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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Um documento histórico dos Bombeiros Voluntários da Régua

CONGRESSO DO CINQUENTENÁRIO, CONGRESSO DA CONFIANÇA

Uma vez mais esta edição administrativa de Boletim é consagrada ao Congresso Nacional, tendo sido organizada em termos de servir prioritariamente como guia e instrumento de trabalho nas sessões dessa magna Assembleia dos Bombeiros Portugueses.

Para o efeito e como já vem sendo hábito, inclui os Relatórios dos órgãos centrais da L.B.P. e outros textos que deverão ser objecto de apreciação dos Congressistas bem como a documentação que deverá servir de base aos debates sobre as orientações que o Congresso entenda dever imprimir às actividades da Confederação, nomeadamente em relação aos próximos dois anos.

Ao transformá-lo em vademecum do Congressista, pretendemos facilitar e estimular a participação permanente de cada um na formação e manifestação da vontade de todos, formulamos, pois, o voto de que esta publicação uma vez mais sirva para que, segundo o aforisma clássica, «seja decidido por todo aquilo que a todos interessa», ou seja, o nosso futuro.

Enquanto Assembleia Geral do Cinquentenário, este XXIV Congresso, muito para além dos aspectos festivos de comemoração do passado e de justa homenagem aos obreiros deste cinquentenária e gloriosa caminhada, deverá surgir aos olhos de todos como verdadeira aposta dinâmica no amanhã. É no futuro que está a Vida. É no amanhã que estão os nossos olhos.

Orgulhosos, pois, do nosso passado, é para o futuro que abrimos de par em par as portas do Congresso, querendo que ele constitua mais um passo, decidido e firme, na marcha gloriosa da História dos Bombeiros de Portugal.

Há quatro anos, chamámos ao Congresso da Guarda o Congresso da Esperança. O do Estoril mereceu-nos o epíteto de Congresso da Determinação. E foram-no de facto. Sendo o do Futuro, bem desejaríamos que este XXIV Congresso pudesse ficar assinalado como o Congresso da Confiança.

Lançadas que estão as bases, legislativas e administrativas, da nossa organização (lei 10/79; Lei Orgânica do SNB; funcionamento do Conselho Coordenador) e resolvidos os problemas pontuais de maior impacto (imposto de transacções, subsídios para quarteis, seguros, e participação em combustíveis), estão criadas as condições mínimas para que os Bombeiros de Portugal se lancem confiadamente na grande estrada da modernização, sem perca antes com valorização, das suas tradicionais virtudes de generosidade, voluntariado e associativismo de base ao serviço da função, cada vez mais enaltecida nas sociedades modernas, de «voluntários sociais».

Porque desejamos fazer mais e melhor e porque apenas pedimos condições para fazer «melhor» pois que do «mais» nos encarregamos nós, julgamos que os gonzos deste Congresso, de portas abertas ao futuro, devem girar sobretudo em torno da preocupação de consolidar e pôr em funcionamento efectivo a organização já conseguida e, burilando o que ainda falta burilar, abrir pistas para que a riqueza humana de que dispomos encontre condições para realizar um futuro de corresponsabilidade e solidariedade social aceite e participadamente construído por todos.

Assim se justifica, aliás, que este Congresso seja apresentado como o da Confiança em relação ao futuro e se alicerce na certeza, ultimamente tantas vezes demonstrada, de que os Bombeiros de Portugal são todos por um e um por todos, ou melhor, todos por cada um e cada um por todos ao serviço integral da comunidade.

Na certeza de que assim se fará uma vez mais, saudamos todos os Congressistas e, desejando os melhores êxitos a este Congresso do Cinquentenário, auguramos que o Boletim seja também o traço de união entre todos aqueles que, em Peso da Régua, vêm viver connosco a aposta confiada no futuro.

A BEM DA HUMANIDADE
O C.A.T.

Clique  nas imagens para ampliar. Imagens e texto enviados por Dr. José Alfredo Almeida (JASA) e editadas para este blogue. Edição de J. L. Gabão para o blogue "Escritos do Douro" em Maio de 2013. Este artigo pertence ao blogue Escritos do DouroSó é permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue com a citação da origem/autores/créditos. 

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Homens que caminham para a história dos bombeiros.

(Clique na imagem para ampliar)

Uma imagem de Setembro de 1980 com três protagonistas do 24ª Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, realizado no Peso da Régua, a caminharem pelas ruas da cidade, à frente do desfile dos estandartes dos Corpos Bombeiros das associações humanitárias do país, que teve uma forte adesão da população, num sinal incondicional de apoio a todos os “soldados da paz” presentes.

São eles, o General Ramalho Eanes, Presidente da República, que presidiu as cerimónias do encerramento do congresso, o Padre Vítor Melícias, que exercia as novas funções de presidente do Conselho Coordenador do Serviço Nacional de Bombeiros e o anfitrião Renato Aguiar, presidente da Câmara Municipal (1976-89), o primeiro autarca reguense eleito após o 25 de Abril de 1974.

Destas três notáveis figuras, recordamos Renato Aguiar que, durante os seus mandatos de autarca, desempenhou na Associação o cargo de Presidente da Assembleia-geral. Natural da freguesia de Barcos, no concelho de Tabuaço, Renato Aguiar era professor do 1º ciclo, mas a sua acção salientou-se no campo do poder político, como Presidente de Câmara do Peso da Régua. Faleceu novo, com muito para dar na vida, num acidente de viação em 1998.

Considerado por muitos um autarca influente e determinante na afirmação a nível nacional deste concelho duriense, fortemente ligado ao turismo e aos negócios vinho e da vinha, foi agraciado com o grau de Comenda da Ordem do Infante, pelo General Ramalho Eanes, em 1979.

No exercício do poder local marcou a história do concelho do Peso da Régua que, no início do regime democrático do país, apresentava índices elevados de carências sociais e de falta de infra-estruturas de vários níveis. A ele se devem a realização das primeiras grandes obras para satisfação das necessidades básicas dos cidadãos reguenses.

Pelo seu espírito solidário e fraterno, o presidente Renato Aguiar nunca deixou de apoiar os bombeiros do Peso da Régua, destacando-se a sua cooperação na construção de 30 fogos de um bairro de habitação social, como se comprova na mensagem que escreveu na revista comemorativa do 100º aniversário da Associação (1980), da qual recordamos estas suas interessantes ideias:

“Desde longa data que as populações se organizaram para se defenderem contra inimigos e males, como fizeram para resolver os seus problemas e satisfazer suas necessidades locais, longe que estavam os poderes constituídos.

E deste modo que por iniciativa municipal surge a primeira organização de Bombeiros (1646) o que prova bem como eles estão ligados ao poder local.

Se o poder local for forte, organizado, constituído e democrático é certo que as populações serão mais facilmente realizado o que mais desejam, sendo que os Bombeiros Voluntários, neste caso, como organizações espontâneas e de serviço comunitário, se podem considerar a extensão humanitária do Município, já prestam serviços nas maior parte dos países àqueles são cometidas.

Têm em Portugal os Bombeiros e em especial os Voluntários, sido um verdadeiro exemplo de organização popular, dando no dia a dia provas de alto valor humanitário, de bravura e altruísmo que nos podem deixar orgulhosos de com eles algum dia ter colaborado.

Não pode qualquer Município alhear-se desta realidade, deve sim ter em mente os valores reais e os serviços prestados pelos Bombeiros, Soldados da Paz, da Amizade, da Fraternidade e clara e firmemente apoiar as suas iniciativas, criando condições para que eles possam desempenhar a sua missão.

Nesta hora e da nossa parte vai para todos os bombeiros a gratidão, mas também a nossa palavra de confiança e alento a todos os que queiram continuar esta obra que só é digna dos grandes Homens

Aos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, com os quais nos identificamos, queremos deixar aqui expresso o nosso profundo reconhecimento e a certeza do nosso incondicional apoio.”

Na história da Associação, o nome do Comendador Renato Aguiar (em 1999 foi-lhe prestada uma singela homenagem ao atribuir-se o seu nome ao veículo desencacerador) tem de estar o seu, como um dos grandes Homens, que muito ajudou a “continuar” a obra dos bombeiros do Peso da Régua.
- Peso da Régua, Abril de 2009, José Alfredo Almeida.

- Outros textos publicados neste blogue sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:

  • Desfile dos veículos dos bombeiros portugueses - Aqui!
  • Uma instrução dos bombeiros no cais fluvial da Régua - Aqui!
  • O Padre Manuel Lacerda, Capelão dos Bombeiros do Peso da Régua - Aqui!
  • A Ordem Militar de Cristo - Uma grande condecoração para os Bombeiros de Peso da Régua - Aqui!
  • Os Bombeiros no Largo da Estação - Aqui!
  • A Tragédia de Riobom - Aqui!
  • Manuel Maria de Magalhães: O Primeiro Comandante... - Aqui!
  • A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
  • O Baptismo do Marçal - Aqui!
  • Um discurso do Dr. Camilo de Araújo Correia - Aqui!
  • Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
  • Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
  • Os Bombeiros da Régua em Coimbra, 1940-50 - Aqui!
  • Os Bombeiros da Velha Guarda do Peso da Régua - Aqui!

- Link's:

  • Portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua (no Sapo) - Aqui!
  • Novo portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • Exposição Virtual dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A Peso da Régua de nossas raízes - Aqui!