terem baseado em fotografias. Afinal de contas, também o foram os retratos de outros pintores na coleção, que são muito mais “naturalistas” que os de Soares.

Proponho dois conceitos para podermos pensar este problema: o conceito cristão de ícone e o conceito hindu de darshan.

Podemos relacionar entre si estes conceitos (como alguns estudiosos nos ensinaram). O ícone, criado pelo cristianismo oriental há mais de mil e quinhentos anos a partir de precedentes romanos e orientais, e ainda dominante no culto das igrejas Ortodoxas, é uma imagem de Cristo, de Nossa Senhora ou de Santos, que se caracteriza, como se sabe, pela sua frontalidade, rigidez, olhar fixo e inexpressivo. O conceito hindu de darshan, por seu lado, dá conta do exercício espiritual praticado pelo devoto que consiste em olhar longamente uma imagem sagrada que, não tendo qualquer expressão que suscite empatia, permite, por isso mesmo, que o devoto se “perca” na contemplação.

Como se percebe, é precisamente porque o ícone cristão ou a imagem sagrada hindu não “dialogam” com o observador que este pode ficar como que hipnotizado por elas, mergulhando no darshan que caracteriza a sua força espiritual.

Neste momento, poderão estar os leitores a dizer para si mesmos que não tem qualquer cabimento ou lógica invocar estes conceitos e precedentes a propósito de um retratista amador de Peso da Régua na primeira metade do século XX.

Mas, agradecendo antecipadamente a paciência do leitor, peço-lhe que regressemos então à fotografia.

Quando apareceu no início do século XIX, e até à sua democratização tecnológica e económica, a fotografia revalidou o conceito de ícone. De facto, a fotografia exercia um efeito-darshan, deslumbrando o olhar indefeso do observador através da crença, como que sagrada, de que em cada imagem fotográfica há um vestígio verdadeiro da realidade, incluindo da realidade que já passou. Como se sabe, certos povos ditos “primitivos”tinham um verdadeiro pavor da fotografia porque acreditavam que esta lhes capturava o espírito e podia fazer regressar os mortos, mas até as pessoas mais “civilizadas”que, no século XIX, lidavam com a fotografia começaram por olhar para as imagens de uma maneira pouco utilitária, quase mística. Os homens e mulheres que posavam para a fotografia nessa época tinham consciência da operação “mágica” em que estavam envolvidos: a sua verdade ia ser transposta para uma película foto-sensível. Até há relativamente pouco tempo, como demonstraram alguns trabalhos de antropólogos, os indianos das classes populares faziam rodear o acto de tirar um retrato de inúmeras precauções: o olhar tinha que ser frontal, as mãos tinham que ficar à vista, a roupa devia ser de cerimónia, etc. Basta conhecer-se superficialmente o retratismo fotográfico ocidental do século XIX para nos apercebermos que as coisas também se passavam assim nestas partes do mundo.

Ou seja: Afonso Soares, como todos os outros pintores, trabalhou com retratos-darshan e retratos-ícone, mas só ele permitiu que essas características passassem para a sua pintura, ao contrario dos seus colegas que procuravam impedir os seus quadros de se parecerem com fotografias. Sendo mais “inábil”, Afonso Soares foi afinal mais moderno.

Recorde-se que os modernistas admiravam as artes primitivas, mas também que o naturalismo e o realismo não foram as únicas correntes da pintura do século XIX e do início do século XX. No quadro da pintura religiosa manifestava-se frequentemente a tendência para recorrer a modelos “primitivos” (a pintura do século XV e até os ícones bizantinos). Estes pintores acreditavam que só esses modelos podiam suscitar a verdadeira devoção dos crentes, justamente porque não eram “realistas”.

No pequeno artigo que escrevi para o Público, referi a propósito de Afonso Soares um retrato de crianças executado pelo pintor alemão Otto Runge (1777-1810). É muito interessante o contraste que existe na obra de Runge entre os retratos de adultos, que são absolutamente “normais”, quer dizer, são retratos psicológicos à maneira moderna, e os retratos de crianças, nas quais Runge detectou de maneira particularmente incisiva a inexpressividade bruta que estas por vezes apresentam, o seu alheamento interior. Runge contesta a representação das crianças como pequenos anjos, então vulgar, e apresenta-as enquanto verdadeiros alienígenas, seres estranhos, para os quais não havia convenções de representação. Esta inquietante familiaridade é precisamente aquela que, creio eu, transparece nos retratos de Afonso Soares.

Procurei neste artigo pensar a pintura de Afonso Soares fora da antinomia académico-amador que se torna uma verdadeira armadilha se nos impedir de olhar para os retratos de uma maneira ao mesmo tempo histórica, situada na sua época, e trans-histórica, quer dizer, atravessando toda a história das artes. E sobretudo se nos impedir de desfrutar da inquietação que os singulares retratos de Soares provocam em nós.

Clique nas imagens para ampliar. Textos de Paulo Varela Gomes publicados com autorização do autor. Sugestão de texto e imagens do Dr. José Alfredo Almeida (JASA). Também publicado no jornal semanário "O Arrais", edição de 20 de Fevereiro de 2013.. Edição de imagens e texto de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Fevereiro de 2013.Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. É permitido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue desde que mencionados a origem/autores/créditos.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Recortes - Museu do Douro inaugura exposição de retratos antigos

Régua - O Museu do Douro (MD) inaugura sexta-feira, na Régua, uma exposição de 13 retratos, que estavam degradados e esquecidos numa cave, numa altura em que vive numa situação difícil devido à indefinição quanto à extinção.

O Governo anunciou em Setembro a intenção de extinguir a Fundação Museu do Douro. Entretanto na região, a expectativa é que a fundação não seja efectivamente extinta, mas, enquanto não for conhecida a decisão final, mantém-se a ansiedade.

“Estamos à espera e estamos um pouco sufocados. O grande problema é que a lei não nos autoriza a receber dotações dos municípios ou do Governo”, afirmou hoje à agência Lusa o director do MD, Fernando Seara.

O responsável referiu que a unidade museológica está, neste momento, “bloqueada em termos financeiros”.

“Porque o Orçamento do Estado, assim como a lei do projecto de extinção do museu tem um artigo que inibe as autarquias, nossas fundadoras, de cumprirem com a dotação”, acrescentou.

Foi com recurso aos meios próprios do MD que foi organizada a exposição ‘Santa Casa da Misericórdia – Colecção de Retratos’, que é inaugurada sexta-feira, na sede da unidade museológica.

Os 13 quadros retractam figuras, desde o rei D. Luís I, D. Antónia Adelaide Ferreira a pessoas desconhecidas, que foram beneméritas e contribuíram para a construção e manutenção do Hospital D. Luíz I.

“Retratá-las foi também uma forma de as homenagear como benfeitoras do hospital”, explicou Fernando Seara.

As obras de arte ficaram como que esquecidos na cave das antigas instalações da Santa Casa da Misericórdia da Régua. Mais tarde foram encontradas já em estado de degradação e algumas até com rasgões profundos.

O MD e a Misericórdia juntaram-se para preservar este património, num trabalho de restauro e de investigação que durou um ano.

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Também na sexta-feira é inaugurada a exposição de 100 fotografias ‘O Douro de Georges Dussaud’, um fotógrafo francês que retratou a região duriense dos anos 80.

A mostra já esteve em Lamego, mas agora, na Régua, tem como novidade mais fotografias que o autor tirou, já em 2012 e nos mesmos locais, mas 30 anos depois.

A partir de sexta-feira é também possível ver de novo a exposição temporária “Imagens do vinho do Porto: Rótulos e Cartazes” e que alerta para a importância da embalagem, marca e cartaz do vinho do Porto,

Outra novidade é a inauguração de um marco dos Correios, dos tradicionais vermelhos, dentro das instalações do MD, uma iniciativa que pretende incentivar a tradição e que o director considera que estava a cair em esquecimento, de mandar um postal.
- Recorte da net - In "Noticias ao Minuto"

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Exposição "Obra Gráfica" - Armanda Passos no Museu do Douro [22 SET - 16H00]

Armanda Passos nasceu em 1944, no Peso da Régua. Licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Expõe desde 1976.
Foi professora de Tecnologia da Serigrafia no Centro de Reabilitação Vocacional da Granja, monitora de Tecnologia da Gravura na ESBAP (1977-1979) e membro do grupo "Série" Artistas Impressores.
Ao longo da sua carreira, Armanda Passos tem alcançado importantes distinções, tais como o 2º Prémio do Ministério da Cultura na Exposição "Homenagem dos artistas portugueses a Almada Negreiros", Lisboa, 1984, a Menção Honrosa no "VIII Salão de Outono - Paisagem portuguesa", Galeria do Casino de Estoril, 1987, a Menção Honrosa no "III Prémio Dibujo Artístico J. Pérez Villaamil", Museu Municipal Bello Piñeiro, Ferrol, Corunha, 1990 e o Prix Octogne, Charleville (Mezières, França), 1997.
Armanda Passos representou Portugal em vários certames internacionais, por exemplo em Heidelberg, na V Biennal of European Graphic Art (1988); na Polónia, na Exposition Internationale de la Gravure – "Intergrafia 91", no Pawilon Wystawowy Bwa, Katowice; e, em 1992, no Centre de la Gravure et de l’Image Imprimée, La Louvière, na Bélgica.
Tem participado em inúmeras exposições nacionais e internacionais e vários dos seus trabalhos integram coleções de prestigiadas instituições públicas como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Oriente, a Fundação de Serralves, o Ministério da Cultura, o Museu da FBAUP ou a Reitoria da U.Porto e relevantes coleções privadas.
Intensa e complexa, a sua obra tem suscitado reflexões e textos produzidos não apenas por críticos da especialidade, mas também por escritores de várias sensibilidades, artistas e até historiadores. Entre os muitos intelectuais que se debruçaram sobre o seu trabalho podem citar-se Fernando Pernes, Mário Cláudio, José Saramago, Vasco Graça Moura, Urbano Tavares Rodrigues, Eduardo Prado Coelho, António Alçada Baptista, David Mourão-Ferreira, Armando Silva Carvalho, José-Augusto Seabra, Lídia Jorge, Luis de Moura Sobral, Raquel Henriques da Silva e José Augusto-França.
Uma das facetas mais apreciadas da sua obra é a que consiste na dedicação votada à ilustração de livros, entre os quais "Histórias dos Pés à Cabeça", de Vergílio Alberto Vieira (1989), "Meio Conto", de Jorge Listopad (1993), "A Zaragata", de Émile Zola (1994) e "A Corte na Aldeia", de Arsénio Mota (1996).
A artista vive e trabalha no Porto, na casa-atelier projetada pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2012)

Helena Freitas
Gabinete de Apoio à Direção
FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Museu do Douro - Prémio Museu Europeu do Ano 2011 | Menção Especial do EMYA
Rua Marquês de Pombal | 5050-282 Peso da Régua | Portugal | www.museudodouro.pt |pt-br.facebook.com/museudodouro

Clique nas imagens para ampliar. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Setembro de 2012. Permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue sómente com a citação da origem/autores/créditos.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Viagem ao Douro por Joaquim Lopes - Exposição

CONVITE
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Teatro Ribeiro Conceição - Largo de Camões, 5100-211 - Lamego
= De 4 a 30 de Setembro de 2012 =
Tel: +351 254 600 070; Telem: +351 962 116 119
Natália Fauvrelle - Coordenadora dos Serviços de Museologia
Museu do Douro - Rua Marquês de Pombal, s/n - 5050 - 282 Peso da Régua
Telefone: +351.254.310.190 (geral); +351.254.310.195 (directo); Fax: +351.254.310.199GSM: +351 919.851.959

terça-feira, 7 de agosto de 2012

6ª Bienal Internacional de Gravura | DOURO 2012 [10 AGO-30 SET]

CONVITE
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Helena Freitas
Gabinete de Apoio à Direção
FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Museu do Douro - Prémio Museu Europeu do Ano 2011 | Menção Especial do EMYA
Telefone: + 351 254 310 190 [Geral] + 351 254 310 198 [Directo] | Fax: + 351 254 310 199 
Rua Marquês de Pombal | 5050-282 Peso da Régua | Portugal  
07-08-2012 17:13 | Norte
Bienal de Gravura do Douro arranca sexta-feira com 650 obras de 325 artistas
A Bienal Internacional de Gravura do Douro arranca na sexta-feira e contabiliza este ano 12 exposições, distribuídas por Bragança, Alijó ou Régua, e 650 obras da autoria de 325 artistas, anunciou a organização.
Organizada pelo Núcleo de Gravura de Alijó, a bienal conta com o apoio da Câmara de Alijó e prolonga-se até 30 de setembro.
Em exposição estarão obras de artistas de 63 países, com destaque para David de Almeida, Rafael Trelles, Fernando Santiago, Daniel Hompesch ou Silvestre Pestana.
O diretor e curador da Bienal de Gravura, Nuno Canelas, destacou como novidade desta 6.ª edição a presença da iniciativa no espaço virtual, nomeadamente no Second Life, onde o evento estará representado e pretende expandir a sua ação.
A componente digital e virtual é aliás, um dos objetivos futuros deste evento.
"É uma forma de projetar a arte sem que esta tenha que se subjugar às leis do mercado físico da arte", afirmou Nuno Canelas.
Para o presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, esta Bienal é já "uma referência artística que ultrapassa as barreiras do Douro" e a "maior manifestação cultural e artística da região".
Este ano juntou-se o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança., aos já habituais locais como Vila Real (Teatro Municipal), Régua (Museu do Douro), Foz Côa (Museu do Côa), Favaios (Museu do Pão e do Vinho), Quinta do Portal (Sabrosa) e Alijó (biblioteca, auditório, piscinas municipais e espaço urbano).
Artur Cascarejo considerou que o evento é hoje um "lufar de ar fresco do que se faz na região e no país".
Depois do tributo a Paula Rego na Bienal de 2007 e a Antoni Tàpies (recentemente falecido), o Museu do Douro, na Régua, acolhe agora a exposição -"Homenagem a David de Almeida", com cerca de 30 peças deste mestre da arte contemporânea.
Ao longo das últimas edições, a Bienal de Gravura do Douro tem permitido acumular um vasto património artístico de gravura, que poderá no futuro, segundo Artur Cascarejo, culminar com a construção de um Museu de Gravura Contemporânea.
"Queremos que a cultura seja uma alavanca do ponto de vista social e económico para a região e queremos que o Douro seja também um destino turístico cultural", afirmou o autarca.
- Fonte "PORTO Canal"

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Retalhos da net - II Encontro de Museus do Douro


O Museu do Douro promove no próximo dia 9 de julho um encontro para os profissionais dos museus e da cultura da região do Douro.

O objetivo desta tarde de trabalho é apresentar publicamente o projeto de bases de dados que o Museu tem desenvolvido através de uma plataforma onde se conjugam as áreas da museologia, das bibliotecas e dos arquivos. Esta ferramenta, a disponibilizar no site do Museu, poderá ser partilhada e enriquecida com o contributo de todos, aproximando assim as instituições que operam num território tão vasto.

Fica desde já o convite à V. participação.
Com os melhores cumprimentos,
- Natália Fauvrelle
Coordenadora dos Serviços de Museologia
Museu do Douro - Rua Marquês de Pombal, s/n, 5050 - 282 Peso da Régua
Telefones: +351.254.310.190 (geral) +351.254.310.195 (directo)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Recortes: Régua, antes... Régua, depois...

Clique na imagem para ampliar. Imagem original também publicada no jornal semanário "O Arrais". Sugestão de JASA (José Alfredo Almeida) para este blogue. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Abril de 2012. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. Todos os direitos reservados. Só permitida a cópia, reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos.
MOMENTOS DO DOURO
Cenários do PINHÃO

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Museu do Douro - Exposição "As Pontes do Rio Douro"

 Museu do Douro [18 abril - 17 horas]
Convite
Helena Freitas
Gabinete de Comunicação

FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Museu do Douro - Prémio Museu Europeu do Ano 2011 | Menção Especial do EMYA
Telefone: + 351 254 310 190 [Geral] + 351 254 310 198 [Directo] | Fax: + 351 254 310 199 | E-mail: helena.freitas@museudodouro.pt
Rua Marquês de Pombal | 5050-282 Peso da Régua | Portugal | www.museudodouro.pt | Facebook
(clique nas imagens acima para ampliar)

Nota - (Lusa) -- O Museu do Douro inaugura, na quarta-feira, 18 de Abril, no Peso da Régua, a exposição "Pontes do Rio Douro" que retrata 18 obras de arte ainda em atividade e que foram construídas ao longo de dois séculos.
Esta exposição, que assinala o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios - Do Património Mundial ao Património Local: proteger e gerir a mudança, estará patente até 17 de junho.
A mostra irá percorrer a Região Demarcada do Douro a partir de 2013. (Fontes Visão e pportodosmuseus)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Recortes: Régua, antes... Régua, depois...

Clique na imagem para ampliar. Imagem original também publicada no jornal semanário "O Arrais". Sugestão de JASA (Dr. José Alfredo Almeida) para este blogue. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Março 2012. Este artigo pertence ao blogue Escritos do Douro. Todos os direitos reservados. É proibido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue sem a citação da origem/autores/créditos.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Entre Margens: o Douro em Imagens


O Douro une Lamego, Mirandela, Peso da Régua, Porto, Santa Marta de Penaguião e Vila Real através da Fotografia em Espaço Público.
Entre Margens é um projecto que intervém nos centros históricos de 6 cidades da Região do Douro através de exposições de fotografia e espectáculos.

Entidade promotora: Fundação Museu do Douro
Direcção Artística: Procur.arte

Parceiros:
Câmara Municipal de Lamego
Câmara Municipal de Mirandela
Câmara Municipal de Peso da Régua
Câmara Municipal do Porto
Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião  
Câmara Municipal de Vila Real

Na expectativa de poder contar com a V. presença segue o programa do mês de Setembro.
Com os melhores cumprimentos.

Helena Freitas
Gabinete de Comunicação

FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Museu do Douro - Prémio Museu Europeu do Ano 2011 | Menção Especial do EMYA
Rua Marquês de Pombal | 5050-282 Peso da Régua | Portugal | www.museudodouro.pt | Facebook
Programação para Setembro 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

MUSEU DO DOURO - DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS - 18 MAIO 2011

Transcrição:
MUSEU DO DOURO
DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
18 MAIO 2011
Tema: Museus e Memória
Entrada Gratuita.

Sendo o Museu do Douro pela sua natureza de museu de território um local por excelência de acolhimento e representação da memória, cultura e identidade da região vinhateira - Douro Patri-mónio da Humanidade, revela-se, assim, de grande oportunidade o mote das comemorações do Dia Internacional dos Museus 2011 - “Museus e Memória”, integrando no seu programa activi-dades associadas a esta temática.

O Serviço Educativo do Museu, com o intuito de assinalar esta data especial, organizou um conjunto de Oficinas que decorrerão na parte da manhã e da tarde (10h00-12h00/ 14h30-16h30). O foco das Oficinas da Camuflagem, do Corpo e dos Espelhos é o próprio indivíduo (criança, jovem, adulto) e os modos como este se vê, se relaciona consigo, com os outros e com os lugares onde vive. Através da manipulação da imagem em espelhos, na reflexão sobre modos de representação do corpo e dos lugares, na procura de movimentos, planos, pensamentos, sons, enqua-dramentos que possam contribuir para questionar (alterar?) generalidades mais folclóricas ou superficiais que marcam este território.

Para além desta actividade, irá ser realizada a apresentação pública da Rede de Bibliotecas de Peso da Régua e da qual o Museu do Douro é parceiro institucional, através do Centro de Documentação, que constitui um espaço privilegiado que gere o acesso a fontes de informação nacionais e estrangeiras, que importa preservar e valorizar, para poder vir a ser fruído pelas gerações futuras.

Serão também expostos os trabalhos dos alunos das Escolas Camilo Castelo Branco, de Vila Real e Latino Coelho, de Lamego, resultantes do desafio lançado pela Tertúlia de João Araújo Correia, sob o tema “As árvores na obra de Araújo Correia”, que constitui no fundo, um alerta para a atenta e contínua preservação do património natural e cultural, que é de todos. O título da exposição que ira inaugurar é “A Doçura das Manchas Verdes – João de Araújo Correia”.

E o programa deste dia especial, termina com a inauguração da Exposição de Fotografia “A Rota do Vinho do Porto”, da autoria de José Miguel Ferreira, e apresentação do livro com o mesmo nome, com o prefácio de Gaspar Martins Pereira e poemas de A.M. Pires Cabral. O autor destas fotografias, que fazem parte deste belíssimo trabalho, propõe-nos um percurso por um território marcado pela beleza das paisagens, onde os vales encravados descem para o Douro marcados pelos socalcos da vinha, ora em registos de viagem e descoberta da memória da terra do vinho, que o rio Douro liga directamente ao Porto e aos armazéns de Gaia, ora na busca de formas, jogos de luz e de sombra que animam as ruas da cidade do Porto e Gaia, ou os rabelos parados no rio. O olhar do fotografo segue os vários caminhos que os sentidos lhe transportam, irredutíveis ao tempo, e agora eternizados por sais de platina. A paisagem e a memória, são os lugares do possível… que nos prende e que nos sobressalta. E quando o sentir é assim muito, tudo se torna indizível. A dúvida surge como o elemento essencial na criação. Porque, acima de tudo, trata-se de “Fazer Arte como se faz Amor”. Estes elementos do real, captados pela sua objectiva, revelam a sua poesia simples e impressionante com a qualidade e a mestria dos proces-sos fotográficos que utiliza. Através da sua técnica, as suas fotografias assumem uma dimensão atemporal. Elas tornam-se imagens testemunhas de um passado e de um presente, procurando a identidade do lugar.

Portal do Museu do Douro - http://www.museudodouro.pt/

Restauro dos painéis da Casa do Douro

Exposição no Museu do Douro, Régua
José Miguel Ferreira // A Rota do Vinho do Porto
(Dê duplo click com o "rato/mouse" para ampliar e ler)
José Miguel Ferreira // A Rota do Vinho do Porto

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Relendo e Relembrando: Exposição «Dona Antónia Adelaide Ferreira»

(Clique na imagem para ampliar)

Transcrição:

Em 2011 completam-se duzentos anos sobre o nascimento de Dona Antónia Adelaide Ferreira, administradora da maior casa agrícola do Douro. O Museu do Douro, em Peso da Régua, assinala a efeméride com a exposição «Dona Antónia Adelaide Ferreira». Uma mostra que pretende dar a conhecer a vida e obra desta figura duriense.


Café Portugal | quarta-feira, 22 de Dezembro de 2010

O director do Museu do Douro, Maia Pinto, disse que a exposição de homenagem à «Ferreirinha da Régua» deverá ser inaugurada em meados do próximo ano e representa uma das principais iniciativas que esta estrutura museológica programou para 2011.

A mostra «Dona Antónia Adelaide Ferreira» pretende evocar a vida singular da mulher que administrou a maior casa agrícola do Douro.

A «Ferreirinha», como carinhosamente é recordada pelos durienses, nasceu a 4 de Julho de 1811, na Régua, e morreu em Março de 1896, na quinta das Nogueiras.

Maia Pinto referiu que vai ser uma exposição reflecte o papel, pouco comum, que uma «mulher empresária desempenhou no mundo machista e conservador do século XIX».

Dona Antónia adquiriu 23 quintas no Douro Vinhateiro, destacando-se nesta actividade pela luta que travou contra a filoxera, uma praga que, na segunda metade do século XIX, destruiu muitas vinhas durienses.

Após a praga, a empresária mandou replantar vinhas, pagou a construção de quilómetros de estradas e de caminhos-de-ferro e chegou a dar trabalho a mil operários.

Paralelamente aos negócios, a «Ferreirinha» destacou-se pela sua dimensão social, já que ajudou a construir os hospitais de Peso da Régua, Vila Real, Moncorvo e Lamego e ajudou ainda a Misericórdia do Porto.

Dois anos depois da sua morte, foi criada a Companhia Agrícola dos Vinhos do Porto, mais conhecida por «Casa Ferreirinha».

Maia Pinto salientou que Dona Antónia é ainda hoje «um símbolo da iniciativa, da perseverança e da luta individual em defesa de um bem colectivo, o Douro e a região vinhateira».

A exposição, que ocupará a ala central da sede do museu, no Peso da Régua, pretende ainda cativar novos públicos para o Douro e dar a conhecer esta «figura incontornável» da história da mais antiga região demarcada do mundo aos alunos e professores da região.

Na agenda do Museu do Douro para 2011, Maia Pinto destacou ainda o arranque da exposição de fotografia «Entre Margens», que terá direcção artística da Procur.arte, e se desenvolverá até 2013 em Mirandela, Lamego, Vila Real, Régua, Santa Marta de Penaguião e Porto.

Local: Museu do Douro, Peso da Régua
Link: Museu do Douro 

terça-feira, 17 de junho de 2008

O Contador de Histórias Dos Jardins Suspensos,

(Clique na imagem para ampliar. Imagem criada por Fernando Guichard e que consta da publicação "O Contador de Histórias Dos Jardins Suspensos" de autoria de José Braga-Amaral em primeira edição de 2004 da Associação dos Amigos do Museu do Douro.)
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Por José Braga Amaral
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Olá. Imagino que vos perguntais: Quem é ele? - quem sou eu - Pouco importa...Sou apenas um velho rio, nascido por entre as fragas da serra de Urbion. Alimento-me do tempo e adormeço por entre as brumas. Acorda-me, desde sempre, a respiração dos homens, que ora trabalham as encostas em que medito, ora me acariciam com os cascos dos barcos em que se transportam sobre a água de que é feita a minha pela. Sinto-os e conheço-os desde que o acaso ou a história os pôs de ferro em punho a abrir caminho pela pedra adentro, à procura de um berço para as cepas onde nascem as pérolas cultivadas nos chãos de xisto - as uvas.

Chamam-me Durius - o Mago. Mas prefiro ser um velho contador de histórias, que passou o tempo a ouvir e a observar os homens e as mulheres que fazem a história.

Que idade tens? - apetece-vos perguntar. Não tenho idade! E não têm conta as camadas de pele, que é como quem diz, as águas que por mim correram... Sei apenas que, até onde a memória me deixa recuar, vão mais de vinte séculos! São imensas as histórias - lendas ou verdades - que nos ajudam a viver desde a antiguidade até aos nossos dias.

Título: O Contador de Histórias dos Jardins Suspensos
Autoria: José Braga-Amaral
Ilustração, capa e desenhos: Fernando Guichard
Paginação e Design: Helena Lobo Design, Lda.
Rua dos Camilos – Edifício Casa do Douro, 4º Piso, 5050-272, Peso da Régua - Portugal
Tel.: 254 324 320; Fax: 254 324 321;